Browsing by Author "Morgado, P"
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- Comorbilidade entre Esquizofrenia e Perturbação Obsessivo-Compulsiva: Uma RevisãoPublication . Passos, R; Ferreira, MC; Morgado, PIntrodução: A prevalência de sintomas obsessivo-compulsivos e de perturbação obsessivo- -compulsiva em pacientes com esquizofrenia primariamente diagnosticada tem aumentado significativamente nos últimos anos, sendo cada vez maior o número de publicações centradas no tema. Objectivos: A presente revisão visa analisar os conceitos de esquizofrenia, perturbação obsessivo-compulsiva e a comorbilidade entre ambas as patologias, bem como algumas das características clínicas que permitem distingui-las. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográ- fica no PubMed entre 2009-2014, utilizando as expressões: “Comorbidity between Obsessive-Compulsive Disorder and Schizophrenia” e “Schizo-Obsessive Disorder”. Resultados e Conclusões: A literatura disponível incide essencialmente na proposta de teorias explicativas para as elevadas comorbilidades entre a esquizofrenia e a perturbação obsessivo-compulsiva – possibilidade de uma doença ser fator de risco para a outra; existência de fatores de risco comuns; possibilidade de um fármaco administrado para o tratamento de uma doença potenciar a outra – e na distinção entre obsessões e delírios e entre compulsões e ações impelidas pelo delírio, essencial ao estabelecimento de um diagnóstico diferencial entre ambas as doenças. A controvérsia associada ao avanço de um novo subtipo de esquizofrenia – perturbação esquizo-obsessiva – bem como à relação de causalidade entre ambas as doenças permite constatar que estudos futuros deverão focar- -se com uma precisão ainda maior na relação temporal entre o aparecimento das duas doen- ças bem como na exploração dos sintomas de uma patologia no curso da outra.
- Preditores de abstinência alcoólica numa amostra de doentes portugueses: um estudo retrospectivoPublication . Matos, D; Gonçalves, J; Morgado, PIntrodução: A dependência alcoólica é uma doença aditiva com elevados níveis de morta-lidade e morbilidade. As opções terapêuticas disponíveis incluem intervenções médicas e psicossociais. Objectivos: Comparar a população de alcoóli-cos que atinge 1 ano de abstinência total com aqueles que recaem no mesmo período, identificando factores individuais e relacionados com o tratamento preditores de sucesso terapêutico. Métodos: Após análise comparativa, realizou-se uma regressão logística multivariada para identificar os factores relacionados com o tratamento que predizem abstinência total em doentes adultos que reuniam critérios ICD-10 para alcoolismo durante o primeiro ano de tratamento no Departamento de Psiquiatria do Hospital de Braga. Resultados: Foram incluídos no estudo 590 doentes. A taxa de sucesso (abstinência to- tal) foi de 32.3%. Características individuais como sexo, idade, estado civil ou nível de instrução não se relacionaram com o sucesso do 1º ano de tratamento. Identificaram-se como preditores independentes de abstinência alcoólica total a inexistência de internamen- tos prévios (OR=0.549; 95%CI=0.322-0.936), o internamento (OR=3.765; 95%CI=2.061- 6.879) e a abstinência no início do tratamento (OR=4.947; 95%CI=2.223-11.008). Conclusões: Os resultados demonstram que a escolha da abordagem inicial no tratamento da dependência alcoólica crónica pode resultar em períodos mais longos de abstinência alcoólica. Estes achados podem ser úteis para aumentar o sucesso das intervenções médicas na prática clínica.