Psilogos Vol.11 Nº1 (Jun 2013)
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Browsing Psilogos Vol.11 Nº1 (Jun 2013) by Subject "Emoções"
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- Afectos, emoções e conceitos aparentadosPublication . Abreu, JO autor começa por comentar a dificuldade de delimitação semântica entre os conceitos de afecto, emoção, sentimento, estado de ânimo, humor, paixões e aparentados, dificuldade esta que se agrava quando os termos são traduzidos em línguas diferentes. Centra-se depois no conceito de emoção, que tem beneficiado de investigação recente, e da sua distinção do humor, um termo que fundamenta a psicopatologia das perturbações bipolares. Muito mais complexo se revela o conceito de afecto, que tem uma dimensão interpessoal e que se pode elaborar a partir das recentes descobertas dos “neurónios- -espelho” e da “Teoria da Mente”.
- A emoção como experiência humana: a perspectiva do psicoterapeutaPublication . Paulino, MAs emoções são estados afectivos de curta duração, com sintomatologia vegetativa concomitante, desencadeadas por uma percepção externa ou interna. Existem emoções primárias ou universais (alegria, tristeza, medo, cólera, surpresa, aversão), emoções secundárias ou sociais (compaixão, embaraço, vergonha, culpa, desprezo, ciúme, inveja, orgulho, admiração) e emoções de fundo (bem-estar, mal- -estar, calma, tensão). As emoções são programas complexos de acções modeladas pela evolução. As acções são completadas por um programa cognitivo, mas o mundo das emoções é sobretudo um mundo de acções levado a cabo no nosso corpo, desde as expressões faciais e posições do corpo até às mudanças nas vísceras e meio interno. Pode-se considerar a emoção como um sistema de valores primários do cérebro, levando a que certas activações sejam selectivamente reforçadas. Nas entrevistas clínicas somos muitas vezes levados a passar da linha do discurso verbal, das ideias, para a linha do discurso emocional. Podemos utilizar as nossas próprias emoções ou sensações como forma de detectar discrepâncias ou incongruências na relação, provavelmente entre os canais de comunicação verbal, não-verbal e empático. Carl Rogers deu um contributo importante à psicoterapia com a sua experiência do aceitar incondicionalmente o cliente, aquele que vem para ser ouvido, tendencialmente sem preconceitos e sem juízos de valor. Uma sensação, uma emoção, um raciocínio eram aceites com a mesma atenção, cuidado e respeito. As formas de expressão e a configuração exacta dos estímulos que podem induzir uma emoção são diversas nas diferentes culturas e indivíduos, mas o que impressiona é a semelhança.
- Sentimentos acráticos, empatia e autoconsciênciaPublication . Mendonça, DO presente artigo analisa o papel dos sentimentos acráticos na empatia e na autoconsciência argumentando que os sentimentos acráticos são fundamentais para nos conhecermos e nós próprios e aos outros porque criam uma plataforma emocional que oferece um certo tipo de encontro empático e um espaço privilegiado para a autoconsciência. O artigo começa por descrever a natureza das emoções acráticas e o modo como as podemos encontrar a vários níveis emocionais. De seguida, elabora o modo como as emoções acráticas contribuem para a uma compreensão empática mais profunda porque permitem um salto de autoconsciência em que os sujeitos se interpretam como opacos para si mesmos. Por fim, o artigo mostra como o aprofundamento do autoconhecimento e dos processos empáticos permite um melhor conhecimento da natureza do mundo emocional.
- Sinto e penso, logo existo: abordagem integrativa das emoçõesPublication . Vasco, AO presente artigo tenta clarificar e ilustrar o conceito de emoção, reflectindo sobre a importância deste conceito para o funcionamento psicológico adaptativo e para a psicoterapia. Esta clarificação é feita recorrendo a diferentes caracterizações e diferenciações, nomeadamente: (a) esquemas emocionais; (b) diferentes tipos de emoções; (c) diferentes tipos de fenómenos afectivos e; (d) funções das emoções. Relaciona-se igualmente o conceito de emoção com o conceito de necessidades psicológicas, salientando a importância de um adequado funcionamento emocional para a regulação das mesmas. Apresenta-se um modelo inovador de necessidades psicológicas, salientando o contributo destas tanto para o bem-estar como para a saúde mental. Finaliza-se acentuando a necessidade de, em psicoterapia, a capacidade de regulação destas dever ser tomada em consideração.