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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Introduction: Recent studies suggest that magnesium deficiency may play a role in inflammation. In diabetes
and cardio-vascular diseases, conditions with a component of chronic inflammation, C–reactive protein levels
are higher and associated with low serum magnesium. The objective of this study is to evaluate serum magnesium
levels in patients with systemic lupus erythematosus and its potential association with inflammation
and renal manifestations. Methods: All patients with systemic lupus erythematosus followed in a Systemic
Immune Diseases Unit, from January 2012 until January 2014, were included in this cross sectional analysis.
Patients with infection, neoplasia, liver failure and chronic kidney disease (stage > 3) were excluded. Clinical
information and laboratory results (serum magnesium, C-reactive protein, erythrocyte sedimentation rate, serum
creatinine and spot urine test) were collected. A multivariate analysis was performed to explore possible predictive
factors for hypomagnesaemia. Results: One hundred and two patients were included (94.1% female, 21-86
years). 33.4% had hypertension, 8.8% had diabetes and 20.6% had hypomagnesaemia (< 1.8mg/dL). There were
no significant differences between the inflammatory parameters of patients with hypomagnesaemia or normomagnesaemia.
Serum magnesium was significantly lower with increasing comorbidities (p = 0.01). Leukocyturia
was significantly higher in the hypomagnesaemia group (p = 0.03) and haematuria had a negative correlation
with serum magnesium (-0.23, p < 0.05). Multivariate analysis showed that patients with hypertension and
diabetes had higher risk of hypomagnesaemia: OR 42.29 (95% CI, 1.43-1249.31). Leukocyturia was also individually
and independently associated with hypomagnesaemia: OR 8.37 (95% CI, 1.40-49.97). Conclusion: The
presence of hypomagnesaemia in our patients with systemic lupus erythematosus was high. There was no
association between the levels of serum magnesium and the inflammatory parameters. Increasing comorbidities
and leukocyturia were independent predictors of lower serum magnesium. Finally, the association of leukocyturia
and haematuria with lower serum magnesium may suggest a relationship with a higher disease activity.
Introdução: Estudos recentes sugerem uma relação entre inflamação e défice de magnésio. Em doenças com inflamação crónica, como a diabetes e doenças cárdio-vasculares, os níveis séricos de proteína C-reativa são mais altos e associados a menores níveis séricos de magnésio. O objetivo desde trabalho é avaliar o magnésio sérico em doentes com lúpus eritematoso sistémico e a sua associação com inflamação e manifestações renais. Métodos: Foram incluídos neste estudo transversal, doentes com lúpus eritematoso sistémico, seguidos numa unidade de doenças imunomediadas sistémicas, entre Janeiro 2012 e Janeiro 2014. Foram excluídos os doentes com infeção, neoplasia, insuficiência hepática e doença renal crónica (estadio > 3). Foi colhida informação clínica e laboratorial (magnésio sérico, proteína C-reativa, velocidade de sedimentação, creatinina sérica e exame sumário de urina). Foi usada uma análise multivariada para explorar possíveis fatores preditivos de hipomagnesémia. Resultados: Foram incluídos 102 doentes (94.1% do sexo feminino, 21-86 anos), 33.4% com hipertensão, 8.8% com diabetes e 20.6% com hipomagnesémia (< 1.8mg/ dL). Não houve diferenças significativas nos parâmetros inflamatórios entre os doentes com hipomagnesémia e normomagnesémia. Os valores de magnésio foram mais baixos nos doentes com mais comorbilidades associadas (p = 0.01). A leucocitúria foi significativamente maior no grupo com hipomagnesémia (p = 0.03) e a hematúria correlacionou-se negativamente com o magnésio sérico (r = -0.23, p < 0.05). Na análise multivariada, doentes com hipertensão e diabetes apresentaram maior risco de hipomagnesemia: OR 42.29 (95% CI, 1.43-1249.31). A leucocitúria foi individualmente e independentemente associada a hipomagnesemia OR 8.37 (95% CI, 1.40-49.97). Conclusão: A presença de hipomagnesémia nos nossos doentes com lúpus eritematoso sistémico foi elevada. Não encontrámos associação entre os níveis de magnésio sérico e os parâmetros inflamatórios. A comorbilidade crescente e a leucocitúria foram preditores independentes de hipomagnesémia. A associação de leucocitúria e hematúria com magnésio sérico mais baixo pode sugerir uma relação com maior atividade da doença.
Introdução: Estudos recentes sugerem uma relação entre inflamação e défice de magnésio. Em doenças com inflamação crónica, como a diabetes e doenças cárdio-vasculares, os níveis séricos de proteína C-reativa são mais altos e associados a menores níveis séricos de magnésio. O objetivo desde trabalho é avaliar o magnésio sérico em doentes com lúpus eritematoso sistémico e a sua associação com inflamação e manifestações renais. Métodos: Foram incluídos neste estudo transversal, doentes com lúpus eritematoso sistémico, seguidos numa unidade de doenças imunomediadas sistémicas, entre Janeiro 2012 e Janeiro 2014. Foram excluídos os doentes com infeção, neoplasia, insuficiência hepática e doença renal crónica (estadio > 3). Foi colhida informação clínica e laboratorial (magnésio sérico, proteína C-reativa, velocidade de sedimentação, creatinina sérica e exame sumário de urina). Foi usada uma análise multivariada para explorar possíveis fatores preditivos de hipomagnesémia. Resultados: Foram incluídos 102 doentes (94.1% do sexo feminino, 21-86 anos), 33.4% com hipertensão, 8.8% com diabetes e 20.6% com hipomagnesémia (< 1.8mg/ dL). Não houve diferenças significativas nos parâmetros inflamatórios entre os doentes com hipomagnesémia e normomagnesémia. Os valores de magnésio foram mais baixos nos doentes com mais comorbilidades associadas (p = 0.01). A leucocitúria foi significativamente maior no grupo com hipomagnesémia (p = 0.03) e a hematúria correlacionou-se negativamente com o magnésio sérico (r = -0.23, p < 0.05). Na análise multivariada, doentes com hipertensão e diabetes apresentaram maior risco de hipomagnesemia: OR 42.29 (95% CI, 1.43-1249.31). A leucocitúria foi individualmente e independentemente associada a hipomagnesemia OR 8.37 (95% CI, 1.40-49.97). Conclusão: A presença de hipomagnesémia nos nossos doentes com lúpus eritematoso sistémico foi elevada. Não encontrámos associação entre os níveis de magnésio sérico e os parâmetros inflamatórios. A comorbilidade crescente e a leucocitúria foram preditores independentes de hipomagnesémia. A associação de leucocitúria e hematúria com magnésio sérico mais baixo pode sugerir uma relação com maior atividade da doença.
Description
Keywords
Systemic lupus erythematosus Magnesium Kidney diseases
Citation
Port J Nephrol Hypert 2015; 29(4): 323-331
Publisher
Sociedade Portuguesa de Nefrologia