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- Retinoblastoma , our experiencePublication . Coutinho, I; Santos, C; Ramalho, M; Cabral, J; Teixeira, SIntroduction: The retinoblastoma is the most common malignant ocular tumor of childhood with an incidence of 1: 15000 – 20000 births and it is due to a mutation on RB1 gene, a tumoral supressor gene. The average age of diagnosis is 12 months in bilateral and 24 months in unilateral cases. Late diagnosis usually means lost of eye function or even death, that’s why the early screening in every child is so critical. Goals: Review and approach the diagnosis and current treatment of retinoblastoma. Describe the experience in treatment and follow-up of the children in our hospital, a Portuguese not central hospital near Lisbon. Methods: Review of the literature. Retrospective evaluation of the patients treated in the last 8 years in our hospital, together with the Oncology Portuguese Institute of Lisbon, using local (lasertherapy, cryotherapy and enucleation) and systemic (chemotherapy) therapy. Results: 7 patients were treated with unilateral retinoblastoma and 4 with bilateral disease. They were send to us by the assistant physician (pediatrician, ophthalmologist and general practice physician) because a positive familiar history, emerge of leucocory or strabismus. The average age was 21 months and the most frequent group was D according international classification system for intraocular retinoblastoma In the 8 eyes where conservative treatment was possible, after chemoreduction they were submitted to LASER Árgon or cryotherapy, according to the tumor location. In Five of these eyes there were also treated with transpupilar thermotherapy (TTP), brachytherapy, intra-vitreous or intra -arterial chemotherapy, in Laussane, at the Jules-Gonin Ophthalmic Hospital. 4 eyes were first enucleated and another 3 were secondary enucleated. The authors exhibit images taken before, during and after treatment Conclusion: Leucocory and strabism are the main forms of presentation of retinoblastoma. The treatment depends of the size of the tumor, laterality, eyesight potential and age of the child. The main therapeutic approaches are systemic chemotherapy with local therapies like cryotherapy, lasertherapy ,TTP, intra-arterial and intra-vitreous chemotherapy, brachytherapy and enucleation. Earlier diagnosis and treatment increase the number of patients that remain free of disease and preserve the vision. The treatment of these patients require a multidisciplinar team and frequent re-evaluations to detect recurrence, diagnosis of other tumors, such as sarcomas, that have increased incidence in survivors, as the genetic counseling to the patient and parents.
- Implementação de um programa de colheita e transplante de córneas: a experiência do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca.Publication . Pedrosa, C; Gomes, A; Fernandes, A; Prieto, IIntrodução: A colheita e transplante de órgãos e tecidos constitui uma área de grande impacto na saúde. A colheita e transplante de córnea, em particular, permite a reabilitação visual, com melhoria significativa da qualidade de vida. Deste modo, é fundamental o desenvolvimento de medidas e iniciativas que, permitindo a execução destes programas, respondam às necessidades crescentes da população em tempo útil. Objectivos: Apresentar o percurso de 4 anos, desde o projecto inicial de colheita e transplante de córneas até à concretização do mesmo no Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca (HFF), salientando as dificuldades, condicionantes e evolução de todo o processo. Apresentamos também os actuais resultados do referido programa. Desenvolvimento: Em 2008 foi elaborado um projecto para a criação de uma Unidade de Colheita, Preservação e Transplante de córnea no HFF. Desde então foram desenvolvidas diversas adaptações ao projecto inicial que conduziram a que, em Abril de 2013, se desse início, de forma efectiva, à colheita e transplantação de córnea no nosso hospital. Foram envolvidos, neste processo, elementos representativos de diferentes áreas, cuja colaboração se revelou determinante para o sucesso do programa. Em 17 meses foram realizadas 62 colheitas de córnea de 32 dadores em coração parado. Foram enviadas para análise por microscopia especular no Centro Hospitalar Lisboa Central, de acordo com o Protocolo com o Gabinete Coordenador de Colheita e Transplantação, 41 córneas, das quais 16 foram utilizadas para transplante no HFF. Conclusões: A elaboração ad initio e desenvolvimento de um programa de colheita e transplantação, no contexto da realidade portuguesa actual, exige determinação, persistência e cooperação interpessoal, de forma a ultrapassar todos os obstáculos interpostos. Deste modo, a adaptação do projecto idealizado às necessidades reais de funcionamento e organização hospitalar tem constituído um factor determinante de sucesso para a implementação deste programa.
