Vasconcelos, ACardoso, BBarros, MAlmeida, HI2011-08-312011-08-312011Acta Pediatr Port 2011;42(1):8-110301-147Xhttp://hdl.handle.net/10400.10/418Introdução e objectivos: A crescente afluência de crianças vítimas de maus tratos (MT) à urgência pediátrica (UP) do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca (HFF) ou Amadora-Sintra, despoletou a necessidade de caracterizar esta realidade, compará-la com os dados nacionais, tendo como objectivo final a optimização da sua abordagem. Métodos:Análise das ficha deMTdas crianças observadas na UP entre 2000 e 2005. Foram estudadas variáveis sócio-demográficas, de caracterização do MT e do tipo de intervenção realizada. Resultados: Foram analisadas 416 fichas. Os tipos de MT mais detectados foram a agressão física (60,3%) e o abuso sexual (30,3%). A maioria das vítimas (60%) era do sexo feminino, mediana de 8 anos de idade. Os MT ocorreram no domicílio em 58,9% das situações, com agressor do sexo masculino em 67,8% dos casos e coabitante em 53,1%. No total 89% das sinalizações foram avaliadas pela assistente social; apenas 3% tiveram apoio psicológico. O destino de 83% destas crianças foi o domicílio. Dos casos mais graves destacamse 2 óbitos, 7 crianças com fracturas ósseas e 1 caso de shaking baby syndrome. Conclusão: Os dois tipos mais representados de MT, a agressão física e o abuso sexual, têm especificidades sobreponíveis às dos dados nacionais. Com este estudo foram identificadas e caracterizadas as situações de MT, bem como as principais lacunas na sua abordagem na UP, o que permitiu implementar medidas mais adequadas.porCriança maltratadaAbuso sexual da criançaFeridas e lesõesUrgência pediátricaPortugalMaus tratos à criançaAbordagem da criança vítima de maus tratos na Urgência Pediátrica - 5 anos de experiência do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonsecajournal article