Browsing by Author "Macedo, MA"
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- Determinantes sociais na saúde em idade pediátrica em contexto hospitalar: artigo de revisão sistemática de literaturaPublication . Macedo, MAIntrodução: As desigualdades em saúde são reconhecidamente um problema de saúde pública. A relação entre determinantes sociais e as desigualdades em saúde são um achado robusto. Enquanto nos adultos é claro que estas desigualdades socioeconómicas se manifestam no seu estado de saúde, a situação é menos clara nas crianças e adolescentes. Foi então efetuada uma revisão da literatura sobre a influência dos determinantes sociais na saúde na idade pediátrica. De forma a contribuir para um melhor conhecimento sobre a matéria. Metodologia: A pesquisa foi efetuada segundo as normas PRISMA, com base nos termos MeSH: Social Class, Pediatric, Hospital, Emergency Treatment, Socioeconomic factor e Healthcare Disparities, na PubMed, Scielo e nas bases de dados da Cochrane. Foram excluídos artigos de revisão, opinião bem como artigos que tratavam de questões de acesso aos cuidados. Foi efetuada uma descrição quantitativa e qualitativa dos resultados. Resultados: Foram selecionadas 17 publicações, exceto uma do tipo descritiva, todas referentes a estudos observacionais analíticos, a maioria usando dados retrospetivos. Encontrou-se forte evidência na relação entre desigualdades em saúde e os fatores socio económicos na idade pediátrica. Conclusão: Apesar de nenhuma das publicações selecionadas apresentar dados colhidos em Portugal, é seguro afirmar que é possível encontrar a mesma relação na idade pediátrica. É importante estudar mais esta área, identificar os determinantes sociais mais importantes bem como as populações mais vulneráveis, para melhor poder planear os cuidados de saúde e combater as desigualdades
- Estudo da prevalência e aplicação da escala de Fagerström a adolescentes que recorrem ao SUP do HFFPublication . Macedo, MA; Gama, F; Escudeiro, M; Rodrigues, LIntrodução: É consensual, e tem suporte em forte evidência científica, que fumar prejudica gravemente a saúde. Segundo a OMS (2011), é a principal causa evitável de doença e de morte, repercutindo‐se pesadamente em custos sociais, económicos e de saúde. A exposição ao fumo ambiental do tabaco, em casa, em veículos, nos locais de trabalho e em espaços públicos fechados é um grave risco para a saúde dos não fumadores expostos, não existindo um limiar seguro de exposição. Segundo o último inquérito do Serviço de Intervenção dos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD), ascende a 28,3% a prevalência do tabagismo no escalão etário 15-24 anos. Este trabalho teve como objetivo conhecer a prevalência do tabagismo nos adolescentes que recorrem ao serviço de urgência pediátrica (SUP) e aplicar o teste de Fagerström de dependência física à nicotina. Foi também proposto o objetivo de caracterizar o consumo de tabaco dos adolescentes e a perceção do risco associado ao consumo de tabaco na adolescência e conhecer a exposição ao fumo passivo nesta faixa etária. Metodologia: Procedeu-se a estudo do tipo quantitativo, observacional e descritivo. Com base na aplicação de um questionário baseado nas recomendações da OMS e na escala de Fagerstrom adotada pela DGS. Foi selecionada uma amostra aleatória composta por 217 adolescentes dos 12 aos 17 anos. Resultados: Com base numa amostra de 217 adolescentes foi obtida uma prevalência de vida de 19,82%. Existe forte evidência de uma correlação entre fumar com ter chumbado de ano (OR – 5,51), com ser filho de pais fumadores (OR - 7,093) e com possuir uma baixa perceção do perigo do tabaco (OR - 5,367). Não parece existir evidência de haver relação entre o concelho de origem e o fumar. A média de idade para começar a fumar é 14,42 (IC 𝝰 5%- ]12,5 - 16,34[) Conclusão: Foi encontrada uma prevalência semelhante a outros estudos nacionais. Apenas 11,9% dos jovens tem uma perceção “pouco” ou “nada” do perigo do tabaco, que demonstra que não é por falta de informação que o consumo se mantém. A influência dos determinantes sociais e do tabagismo dos pais tem que ser considerada em futuras ações de prevenção. A monitorização da prevalência do consumo de tabagismo assume-se de extrema importância, de forma a estabelecer a base a partir da qual podemos planear e avaliar as medidas de prevenção e cessação tabágica.
