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Advisor(s)
Abstract(s)
Introdução: A infecção congénita por citomegalovírus (CMV)
é a causa mais frequente de infecção viral congénita, sendo
igualmente causa major de surdez neurossensorial adquirida.
Material e métodos: Analisaram-se retrospectivamente os
doentes diagnosticados com infecção congénita por CMV, de
2010 a 2014, num único centro hospitalar.
Resultados: Durante o período do estudo, foram registados 15
396 nascimentos no referido centro hospitalar, identificando-
se 15 crianças (0,1%) com critério de diagnóstico para infecção
congénita por CMV. Identificou-se 53% de recém-nascidos
(RN) do sexo masculino, com tempo médio de gestação de 34
semanas (± 5,1), 20% de RN prematuros, e 26% de RN com
muito baixo peso (≤1500g). Foi registada infecção primária
por CMV em 75% dos casos, 26% dos RN eram co-infectados
com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) tipo 1. Neste
coorte, 26,7% dos RN apresentava algum grau de surdez ao
nascimento, desenvolvendo-se surdez tardia em 13 %.
Conclusões: O diagnóstico preciso da infecção congénita
por CMV no recém-nascido só pode ser feito nas primeiras
três semanas de vida. Para além disso, a inexistência de um
programa implementado de rastreio para a infecção por CMV
durante a gravidez e período neonatal, bem como a falta de
critérios específicos para o diagnóstico de infecção congénita
a CMV sintomática, tornam difícil a estimativa da prevalência
real da mesma, bem como da surdez consequente.
Description
Keywords
Infecções por citomegalovirus Perda auditiva Surdez
Citation
Rev Port Otorrinol Cirur Cerv Fac. 2016, 54(3):175-179
Publisher
Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial