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Abstract(s)
A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é uma perturbação frequente dentro das perturbações do sono. Tem sido reconhecida uma ligação entre a AOS e a depressão, a qual é, na maior parte dos casos, resistente á terapêutica. Outras complicações da AOS são metabólicas: resistência insulínica, hipertensão arterial e obesidade.
Uma intervenção terapêutica comum na AOS é a chamada Continuous Positive Airway Pressure (CPAP). Este tratamento pode reverter as disfunções afectiva e cognitiva mas alterações residuais geralmente persistem.
É aqui reportado o caso de um homem de 48 anos com história familiar de perturbação bipolar mas sem história pessoal de alterações psiquiátricas. Após o diagnóstico de AOS, iniciou CPAP, iniciou tratamento com CPAP. Cerca de 15 dias depois foi internado por surto maniforme. A terapêutica instituída com olanzapina, lorazepam e divalproato de sódio levou à remissão dos sintomas tendo sido interrompido o CPAP.
Após a alta o doente passou a apresentar sintomatologia depressiva e esta tem persistido ainda que medicado com olanzapina e lamotrigina.
Foi entretanto diagnosticado Diabetes Mellitus Tipo II e a olanzapina foi descontinuada e substituída por ziprasidona.
É discutida a contribuição da AOS e tratamento com CPAP para o aparecimento e manutenção de doença afectiva num doente com susceptibilidade familiar para a mesma. A discussão inclui ainda os aspectos metabólicos da AOS que podem ser agravados pela terapêutica utilizada para o controlo da perturbação afectiva.
Description
Keywords
Perturbação bipolar Apneia obstrutiva do sono
Citation
Psilogos.2006; 3(1): 53-60
Publisher
Serviço de Psiquiatria do Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca, E.P.E.