- Inovação e amamentaçãoPublication . Sousa, A; Fidalgo, F; Lourido, M; Nolasco, VO HFF, EPE acredita e defende o aleitamento materno exclusivo como a forma mais saudável de alimentar as crianças até aos 6 meses e complementado com outro alimento até aos 2 anos ou mais. Para isso tem definidas estratégias para promover, proteger e apoiar a amamentação. Algumas das estratégias são: •Desenvolvimento de actividades para a capacitação da mulher/casal para a prática da amamentação. Salientamos, os cursos de Preparação para a Parentalidade, as sessões de Educação para a Saúde, o projecto de Visita à Maternidade das utentes da Consulta e dos ACES, entre outros; •Promoção do contato pele-a-pele, amamentação na primeira hora de vida e a não utilização da chucha. Foi eliminada a aquisição de chuchas pelo Serviço Obstetrícia (2010) e UCIEN (2013); (aquisição de copos de alimentação; controlo e registo do consumo de monodoses); •Definição das situações de administração de leite artificial ao Recém-nascido; •Avaliação periódica de Indicadores de Qualidade da prática do Aleitamento Materno -são analisados mensalmente em reunião da comissão da Iniciativa Hospital Amigo dos Bebes. Numa otica de melhoria contínua, temos como objectivo: Monitorizar indicadores e implementar acções com vista ao sucesso do Aleitamento Materno, utilizando os Sistemas e Tecnologias de Informação. É hoje reconhecida, a importância dos Sistemas e Tecnologias de Informação para a decisão, qualidade e segurança dos cuidados de saúde prestados e o seu contributo para desenvolvimento dos cuidados de enfermagem. Assim, em 2012 foi informatizado o processo clinico da puérpera e do recém-nascido, através do programa informático SOARIAN respondendo à necessidade de obter fonte de dados eficaz e orientada para os resultados. Em 2013, definimos indicadores de qualidade na área do aleitamento materno. Os dados em análise foram recolhidos no período de Janeiro a Junho de 2013. Salienta-se o facto de que alguns registos foram sofrendo melhorias de acordo com a perceção dos utilizadores e necessidade em alcançar melhores resultados. Analisando os dados mensalmente constatamos: •Aumento do contacto pele a pele, tendo atingido em Junho os 87,2%. A percentagem reduzida obtida em Janeiro não traduz a realidade, mas sim o início da recolha de dados e a introdução de melhorias ao nível dos registos; •A amamentação na primeira hora de vida oscila entre os 73,1% e os 80,1%. Temos uma subida até Março e um decréscimo em Abril e Maio. As razões prendem-se com as características da nossa população. Um grande número de gravidezes não ou mal vigiadas, sem serologias do 2º e/ou 3º trimestre, associadas às mãe com HIV e a prematuridade. Podemos no entanto afirmar que a nossa taxa de amamentação na 1ª hora de vida é boa - 63,05%. Contudo podemos e queremos melhorar; •A diminuição da utilização da chucha é uma realidade – Apesar do pico, não muito significativo em Fevereiro e Abril, verifica-se uma descida, desde Abril, sendo esta significativa no Mês de Junho, com a percentagem de 22,3%. (de 31,5% em Janeiro passa para 23,3% em Junho); •Aumento da percentagem de RN como aleitamento materno exclusivo à saída da Maternidade. Os valores ainda não são os ideais. Estes correspondem a uma