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Benefícios após implementação de um protocolo de "Patient Blood Management"

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PBM_Poster APIH-SETS_Porto_06-2017 s.pdf463.59 KBAdobe PDF Download

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Abstract(s)

Objectivo: Frequentemente os doentes avaliados no contexto de cirurgia electiva apresentam anemias que, caso não sejam corrigidas, irão aumentar o risco de mortalidade e morbilidade pós-cirúrgica, de infecções, de necessidade de transfusões de componentes sanguíneos (CS) e do aumento do tempo de hospitalização 1 . O Patient Blood Mangement (PBM) é uma abordagem baseada na evidência e multidisciplinar que visa optimizar os cuidados oferecidos ao doente cirúrgico, adotando- se medidas de otimização que permitam minimizar a necessidade de transfusão de CS, nomeadamente Concentrados Eritrocitários (CEs). Estas medidas têm lugar, em todo o período peri-operatório. O PBM engloba uma equipa multidisciplinar centrada no doente e um dos seus objetivos é a otimização dos valores de Hb pré- cirúrgicos, no doente proposto para cirurgia programada. Pretendemos partilhar os resultados obtidos, após implementação de um protocolo de PBM entre o Serviço de Sangue e Medicina Transfusional e o da Cirurgia B do HFF, em que, entre outros parâmetros, é analisada a eventual necessidade de correção de anemias ferropénicas. Material e métodos: Foram englobados neste estudo todos os pedidos de PBM desde a sua implementação em 2015 até Janeiro de 2017. Foram colhidos dados dos valores de Hemoglobina (Hb) de cada doente que efectuou consulta de PBM antes e após tratamento, endovenoso (ev), com ferro (Carboximaltose férrica - Ferinject ® ) e registada a necessidade transfusional de CEs no período peri-operatório. Resultados: Foram avaliados em consulta de PBM 40 doentes (90% com neoplasia gástrica ou colo-retal), 20 (50%) dos quais foram submetidos a cirurgia abdominal por laparotomia ou laparoscopia, dos restantes 20 (50%): 2 (10%) recusaram tratamento com ferro ev, 3 (15%) não necessitavam de tratamento cirúrgico, 3 (15%) recusaram cirurgia, 3 (15%) não apresentavam as condições clínicas para administração de ferro ev e os restantes 9 (45%) ainda aguardavam cirurgia. Durante este período ocorreram 3 óbitos, no grupo dos doentes que aguardavam cirurgia, resultantes da sua patologia de base. Dos 20 doentes operados, 52.3% eram do sexo feminino (♀) e 47.7% do sexo masculino (♂). A média da idade dos doentes estudados foi de 73 anos no ♀ e de 70 anos no ♂. O valor médio de Hb, registado, pré-tratamento com ferro ev foi de 10.1 g/dL e de 9.7 g/dL respetivamente para ♀ e ♂. Após um tratamento com ferro ev os valores de Hb subiram para 11.1 (♀) e 11.4 g/dL (♂). Do total de doentes submetidos a cirurgia, 2 foram transfundidos com concentrado eritrocitário (2CEs cada um) no período peri-operatório. Conclusões: Desde a sua implementação, parcial, no HFF, o PBM permitiu a otimização de doentes com anemia pré- operatória não tendo sido realizada transfusão de CE em 90% dos doentes sujeitos a cirurgia. O PBM é, em nosso entender, uma ferramenta essencial para a optimização dos doentes pré-cirúrgicos, permitindo uma racionalização dos recursos disponíveis em CEs e concomitantemente evitar potenciais efeitos adversos, à transfusão, nestes doentes já debilitados pela patologia de base. 1 Shander A. et al, "Patient Blood Management", British Journal of Anaesthesia, 109 (1): 55-68, (2012).

Description

Keywords

Transfusão de sangue Segurança do doente

Citation

CONGRESSO HISPANO-PORTUGUÊS DE MEDICINA TRANSFUSIONAL E TERAPIA CELULAR, 2, Porto 1-3 de Junho de 2017

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Journal Issue

Publisher

Associação Portuguesa de Imuno-Hemoterapia (APIH), Sociedad Española de Transfusión Sanguínea y Terapia Celular (SETS)

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