Browsing by Author "Cardoso, B"
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- Abordagem da criança vítima de maus tratos na Urgência Pediátrica - 5 anos de experiência do Hospital Prof. Doutor Fernando FonsecaPublication . Vasconcelos, A; Cardoso, B; Barros, M; Almeida, HIIntrodução e objectivos: A crescente afluência de crianças vítimas de maus tratos (MT) à urgência pediátrica (UP) do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca (HFF) ou Amadora-Sintra, despoletou a necessidade de caracterizar esta realidade, compará-la com os dados nacionais, tendo como objectivo final a optimização da sua abordagem. Métodos:Análise das ficha deMTdas crianças observadas na UP entre 2000 e 2005. Foram estudadas variáveis sócio-demográficas, de caracterização do MT e do tipo de intervenção realizada. Resultados: Foram analisadas 416 fichas. Os tipos de MT mais detectados foram a agressão física (60,3%) e o abuso sexual (30,3%). A maioria das vítimas (60%) era do sexo feminino, mediana de 8 anos de idade. Os MT ocorreram no domicílio em 58,9% das situações, com agressor do sexo masculino em 67,8% dos casos e coabitante em 53,1%. No total 89% das sinalizações foram avaliadas pela assistente social; apenas 3% tiveram apoio psicológico. O destino de 83% destas crianças foi o domicílio. Dos casos mais graves destacamse 2 óbitos, 7 crianças com fracturas ósseas e 1 caso de shaking baby syndrome. Conclusão: Os dois tipos mais representados de MT, a agressão física e o abuso sexual, têm especificidades sobreponíveis às dos dados nacionais. Com este estudo foram identificadas e caracterizadas as situações de MT, bem como as principais lacunas na sua abordagem na UP, o que permitiu implementar medidas mais adequadas.
- Utilização de cateteres venosos centrais numa unidade de cuidados intensivos pediátricosPublication . Cardoso, B; Almeida, HI; França, I; Casella, P; Machado, MCA colocação de cateteres venosos centrais (CVC) em crianças é uma técnica com riscos consideráveis pelo que a sua indicação deve ser criteriosa e executada por profissionais experientes. Objectivos: 1) Estudar a incidência de complicações dos CVC e relacioná-las com factores de risco. 2) Auditar o protocolo em vigor desde 1998 na Unidade de Cuidados Intensivos do Departamento de Pediatria do HFF. Doentes e métodos: Durante 3 anos foram colocados 121 CVC em 88 crianças com uma duração total de cateterismo de 1198 dias; idade média de 39-95m, PRISM médio de 31.30 (25%) estavam ventilados e 23 (19%) tinham patologia cirúrgica. Os CVC foram colocados segundo a técnica de Seldinger, mais frequentemente nas subclávias; as crianças foram sedadas com midazolam e ketamina durante o procedimento. As complicações foram classificadas em imediatas ou tardias e estas últimas em infecciosas e não infecciosas. As complicações infecciosas foram classificadas segundo critérios do “ International Sepsis Forum” de Fevereiro de 2001. Para análise estatística foi utilizado o teste do Chi-quadrado. Resultados: 93 (76,8%) cateteres foram colocados nas veias subclávias, 15 (12,4%) nas femorais e 12 (9,9%) nas jugulares internas. 72 (59,5%) tinham lúmen duplo e 9 (7,4%) triplo. A duração média do cateterismo foi de 9,9 dias. Foi administrada alimentação parentérica em 51 (42,1%) cateteres. Em 86 (71%) cateteres não houve complicações. Em 3 (2,5%) houve complicações imediatas relacionadas com a colocação do cateter. As complicações não infecciosas observadas foram 15 (12,4%) oclusões, 6 (5%) exteriorizações acidentais, 4 (3,3%) compromissos mecânicos, 2 (1,7%) tromboses e uma embolia. Registaram-se 3 (2,47%) complicações infecciosas relacionadas com o CVC, o que corresponde a 1 infecção por cada 393 dias de cateterismo. A sua incidência está estatisticamente relacionada com a duração do cateterismo superior a duas semanas (p=0,01). Os microorganismos isolados foram: Enterococcus faecalis, Candida glabatra, Klebsiela pneumoniae. Conclusões: 1) As complicações na canalização da subclávia podem diminuir significativamente quando este é o vaso preferencialmente puncionado e se utiliza uma sedação adequada; 2) O risco de infecção com o ponto de partida do cateter está significativamente relacionada com a duração do cateterismo (> a 14 dias).