taxa média de 68,4% no 1º semestre. Mas, estamos a aumentar esta taxa e estamos convictos de que vamos conseguir atingir o nível ideal. Para nos ajudar a atingir o ideal, consideramos importante Identificar os motivos de administração de LA e que estão representados no poster. Por opção da mãe é o motivo mais registado, seguido do motivo outro e prescrição médica. Estes 3 aspetos revelam-se um grande campo de acção e de investimento pelo que continuamente estamos a trabalhar quer junto dos profissionais, da mãe, da família no sentido de aumentar a amamentação dos nossos RN. Os dados analisados mostram, que as atividades que desenvolvemos estão a contribuir para aumentar o sucesso do Aleitamento Materno, área onde continuamos a investir, trabalhando junto da equipa de saúde e das utentes, bem como a solicitar melhorias ao nível do sistema informático, nomeadamente dos registos. A utilização das Tecnologias da Informação em Saúde favorecem assim, o desenvolvimento da qualidade dos cuidados prestados, pela visão mais próxima da realidade, permitindo realizar planos de ação com maior eficácia. Em todos os parâmetros tem vindo a ser trabalhado o sistema informático de registo para que as informações recolhidas sejam cada vez mais fidedignas. A IHAB tem como principal objectivo melhorar a prestação de cuidados a mães e bebés. Os profissionais contribuem individualmente para atingir a excelência nos cuidados prestados.
- Apendicectomia no idoso: experiência de 5 anosPublication . Marinho, R; Rocha, R; Gomes, A; Tomás, R; Carneiro, C; Nunes, VA população geriátrica é um grupo particular, pelas suas comorbilidades e elevado risco cirúrgico. O nosso objectivo foi realizar uma análise multivariada comparando os outcomes de morbilidade e mortalidade nos grupos de doentes idosos (Grupo 1- 65 -75 anos) e muito idosos (Grupo 2 - mais de 75) estudando a associação entre variáveis preditivas e variáveis outcome. Estudo retrospectivo longitudinal através da consulta dos processos clínicos de 99 doentes, com idade superior a 65 anos, submetidos a apendicectomia urgente por apendicite aguda entre 2008 e 2011. Foram analisados dados demográficos e clínicos. Os doentes foram divididos em dois grupos etários: idade entre 65 e 75 anos (n=65) e idade superior a 75 anos (n=34) e comparadas as diferentes variáveis. A idade média dos doentes é de 72,9 anos (65A-100A), com 66% do sexo masculino. A existência de pelo menos uma comorbilidade foi mais frequente no Grupo 2 (37% vs 50%; p>0,05). ASA tendencialmente mais elevado no Grupo 1 (p>0,05). A sépsis à entrada foi mais frequente no Grupo 1 (28% vs 8%; p<0,05). Em relação à via de abordagem cirúrgica,a maioria foi operada por laparoscopia (60% vs 53%, p>0,05). Não houve mortalidade; a morbilidade médica e cirúrgicas mais elevadas no Grupo 2 (p>0,05). A abordagem laparoscópica influenciou positivamente o numero de dias de internamento (p<0,05), mas não a morbimortalidade. O subtipo histológico e a sépsis à entrada afectaram negativamente a morbimortalidade e dias de internamento (gangrenada - p<0,05). A idade superior a 75 anos não foi um factor determinante de morbilidade após apendicectomia e para morbilidade médica. A análise multivariada permitiu melhor estudo das variáveis preditivas.
