Caeiro, FBranco, RMarques, MSantos, IFerreira, APFonseca, JSantos, APMatos, F2019-05-142019-05-142017Rev Clin Hosp Prof Dr Fernando Fonseca 2017; 5 (1/2): 6-102182-8504http://hdl.handle.net/10400.10/2244A interrupção voluntária da gravidez (IVG) é uma situação de elevada complexidade a vários níveis, implicando um diagnóstico pré-natal preciso e uma corroboração post-mortem do mesmo, com eventual acréscimo de informação que contribua para um adequado aconselhamento genético aos casais. Os autores pretenderam avaliar a qualidade de diagnóstico pré-natal efectuado no seu centro, estudando a população submetida a IVG, nomeadamente identificando as suas indicações/causas e avaliando os exames feto-patológicos para estabelecer uma concordância entre os achados pré-natal e post-mortem. Foram analisados retrospectivamente 84 casos, no período de Janeiro de 2012 a Junho de 2016. A idade média materna foi de 32 anos, sendo maior no grupo das IVG’s por cromossomopatias, com significado estatístico. A mediana da idade gestacional na IVG foi de 18 semanas, sendo que apenas 5% se realizaram após as 24 semanas. A distribuição das causas de IVG foi feita por 4 grupos: cromossomopatias 47,5%, malformações fetais 35,5%, outras causas fetais 12% e causas maternas 6%. Foi estabelecida uma concordância entre os achados pré-natais e os post-mortem no grupo das malformações fetais e outras causas fetais de 66%. Estes resultados estão de acordo com publicações nesta área, corroborando a importância da complementaridade dos achados ecográficos pré-natais com a avaliação minuciosa anatomo-patológica, nomeadamente nas situações de malformações fetais não associadas a cromossomopatia, de modo a obter diagnósticos mais precisos e melhor aconselhamento genético.porInterrupção voluntária da gravidezPortugalInterrupção voluntária da gravidez - correlação dos achados pré-natais e post-mortemInterruption of pregnancy - correlation between prenatal and “post-mortem” findingsjournal article