Browsing by Author "Escudeiro, M"
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- Estudo da prevalência e aplicação da escala de Fagerström a adolescentes que recorrem ao SUP do HFFPublication . Macedo, MA; Gama, F; Escudeiro, M; Rodrigues, LIntrodução: É consensual, e tem suporte em forte evidência científica, que fumar prejudica gravemente a saúde. Segundo a OMS (2011), é a principal causa evitável de doença e de morte, repercutindo‐se pesadamente em custos sociais, económicos e de saúde. A exposição ao fumo ambiental do tabaco, em casa, em veículos, nos locais de trabalho e em espaços públicos fechados é um grave risco para a saúde dos não fumadores expostos, não existindo um limiar seguro de exposição. Segundo o último inquérito do Serviço de Intervenção dos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD), ascende a 28,3% a prevalência do tabagismo no escalão etário 15-24 anos. Este trabalho teve como objetivo conhecer a prevalência do tabagismo nos adolescentes que recorrem ao serviço de urgência pediátrica (SUP) e aplicar o teste de Fagerström de dependência física à nicotina. Foi também proposto o objetivo de caracterizar o consumo de tabaco dos adolescentes e a perceção do risco associado ao consumo de tabaco na adolescência e conhecer a exposição ao fumo passivo nesta faixa etária. Metodologia: Procedeu-se a estudo do tipo quantitativo, observacional e descritivo. Com base na aplicação de um questionário baseado nas recomendações da OMS e na escala de Fagerstrom adotada pela DGS. Foi selecionada uma amostra aleatória composta por 217 adolescentes dos 12 aos 17 anos. Resultados: Com base numa amostra de 217 adolescentes foi obtida uma prevalência de vida de 19,82%. Existe forte evidência de uma correlação entre fumar com ter chumbado de ano (OR – 5,51), com ser filho de pais fumadores (OR - 7,093) e com possuir uma baixa perceção do perigo do tabaco (OR - 5,367). Não parece existir evidência de haver relação entre o concelho de origem e o fumar. A média de idade para começar a fumar é 14,42 (IC 𝝰 5%- ]12,5 - 16,34[) Conclusão: Foi encontrada uma prevalência semelhante a outros estudos nacionais. Apenas 11,9% dos jovens tem uma perceção “pouco” ou “nada” do perigo do tabaco, que demonstra que não é por falta de informação que o consumo se mantém. A influência dos determinantes sociais e do tabagismo dos pais tem que ser considerada em futuras ações de prevenção. A monitorização da prevalência do consumo de tabagismo assume-se de extrema importância, de forma a estabelecer a base a partir da qual podemos planear e avaliar as medidas de prevenção e cessação tabágica.
- A influência dos fatores socioeconómicos na doença crítica pediátricaPublication . Macedo, MA; Escudeiro, M; Rodrigues, L; Martins, P; Sobral, A
- A sala de reanimação pediátrica: que realidade? Uma análise ao período 2015-2017Publication . Macedo, MA; Escudeiro, M; Rodrigues, L; Martins, P; Sobral, AO cuidado à criança e adolescente em situação de emergência é uma realidade com a qual nos deparamos diariamente, pelo que se torna fundamental conhecer os padrões de utilização da sala de reanimação. O objetivo principal deste estudo é caracterizar a assistência prestada na sala de reanimação do Serviço de Urgência Pediátrica do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE, durante o período de 1 de janeiro de 2015 a 30 de Junho 2017. Para tal, foi efetuado um estudo observacional, retrospetivo descritivo, que teve como ponto de partida os dados extraídos da utilização da sala de reanimação, conjugados com os dados obtidos através da avaliação inicial de enfermagem referente à etnia, escolaridade e situação face ao trabalho dos pais. As variáveis foram estudadas através de testes de Qui-Quadrado e aplicação de um modelo de regressão logística ajustado para sexo e idade. Foram selecionados 193 episódios de reanimação (cerca de 0,12% da afluência total da urgência), a média de idades foi de 5,8 anos. 44% ocorreram no turno da tarde, sendo a sexta-feira o dia mais frequente (18,8%). Com 64,25% dos casos, a convulsão foi o motivo mais frequente. Ocorreram 17,1% de reincidências maioritariamente relacionadas com episódios convulsivos. Foram internadas em cuidados intensivos 24,35% dos casos. Quanto à escolaridade, cerca de metade das mães e 57% dos pais tinham no máximo 9 anos de escolaridade, com taxas de desemprego registadas acima da média nacional. Foram relacionados com internamento em intensivos a situação laboral dos pais (mãe p=0,049 e pai p=0,043). A etnia e escolaridade não aparentam ter relação. Não foi encontrado relação entre estes determinantes sociais e as reincidências, sendo de realçar o valor borderline da situação laboral da mãe (p=0,06). Em termos de implicações para a investigação e para a prática, é necessário compreender melhor os padrões de utiliza- ção da sala de reanimação, bem como os determinantes de saúde que lhe dão origem, para desta forma, melhor planear a atuação da equipa multidisciplinar. A base de dados informática será uma mais-valia na monitorização dos eventos na sala de reanimação, permitindo uma adaptação rápida a alterações de padrões que eventualmente surjam.