- Obesidade infantil: caraterização de uma população com seguimento hospitalarPublication . Marques, T; Moniz, M; Cabral, M; Nizarali, Z; Coelho, R; Monteiro, AC; Bragança, G; Carreiro, HIntrodução: A obesidade infantil está associada a grave mor- bilidade, a motivação para o tratamento geralmente é baixa e os resultados são habitualmente desanimadores. Objetivos: Caraterizar uma população com excesso de peso e obesidade inscrita na consulta de endocrinologia pediátrica e avaliar a existência de comorbilidades associadas. Material e Métodos: Estudo descritivo dos casos de peso excessivo (pré-obesidade e obesidade) seguidos na consulta entre 1997 e 2008. Analisaram-se dados sociodemográficos, antecedentes familiares, antecedentes pessoais/hábitos, dados clínicos incluindo índice de massa corporal (IMC) e respec- tivo z-score, parâmetros laboratoriais e imagiológicos, comor- bilidades, intervenção clínica e evolução temporal. Resultados: Foram estudadas 886 crianças entre os dois e os 18 anos com idade média 9,4 anos (DP±3,5), sendo 53,6% do sexo feminino. Dos resultados destacam-se: 73,5% com antecedentes familiares de obesidade; 75% com aleita- mento materno; 52% com peso excessivo aos dois anos. Registaram-se complicações: 48,7% genu valgum, 32,5% estrias cutâneas, 32% com tensão arterial igual ou superior ao percentil 95, 42,1% dislipidemia, 25% insulinorresistência, 18% esteatose hepática, 0,2% diabetes mellitus tipo 2 e 5,6% com critérios da síndrome metabólica. A média do z-score do IMC inicial foi 2,3±0,61, verificando-se diminuição deste valor em todas as consultas. Cerca de 40% dos casos aban- donaram a consulta antes do primeiro ano de seguimento. Conclusão: Verificou-se uma prevalência elevada de comor- bilidades associada a obesidade numa população muito jovem, sendo razoável sugerir uma intervenção precoce desti- nada a prevenir doenças crónicas que se iniciam na infância e se perpetuam na idade adulta. Houve diminuição do z-score do IMC em todas as consultas mas a grande maioria das crianças manteve peso excessivo. A taxa de abandono elevada poderá refletir a fraca motivação individual e parental para o tratamento.
- Glaucoma após cirurgia de catarata congénitaPublication . Pedrosa, C; Coutinho, I; Santos, C; Ramalho, M; Pina, S; Prieto, I; Esperancinha, F; Vaz, F; Kaku, PApresenta-se as recentes conclusoes acerca do desenvolvimento de glaucoma após cirurgia de catarata congenita, sublinhando-se a importância do acompanhamento e diagnósitco precoce desta patologia nas crianças submetidas a este procedimento cirúrgico.
- A 17-month-old child with an abdominal massPublication . João, P; Cabral, P; Penha, P; Rosado, E; França, I; Tavares, A
- Gravidez na adolescência. Sou mãe. E agora?Publication . Silveira, A; Correia, C; Barrantes, MA realidade no HFF relativamente a gravidezes na adolescência é, segundo dados fornecidos pela Assistente Social do Serviço de Obstetrícia, ainda um número considerável: 135 mães adolescentes em 2007, 72 em 2010, 109 em 2011 e 102 no ano de 2012. O principal objectivo que temos com a apresentação deste trabalho é incutir nos profissionais de saúde que lidam com estas adolescentes diariamente no seu contexto de trabalho, seja ele a Consulta de Obstetrícia, o Bloco de Partos, o Serviço de Obstetrícia ou a Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do HFF, uma reflexão sobre os cuidados de enfermagem a prestar a estas adolescentes, respectivos companheiros, famílias e/ou pessoas significativas. A nível metodológico, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, através da base de dados EBSCO e através da consulta de livros e artigos sobre o tema, enriquecendo as informações daí retiradas com a experiência profissional das autoras. A transição para a parentalidade é o período