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Campanha "cuidar de quem cuida de nós" ou o estudo da saúde do bombeiro português: avaliação do impacto respiratório em corpos de 1ª intervenção de combate a incêndios (resultados de 2007)

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Em Portugal, nos últimos 5 anos, arderam cerca de 1 milhão e 600 hectares de floresta. Cerca de 2/3 dos 40 000 bombeiros portugueses (BP) são voluntários e a sua saúde não é monitorizada. Os corpos de 1ª intervenção de combate aos incêndios estão expostos a uma enorme variedade de químicos e poluentes . Estudos recentes consideram a hipótese de que episódios repetidos de exposição ao fumo originam inflamação que pode estar na génese de aumento da reactividade brônquica e obstrução. Em 2007 iniciamos um programa médico de monitorização de saúde – MS – (Cuidar de quem cuida de nós) para avaliar o estado de saúde dos BP e o impacto respiratório nos corpos de 1.ª intervenção portugueses (C.1º), de modo a construir um perfil de saúde do BP e estimar o risco de lesão, estabelecer a prevalência de patologias respiratórias e elaborar normas/medidas. Sensibilizar a sociedade e implementar parcerias para assegurar MS BP. A avaliação médica respiratória do bombeiro consiste no autopreenchimento supervisionado de um questionário, realização de espirometria, aconselhamento médico de modificação de hábitos e referenciação médica se encontrada patologia. Estudámos 357 bombeiros, elementos dos C1.º de 44 corporações (CDOS Setúbal, Sintra, Guarda e Castelo Branco). Idade média de 33 anos (17-68); 13% sexo feminino e 87% sexo masculino. Hábitos tabágicos (HT: fumadores 47%, ex-fumadores 26%, não fumadores 26%. Exercício físico 41.5%, critério de treino físico 26.8%. Uso de equipamento de protecção : individual: 67,1%, respiratória (EPIR) : 38.3%. IMC >30-24,8%. Exposição referem 49,4%; exposição profissional outra que bombeiro 19%. Anos de actividade BP (AC)(até 5AC-30%, 6 a 10AC – 30%, 11 a 15AC – 15%). História prévia de doenças respiratórias em 17% ; sintomas respiratórios actuais pergunta “tem algum destes sintomas?”: dispneia (falta de ar 6,4%, dificuldade respiratória: quando anda rápido 12,8%; acompanhar 4,2%, na higiene 2,2%, no trabalho 1,7%) tosse e expectoração € (E 22%, E 2 meses/ano12,6%, E hemoptóica 1,4%), tosse ao levantar15,9%, deitado 7,5%), pieira 10,6% (no trabalho 3,9%). Espirometria (ESP) síndroma obstrutiva 6%, obstrução das pequenas vias aéreas 10,9%. Há relação P< 0,01 entre AC e alterações da ESP e independência nesta população entre HT e alterações da espirometria. Conclusões: A existência de alterações da espirometria e sintomas numa população jovem impõe a necessidade de vigilância respiratória anual e – mudança de hábitos (tabágicos, uso de EPIR diminuição de peso e aumento dos níveis de exercício físico) o que preconfigura a necessidade da criação/manutenção de um sistema de vigilância e monitorização sistemática dos bombeiros.

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Keywords

Incêndios Doenças respiratórias Bombeiros Espirometria Portugal

Citation

CONGRESSO DE PNEUMOLOGIA, 24, Porto, 5 a 7 de Dezembro de 2008

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Sociedade Portuguesa de Pneumologia

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