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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Introdução e objectivos: As crianças com trissomia 21 (T21)
têm uma prevalência de 50% de síndrome de apneia obstru-
tiva do sono (SAOS). Os sinais nem sempre são percepcio-
nados pelos pais e o estudo polissonográfico do sono (PSG)
não está generalizado. O objectivo foi avaliar a existência de
SAOS em crianças com T21.
Métodos: Amostra de conveniência de 12 crianças com T21
estudadas através da realização de PSG.
Resultados: A idade mediana das crianças estudadas foi de
4,5 anos (1,6-13), com índice de massa corporal (IMC) ≥25
em 25% (n=3). Apresentavam défice cognitivo grave 25%
(n=3), moderado 33% (n=4) e ligeiro 33% (n=4). Tiveram
infecções respiratórias de repetição 42% (n=5) e efectuaram
adenoamigdalectomia prévia à PSG 58% (n=7). Referido em
consulta, sono agitado 83% (n=10), roncopatia nocturna 92%
(n=11) e pausas na respiração 42% (n=5). Na PSG verificou -
-se sono lento superficial aumentado em 83% (n=10), sono
lento profundo diminuído em 33% (n=4) e em 92% (n=11)
diminuição do sono REM. A média da eficiência do sono foi
de 84% e em 42% (n=5) estava diminuída. Todos apresen-
taram aumento do índice de apneia/hipopneia (IAH) sendo
a média de 7,0 (2,5-18,7). As crianças com défice cognitivo
grave apresentaram maior número de despertares por hora
(DPH) em relação às crianças com défice cognitivo ligeiro
(p=0,05), não havendo diferença significativa na eficiência do
sono, IAH, movimentos periódicos do sono (MPS) e satura-
ção média de oxigénio. Não se verificou associação entre IMC
e IAH. A existência prévia de adenoidoamigdalectomia não
influenciou significativamente o resultado da PSG.
Conclusão: Conclui-se que nas crianças com T21 a PSG
permite o diagnóstico atempado da SAOS. A adenoamig-
dalectomia não resolve eficazmente a SAOS, devendo ser
introduzidas precocemente outras medidas.
Description
Keywords
Apneia obstrutiva do sono Polissonografia Síndrome de Down Criança
Citation
Acta Pediatr Port 2013:44(4):167-71
Publisher
Sociedade Portuguesa de Pediatria