- A influência dos fatores socioeconómicos na doença crítica pediátricaPublication . Macedo, MA; Escudeiro, M; Rodrigues, L; Martins, P; Sobral, A
- Literacia em saúde parental e a utilização dos serviços de urgência pediátricaPublication . Macedo, MA; Pargana, I; Sousa, APA literacia em saúde pode ser definida, entre outras, como o nível da capacidade dos indivíduos para obter, processar e perceber informação de saúde básica e os serviços necessários para realizar decisões apropriadas sobre a sua saúde. Neste sentido, o objetivo deste estudo é identificar qual a literacia em saúde dos pais e cuidadores das crianças utilizadoras dos serviços de urgência pediátrica (SUP). Para tal, realizou-se uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados CINAHL, MEDLINE e PUBMED, para artigos com menos de cinco anos, com a seguinte equação de pesquisa: [(health literacy OR parental education OR caregiver education) AND (child* OR adolesc* OR paediatric) AND (emergency department OR emergency room OR emergency unit)]. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão obteve-se uma amostra final de sete artigos. Da análise realizada verificou-se uma elevada prevalência de baixa literacia em saúde, representando em média 63,71% dos inquiridos, com IC 95% ]61-66[. Outros determinantes sociais da saúde, como o nível de rendimento, a etnia e o tipo de seguro de saúde estão também descritos como fatores adjacentes à reduzida literacia em saúde. A baixa literacia em saúde está presente em grande parte dos cuidadores das crianças utilizadores do SUP sendo que esta problemática pode influenciar fenómenos como a recorrência aos serviços de saúde e/ou a incorreta compreensão do tratamento necessário.
- A sala de reanimação pediátrica: que realidade? Uma análise ao período 2015-2017Publication . Macedo, MA; Escudeiro, M; Rodrigues, L; Martins, P; Sobral, AO cuidado à criança e adolescente em situação de emergência é uma realidade com a qual nos deparamos diariamente, pelo que se torna fundamental conhecer os padrões de utilização da sala de reanimação. O objetivo principal deste estudo é caracterizar a assistência prestada na sala de reanimação do Serviço de Urgência Pediátrica do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE, durante o período de 1 de janeiro de 2015 a 30 de Junho 2017. Para tal, foi efetuado um estudo observacional, retrospetivo descritivo, que teve como ponto de partida os dados extraídos da utilização da sala de reanimação, conjugados com os dados obtidos através da avaliação inicial de enfermagem referente à etnia, escolaridade e situação face ao trabalho dos pais. As variáveis foram estudadas através de testes de Qui-Quadrado e aplicação de um modelo de regressão logística ajustado para sexo e idade. Foram selecionados 193 episódios de reanimação (cerca de 0,12% da afluência total da urgência), a média de idades foi de 5,8 anos. 44% ocorreram no turno da tarde, sendo a sexta-feira o dia mais frequente (18,8%). Com 64,25% dos casos, a convulsão foi o motivo mais frequente. Ocorreram 17,1% de reincidências maioritariamente relacionadas com episódios convulsivos. Foram internadas em cuidados intensivos 24,35% dos casos. Quanto à escolaridade, cerca de metade das mães e 57% dos pais tinham no máximo 9 anos de escolaridade, com taxas de desemprego registadas acima da média nacional. Foram relacionados com internamento em intensivos a situação laboral dos pais (mãe p=0,049 e pai p=0,043). A etnia e escolaridade não aparentam ter relação. Não foi encontrado relação entre estes determinantes sociais e as reincidências, sendo de realçar o valor borderline da situação laboral da mãe (p=0,06). Em termos de implicações para a investigação e para a prática, é necessário compreender melhor os padrões de utiliza- ção da sala de reanimação, bem como os determinantes de saúde que lhe dão origem, para desta forma, melhor planear a atuação da equipa multidisciplinar. A base de dados informática será uma mais-valia na monitorização dos eventos na sala de reanimação, permitindo uma adaptação rápida a alterações de padrões que eventualmente surjam.