Aguiar, TDias, AFerreira, GC2015-04-242015-04-242003Acta Pediatr Port. 2003; 34(1): 17-200301-147Xhttp://hdl.handle.net/10400.10/1422A parotidite bacteriana neonatal é uma patologia pouco frequente no recém-nascido e também pouco referida na literatura. Inicialmente descrita em 1878, foram relatados até ao momento cerca de 100 casos. Objectivo: Análise casuística de parotidite bacteriana neonatal no Departamento de Pediatria do Hospital Fernando Fonseca. Material e métodos: Estudo retrospectivo dos 4 casos de parotidite bacteriana neonatal internados de 1 de Março de 1997 a 28 de Fevereiro de 1999. Resultados: Verificou-se uma incidência de 1/2365 nados vivos no Hospital Fernando Fonseca no período acima referido. A doença manifestou-se entre o 10º e o 20º dia de vida, aparecendo uma tumefacção na região parotídea (acompanhada de febre em 3 casos); verificou-se boa resposta clínica e laboratorial à antibioterapia endovenosa, sem necessidade de drenagem cirúrgica e sem ocorrência de recidivas. Os exames culturais revelaram Escherichia coli em 2 casos (isolamento no pús recolhido do orifício do canal de Sténon) e Streptococcus do grupo B num caso (isolamento em hemocultura). Três dos recém-nascidos eram do sexo feminino e apenas um era prematuro. Conclusões: A incidência da parotidite bacteriana no Hospital Fernando Fonseca está de acordo com a referida na literatura. O diagnóstico desta situação é claramente clínico, podendo ser confirmado através de estudo ecográfico. Os agentes envolvidos na nossa casuística não são no entanto os descritos na literatura, pelo que se discute a escolha de terapêutica empírica inicial, bem como a duração total da antibioterapia.porParotiditeRecém-nascidoParotidite bacteriana neonataljournal article