Browsing by Author "Brantes, A"
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- Complicações na algaliação do recém-nascido prematuro: risco de enlaçarPublication . Lucas, C; Brantes, AIntrodução: Estudos revelam que as infecções urinárias nosocomiais estão presentes em cerca de 6 a 18% dos doentes pediátricos e representam cerca de 40% das infecções nosocomiais. Estas são mais frequentes nos recém-nascidos do sexo masculino e recém-nascidos prematuros, sendo que a incidência nos recém-nascidos de baixo peso é superior a 10%. No período neonatal as infecções urinárias manifestam-se habitualmente, após as 72h de vida. A idade neonatal é mais susceptível ao risco de septicémia devido à sua imaturidade imunológica e física. Os recém-nascidos prematuros de baixo peso constituem o grupo mais exposto às infecções do tracto urinário a nível hospitalar. Neste período as defesas naturais do tracto urinário como as propriedades anti-bacterianas da urina e a da mucosa, os mecanismos de anti-aderência, os efeitos mecânicos do fluxo de urina, a presença de células patogénicas e mecanismos imunes, podem falhar facilitando a presença de infecções urinárias neste período. Objectivos: - Fundamentar o uso de materiais mais indicados para o período neonatal; - Contribuir para a diminuição da incidência das infecções do tracto urinário; - Prevenir eventuais erros e complicações que advenham da algaliação; Métodos: pesquisa bibliográfica em bases de dados como a Medline e a Pubmed. Resultados: Muitas vezes durante a prática de cuidados numa unidade de neonatologia é se deparado com a inexistência de algálias de diâmetro adequado às características anatómicas do recém-nascido prematuro de que se cuida. O que conduz a uma escolha de materiais que muitas vezes não possuem as características adequadas. As sondas gástricas não são uma alternativa segura para a algaliação neonatal. Outros tipos de cateteres são também utilizados como substitutos de algálias mas estes também não são os ideais por serem idênticos às sondas gástricas na sua composição e design. Há casos reportados em que a utilização de sondas gástricas originaram o enlaçar destas na bexiga ou na uretra, tornando a sua remoção extremamente perigosa. O enlaçar das sondas na bexiga ocorre quando sondas com elevada flexibilidade e de pequeno calibre (ex: sondas gástricas e cateteres umbilicais) são excessivamente introduzidas formando um laço sobre elas mesmas. Conclusões: O material e o diâmetro das algálias são critérios importantes na selecção do produto adequado para a algaliação dos recém-nascidos. O objectivo fulcral da escolha do material deverá ter em conta as características em relação à proliferação bacteriana, aderência, segurança na inserção e remoção da algália e ao trauma ureteral.
- Cuidados de enfermagem ao recém-nascido sob oxigenoterapia: óculos nasais e incubadoraPublication . Brantes, A; Antunes, LIntrodução: A importância do tema, a oxigenoterapia no recém-nascido (RN), prende-se com a utilização cada vez mais frequente do oxigénio (O2) nas unidades de cuidados intensivos e intermédios de neonatologia. A par com o desenvolvimento de novos dispositivos de administração de oxigénio existe a preocupação da morbilidade e mortalidade, pela sobrevivência de prematuros com idades gestacionais cada vez menores. O oxigénio, por si só, é um medicamento e o seu uso banalizado e indevido tem efeitos secundários e complicações que importam esclarecer, especialmente para os recém-nascidos prematuros. Apesar das inovações cientifico-tecnológicas, nem sempre a utilização do material é a correcta, sujeitando o recém-nascido (prematuro (Pt) ou doente) a exposições elevadas de oxigénio e/ou dispositivos inadequados para a sua situação clínica, minorando o efeito da oxigenoterapia e prolongando o seu tratamento. Objectivos: -Uniformizar os cuidados de enfermagem -Justificar o uso dos diversos dispositivos -Adequar o uso do oxigénio às necessidades do recém-nascido Métodos: pesquisa bibliográfica em bases de dados como a Medline e a Pubmed. Resultados: A administração de oxigénio nos recém-nascidos requer uma selecção dos dispositivos de administração de oxigénio de acordo com o peso, necessidades e os objectivos da administração. Durante a administração do oxigénio, independentemente do dispositivo utilizado, tem de se ter vários cuidados uma vez que, como qualquer terapêutica, esta também acarreta efeitos colaterais se administrada de forma incorrecta e indiscriminada. Nas unidades de neonatologia os dispositivos mais utilizados são os óculos nasais e a administração de O2 na incubadora. Estes implicam cuidados especializados não só para prevenir efeitos secundários como a retinopatia da prematuridade (ROP) e o stress oxidativo, mas também na prevenção das infecções, uma vez que estas representam uma das principais causas de morbilidade e mortalidade no período neonatal. Cada vez mais é peremptório cuidados de enfermagem diferenciados, adequados e individualizados ao RN no período neonatal. Conclusões: De acordo com a literatura consultada, ainda não há um consenso relativamente às concentrações de O2 a administrar e consequências das mesmas. É por isso imperativo que o enfermeiro conheça os cuidados gerais na oxigenoterapia mas também as especificidades de cada dispositivo utilizado neste período de vida concreto (Neonatal). É necessária a consciência que o oxigénio é um medicamento e como tal tem efeitos secundários, que poderão ser irreversíveis.