Browsing by Author "Moraes, R"
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- Diretivas Antecipadas da Vontade: A Propósito de Um Caso ClínicoPublication . Batista, M; Patrocínio, J; Moraes, R; Proença, L; Louro, F; Major, MDescreve-se o caso de uma mulher de 61 anos, com diagnóstico de neoplasia da mama em estadio IV. Na altura, recusou terapêutica. Recorre ao Serviço de Urgência, um ano após o diagnóstico, em mutismo, sendo que os exames complementares de diagnóstico revelaram uma lesão cerebral, interpretada como nova metástase. No seu processo clínico, tem uma diretiva antecipada de vontade. Este é um documento formal que explicita quais os cuidados que pretende ou não receber em final de vida. Apresentamos a descrição do caso, as indicações que a doente deixou expressas neste documento e uma reflexão acerca das diretivas antecipadas de vontade e de como estas devem ser integradas na prática clínica.
- Uma oportunidade de diagnóstico, uma doença tratadaPublication . Ferreira, M; Ribeiro, R; Bargiela, I; Moraes, RA neurocisticercose é a infecção parasitária mais comum do sistema nervoso central e a principal causa de epilepsia nos países em desenvolvimento. As manifestações clínicas mais comuns são convulsões, cefaleia, hipertensão intracraniana, demência, meningite, síndrome medular e alterações psíquicas. Apresenta-se o caso de um homem de 39 anos com hábitos etanólicos, admitido no Serviço de Urgência (SU) por agitação psicomotora e tremor dos membros superiores. Ao exame objectivo encontrava-se orientado, sem sinais focais ou outras alterações a destacar. Na avaliação neuroimagiológica objectivadas múltiplas formações quísticas nodulares com imagem punctiforme central, favorecendo a presença de neurocisticercose em fase quístico nodulares. O quadro foi interpretado como manifestações de privação etanólica, sem relação com os achados imagiológicos. Iniciou terapêutica com albendazol e foi encaminhado à consulta de Neurologia. Este caso demonstra que a admissão no SU, por motivos alheios à neurocistiscercose, constituiu um vector para o seu diagnóstico, investigação e tratamento.
- O papel da vitamina d na resistência à insulina em idososPublication . Ferreira, M; Ribeiro, R; Moraes, R; Bargiela, IIntrodução: A hipovitaminose D tem grande impacto a nível mundial estimando-se a sua prevalência em 52 a 77%. Vários estudos têm demonstrado haver correlação entre baixos níveis séricos de 25-hidroxivitamina D e o risco aumentado de diabetes mellitus tipo 2. Este estudo teve como objectivo investigar o efeito da correcção da hipovitaminose D na insulinorresistência. Métodos: Foi utilizada uma amostra de conveniência com 10 doentes (6 mulheres e 4 homens) suplementados com vitamina D durante 4 meses. Como critérios de inclusão foram consideradas: idade superior a 65 anos, insulinorresistência – homeostasis model assesment 1 (HOMA-1) superior a 2 e hipovitaminose D (25-hidroxivitamina D sérica inferior a 30 ng/ml). Como critérios de exclusão foram considerados: diagnóstico prévio de diabetes mellitus tipo 2, glicémia em jejum superior ou igual a 126 mg/dl, terapêutica com antidiabéticos ou corticoterapia, suplementação com vitamina D nos últimos 6 meses e hipercalcémia (cálcio corrigido para a albumina ≥10,5 mg/dl). Resultados: Verificou-se um aumento estatisticamente significativo nos níveis séricos de 25-hidroxivitamina D após suplementação, mas não no HOMA-1. Discussão: Dada a pequena dimensão da amostra e a restrição dos critérios de inclusão, serão necessários mais estudos para perceber a relação da hipovitaminose D com a insulinorresistência e assim com o aumento do risco para diabetes mellitus tipo 2.
- Sinal de Frank como alerta para doença coronáriaPublication . Moraes, R; Ferreira, M; Patrocínio, JEm países desenvolvidos, a doença coronária (DC) é a principal causa de morte em ambos os sexos, sendo responsável por cerca de um terço de todos os óbitos. Apresentamos o caso de um homem de 86 anos com hipertensão arterial, dislipidémia e doença de três vasos admitido no Serviço de Urgência por enfarte agudo do miocárdio sem supra-desnivelamento de ST. Ao exame físico objetivava-se sinal de Frank, prega diagonal que se estende do tragus ao bordo posterior do lóbulo da orelha. Pensa-se que seja devido à perda de fibras elásticas por diminuição do fluxo sanguíneo a essa região. Apesar da baixa sensibilidade (51-65%), tem um valor preditivo positivo de 42-91% na identificação de DC. Sendo um sinal passível de identificação por qualquer clínico, não invasivo e sem custos, torna-o uma enorme mais-valiano reconhecimento precoce e consequente prevenção de uma patologia tão frequente e mortal como a DC.
- Síndrome de Moyamoya e drepanocitose: a propósito de um caso clínicoPublication . Proença, L; Batista, M; Patrocínio, J; Moraes, R; Louro, F; Major, MA síndrome de moyamoya é uma entidade clínica rara, de etologia desconhecida, encontrando-se descrita em associação com várias patologias, entre as quais a drepanocitose. Os autores apresentam o caso de uma mulher de 28 anos com antecedentes de drepanocitose, dois episódios de acidente vascular cerebral e hemiparesia esquerda sequelar: recorre ao serviço de urgência por agravamento da hemiparesia esquerda, alterações da sensibilidade e cefaleia fronto-parietal homolaterais. À observação, foi objectivado o défice neurológico descrito. Tomografia computorizada e angio-ressonância magnética de crânio: alteração do padrão vascular cerebral, com estenose franca bilateral ao nível da carótida interna e artéria cerebral média: presença de pequenos vasos emaranhados sublentriculares – padrão sugestivo de moyamoya. Feita angiografia diagnóstica, que confirmou alterações vasculares descritas. Optou-se por tratamento conservador, atendendo aos riscos inerentes à intervenção cirúrgica neste caso. “Moyamoya” significa, em japonês, “sopro de fumo de cigarro”, ilustrando um padrão angiográfico cerebral característico. Este é um caso de síndrome de moyamoya, situação em que este padrão angiográfico se associa a um determinado factor de risco. Pretendemos não só documentar o caso, como rever a evidência actual acerca desta entidade clinica rara.