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Feocromocitoma: estudo retrospetivo multicĂȘntrico

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Objetivo: O feocromocitoma Ă© um tumor raro com origem no tecido cromafim. Para avaliar a epidemiologia caracterĂ­stica e abordagem destes tumores, foi efetuado um estudo multicĂȘntrico retrospetivo em doentes com feocromocitoma. Material e mĂ©todos: Estudo retrospetivo, desenvolvido em 12 centros, incluiu 176 doentes tratados entre 1986-2011. Efetuado um questionĂĄrio que incluiu dados epidemiolĂłgicos, clĂ­nicos, doseamentos laboratoriais, exames de localizacž ĂŁo, estudo genĂ©tico, preparacž ĂŁo prĂ©-operatĂłria e cirurgia. De acordo com a data de diagnĂłstico, os doentes foram divididos em 2 perĂ­odos de tempo, 1986-2000 e 2001-2011, e alguns dados foram comparados. Resultados: Cento e cinco mulheres e 70 homens, idade mĂ©dia 51,9 ± 15,2 anos. Em 172 doentes, a apresentacž ĂŁo clĂ­nica foi: 31% incidentalomas, 10% paroxismos tĂ­picos, 18% hipertensĂŁo persistente e 5% detetados durante rastreio genĂ©tico. Onze por cento tinham outros sintomas clĂ­nicos de feocromocitoma e 25% uma mistura de 2 ou mais quadros clĂ­nicos. Os exames laboratoriais mais frequentes foram as catecolaminas urinĂĄrias e seus metabolitos urinĂĄrios. Em 154 doentes, foi localizado por TAC em 84%, RMN em 41% e a cintigrafia com MIBG em 55%. A dimensĂŁo mĂ©dia do tumor foi 55,3 ± 33,7 mm, 56% na suprarrenal direita e 7% bilateral. O tratamento prĂ©-operatĂłrio em 126 casos foi: fenoxibenzamina em 65% dos doentes e associada a um betabloqueador em 29,3%. Em 170 doentes, 91 efetuaram laparotomia (54%) e 74 laparoscopia (44%). Cinco doentes nĂŁo efetuaram cirurgia. Em 9 doentes foi diagnosticado feocromocitoma maligno, 3 na altura do diagnĂłstico inicial e 6 durante o seguimento (apĂłs 6-192 meses). Em 19 doentes foi efetuado o diagnĂłstico de uma sĂ­ndrome genĂ©tica. ConclusĂ”es: Trinta e um por cento dos tumores foram detetados como incidentalomas. A suprarrenal direita foi mais atingida. Observou-se um aumento do n ◩ de diagnĂłsticos de feocromocitoma e um melhor estudo e estadiamento nos doentes diagnosticados entre 2001 e 2011 comparativamente com os diagnosticados entre 1986 e 2000. Dado que a malignidade se pode manifestar tardiamente, o seguimento destes doentes deve ser para toda a vida.

Description

Keywords

Neoplasias das glĂąndulas suprarenais Feocromocitoma

Citation

Rev Port Endocrinol Diabetes Metab. 2016;11(2):156–162

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Publisher

Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo

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