que decorre desde a decisão da concepção, até aos primeiros meses após o nascimento. Constitui um período de mudança e instabilidade e de incorporação e transição de papéis para a mulher e homem que decidem ter filhos. Na adolescência, caracterizada por múltiplas, rápidas e profundas mudanças a todos os níveis, este período pode tornar-se ainda mais instável, pois a nível do desenvolvimento físico e emocional o adolescente ainda não completou as “tarefas da adolescência” (adaptado de HANNA, B. 2001). Para além disso, a nível relacional as consequências destas gravidezes transcendem o rapaz e a rapariga considerados na sua individualidade e podem mesmo afectar de forma considerável a relação que mantém entre si (adaptado de CARPINTEIRO, E., APF, 2003). Assim, podemos dizer que a mãe adolescente não vai vivenciar o período da maternidade do mesmo modo que uma mulher adulta que já tenha vivenciado na íntegra as tarefas características da adolescência, o que leva à necessidade de aplicação de intervenções de enfermagem específicas. As principais dificuldades que as adolescentes enfrentam nesta nova fase das suas vidas são a inexperiência, a aceitação da auto-imagem (o seu corpo já alterado com a entrada na adolescência, vai sofrer ainda mais mudanças), a adaptação às novas responsabilidades, os sentimentos de diferença em relação aos seus pares e possíveis alterações nos padrões de comunicação. Relativamente à escolaridade, esta fica grande parte das vezes incompleta, o que pode levar a futuras situações de desemprego, emprego mal-remunerado ou instabilidade laboral, ficando sem meios para se sustentarem, aumentando assim a sua dependência dos apoios atribuídos pelo governo. O Enfermeiro que lida com estas mães deve assim, promover a interacção precoce entre mãe e o recém-nascido, sendo que “a existência de um vínculo de apego seguro com a mãe é considerada um requisito básico para o adequado desenvolvimento social e psicológico da criança (APF, 2003, p.17)”, promovendo a autonomia na prestação dos cuidados, envolvendo a família da puérpera e do pai do recém-nascido, se presente. O profissional de enfermagem deve ainda avaliar as competências da adolescente de uma forma contínua, articular com a equipa multidisciplinar (nomeadamente com a Assistente Social, no caso de a mãe ter idade inferior a 18 anos e/ou de os pais serem estudantes/desempregados) e informar sobre o direito ao ensino, previsto na legislação portuguesa, para os pais adolescentes. Após o nascimento do recém-nascido, ainda no decorrer do internamento hospitalar (no sentido de promover a continuidade dos cuidados), deverá ser feita a preparação para a alta junto da puérpera e pessoas significativas dando destaque à consulta de revisão pós-parto, consulta de vigilância do recém-nascido, contracepção no pós-parto, recursos da comunidade e diagnóstico precoce. De forma a tornar estas intervenções mais apropriadas, o profissional de Enfermagem deverá adoptar uma série de estratégias para tornar as suas intervenções mais apelativas e adequadas para estas mães: promover o desenvolvimento de tarefas específicas da adolescência (tais como o sentimento de pertença, a aquisição de competências, auto-estima e o desenvolvimento de relações apropriadas), abordar a adolescente como se aborda uma mulher e não como uma criança (incentivando e promovendo um sentido de responsabilidade) e encorajar as mães adolescentes a sentirem-se valorizadas e respeitadas, nomeadamente através de sessões de grupo, o que vai encorajar estas mães a aprender mais sobre parentalidade, comportamento adequada a adoptar, rotinas e expectativas. “ (…) Provavelmente haverá sempre uma adolescente que deseja ser mãe; que isso aconteça por uma escolha consciente e não por um acaso traiçoeiro” (APF, 2003).
