Ferreira, MJaneiro, PAguiar, TBarroso, RBrito, MJ2012-02-022012-02-022010RPDI. 2010 Jan-Abr; 6 (1): 23-301646-3633http://hdl.handle.net/10400.10/473Introdução: Programas de rastreio e a existência de terapêutica eficaz não têm alterado a morbilidade da sífilis que permanece um importante problema de saúde pública. Objectivo: Identificar factores de risco para a sífilis materna e calcular o risco de sífilis congénita à nascença num hospital da zona metropolitana de Lisboa. Métodos: estudo retrospectivo, durante seis anos, dos recém-nascidos filhos de mães com VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) e/ou TPHA (Treponema pallidum particle hemaglutination) positivos na gravidez. Analisaram-se parâmetros sociodemográficos, história da gravidez, comorbilidades maternas, diagnóstico, terapêutica e evolução dos recém-nascidos. Resultados: Total de 187 mães e 103 recém-nascidos VDRL positivos. Quarenta e nove por cento das mães tinham entre 26 e 35 anos, 46% eram de origem africana e 65% apresentavam escolaridade incompleta. Vinte e sete (14,4%) apresentavam factores de risco: co-infecção VIH (18), hepatite B (11), hepatite C (3), toxicodependência (4) e alcoolismo (1). A gravidez foi vigiada em 88% dos casos e 44,4% realizaram terapêutica correcta. Registaram-se 66 (64%) casos de sífilis congénita provável e nenhum caso de sífilis congénita definitiva. Conclusão: a ocorrência de sífilis congénita e o importante número de grávidas com serologia positiva para VDRL indicam que os programas de cuidados pré-natais e as medidas de prevenção de doenças sexualmente transmitidas são insuficientemente cumpridas.porDoenças infecciosasSífilisCuidados perinataisSífilis congénitaSífilis congénitajournal article