Santos, CRamalho, MPedrosa, CCoutinho, IMota, MAmaral, NBernardo, M2014-12-192014-12-192014CONGRESSO PORTUGUÊS DE OFTALMOLOGIA, 57, Vilamoura, 4 a 6 de Dezembro de 2014http://hdl.handle.net/10400.10/1286Introdução: a sífilis é uma doença sistémica sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema pallidum. Conhecida como a grande imitadora, pode afectar qualquer estrutura ocular, sendo que muitas vezes as manifestações oftalmológicas apontam no sentido do diagnóstico. Materiais e Métodos: Análise retrospectiva dos processos clínicos de casos confirmados e presuntivos de sifilis ocular observados na Consulta de Inflamação Ocular do Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca, EPE entre Novembro 2010 e Junho 2014. Resultados: identificaram-se 6 casos de sifilis ocular no período em estudo. A idade dos doentes variou entre os 24 e 71 anos de idade com média de 44 +-18 anos. Cinco doentes eram do sexo masculino e dois seropositivos para o VIH. Os sintomas mais frequentes foram a diminuição da acuidade visual e cefaleias. Os achados oftalmológicos mais comuns foram uveite anterior, vitrite e edema do disco óptico. Em dois casos não foi colocada como hipótese de diagnóstico inicial a sífilis. Num destes doentes os achados clínicos foram interpretados como crises hipertensivas e no outro como artrite temporal das células gigantes. Todos os doentes foram tratados com penicilina benzatínica endovenosa e corticoterapia tópica. Outras terapêuticas utilizadas foram a corticoterapia intravítrea e sistémica, cirurgia de catarata e vitrectomia via pars plana. Observou-se uma melhoria clínica em todos os doentes com a terapêutica. Conclusões: a sífilis pode ser uma doença grave e difícil de diagnosticar mas apresenta geralmente boa resposta terapêutica. O exame oftalmológico coloca o oftalmologista numa posição priveligiada para diagnosticar esta doença potencialmente fatal.porDoenças dos olhosSífilisUveíteVárias máscaras, a mesma doençaconference object