- Controlo da sintomatologia para o aumento da adesão à terapêutica no tratamento da hepatite CPublication . Amorim, S; Oliveira, RA hepatite C tem uma prevalência global de aproximadamente 3%, correspondendo a cerca de 170 milhões de indivíduos infectados. Pelo seu impacto socioeconómico tem sido uma área em actualização constante, nomeadamente ao nível das novas terapêuticas. Actualmente, o tratamento standard é a associação de peginterferão com ribavirina por um período de 24 a 72 semanas. O facto de ser um tratamento longo e que provoca inúmeros efeitos secundários leva, muitas vezes, à falta de adesão terapêutica por parte do doente e consequentemente, à diminuição da resposta do mesmo ao tratamento. Segundo Larrey et al (2011) “a educação terapêutica realizada por um enfermeiro especializado aumenta a resposta dos doentes com hepatite C ao tratamento, em especial nos doentes difíceis de tratar” [1]. Por este motivo, o estudo realizado teve como objectivos identificar os efeitos secundários com maior incidência nos doentes em tratamento para o vírus da hepatite C (VHC) e definir estratégias de intervenção para a sua gestão. Foi realizado um estudo retrospectivo, com revisão dos registos médicos e de enfermagem existentes no processo clínico. A amostra deste estudo é constituída por todos os doentes que iniciaram o tratamento durante o ano de 2011 na consulta externa do Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca, EPE. Os dados foram posteriormente analisados estatisticamente com o programa “SPSS” versão 20. Na amostra analisada (n=30) os efeitos secundários mais reportados estão inseridos no grupo das alterações gerais (93,3%), seguindo-se os distúrbios do metabolismo e da nutrição (76,7%) e em terceiro as alterações músculo-esqueléticas (66,7%), a par com as alterações do foro psiquiátrico. As novas terapias na área da hepatite C procuram obter taxas de sucesso cada vez maiores e com menos efeitos secundários. Actualmente, existem terapêuticas mais eficazes mas que ainda acarretam inúmeros efeitos secundários que podem eles próprios determinar o fim do tratamento. Desta forma, é pertinente que se olhe para os efeitos secundários como um factor determinante, que necessita de ser gerido de forma interdisciplinar. O acompanhamento constante, sistemático e que integre o doente como membro da equipa irá permitir uma gestão eficaz dos efeitos secundários, aumentando a compliance e por sua vez a taxa de sucesso da terapêutica
- Estoma de protecção na ressecção anterior do recto: avaliação de eficácia e qualidade de vidaPublication . Gomes, A; Sousa, M; Rocha, R; Justino, M; Pignatelli, N; Nunes, VINTRODUÇÃO: As complicações da anastomose associam-se a uma significativa morbimortalidade na cirurgia colorectal. Os estomas de protecção(EP) são utilizados para as prevenir, mas podem representar uma diminuição importante na qualidade de vida(QoL). OBJECTIVOS Avaliar a eficácia dos EP na redução da incidência de complicações da anastomose nos doentes submetidos a ressecção anterior do recto(RAR) médio ou baixo; comparar a QoL dos doentes com ileostomia vs colostomia de protecção. METODOLOGIA Estudo longitudinal de coortes, com colheita retrospectiva de dados. Foram incluídos os doentes submetidos a RAR electiva por ADC do recto médio ou baixo, entre Jan 2007 e Dez 2011, no Hospital Fernando Fonseca. Foi comparada a incidência de complicações da anastomose entre os doentes com e sem EP. Foi comparada a QoL entre os doentes com ileostomia e com colostomia de protecção, medida com o CHNMC-QoL Questionnaire for Patients with an Ostomy. RESULTADOS Foram incluídos 110 doentes com idade média 64.5±14.2 anos, 70 do sexo masculino, P-POSSUM médio PS15+OP17. A incidência de complicações da anastomose foi de 8,2%, proporcionalmente superior nos doentes sem EP, sem significância estatística (χ2=1.03;df=1;p>0.3); e superior nos doentes que realizaram neoadjuvância (χ2=4,24;df=1;p<0,05). A distribuição do P-POSSUM não foi estatisticamente diferente. Foram realizadas 44 colostomias e 22 ileostomias de protecção. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na avaliação da QoL entre os grupos. CONCLUSÕES: Os EP podem ser úteis na prevenção da complicação da anastomose, em particular nos doentes submetidos a neadjuvância. A QoL associada ao EP é independente do tipo de estoma.