Pediatria
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Browsing Pediatria by Subject "Acidente vascular cerebral"
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- Acidente Vascular Cerebral Isquémico num Lactente Filho de Mãe VeganaPublication . Amaral, J; Ezequiel, M; Luis, CO acidente vascular cerebral é uma doença rara na infância (2,7 por 100 000 crianças por ano). A hiperhomocisteinemia é um fator de risco independente para a aterosclerose prematura, sendo habitualmente secundário a mutações na enzima metiltetrahidrofolato redutase ou défice de vitamina B12, na idade pediátrica. Descreve-se o caso clínico de um lactente de 10 meses, observado no serviço de urgência por queda da própria altura, com diminuição dos movimentos espontâneos do hemicorpo esquerdo e com postura flexora do membro superior esquerdo. A tomografia computorizada realizada na admissão mostrava imagens de hipodensidade nos corpos estriados bilaterais, e a ressonância magnética lesões isquémicas nas áreas das artérias lentículo-estriadas externas. Analiticamente apresentava aumento da homocisteína sérica (25,2 µmol/L) e défice de vitamina B12 (< 150 pg/mL). A mãe apresentava igualmente défice de vitamina B12, associado a dieta vegana. Foi feita suplementação com vitamina B12, iniciada a diversificação alimentar com introdução da carne, verificando-se normalização dos níveis de homocisteína sérica. Após seis meses de cumprimento do plano terapêutico de medicina física e de reabilitação não eram objetiváveis assimetrias sequelares. A dieta vegana pode associar-se a défices nutricionais que obrigam a uma vigilância nutricional por um profissional experiente, nos casos em que esta seja a opção materna durante a gravidez, sobretudo se prolongada no período de aleitamento materno, e/ou na criança ou adolescente.
- Transfusão permuta parcial no tratamento de complicações agudas na drepanocitosePublication . Escobar, C; Moniz, M; Mascarenhas, I; Silvestre, C; Nunes, P; Abadesso, C; Ferreira, T; Loureiro, H; Barra, A; Dias, A; Almeida, HIIntrodução: A doença das células falciformes ou drepanocitose pode ter consequências graves e as transfusões têm um papel fundamental no prognóstico da doença. Existem poucos estudos sobre a utilização da técnica manual de transfusão permuta ou exsanguíneo-transfusão parcial de glóbulos vermelhos no tratamento de complicações agudas da drepanocitose na população pediátrica. A técnica pretende diminuir os níveis de hemoglobina S, mantendo estáveis a concentração de hemoglobina e o hematrócrito, evitando a sobrecarga hídrica e de ferro. Neste trabalho é descrita a experiência dos autores de utilização de transfusão permuta parcial. Métodos: Estudo observacional e descritivo de crianças com células falciformes internadas numa unidade de cuidados intensivos pediátricos entre janeiro de 2011 e dezembro de 2013 e que realizaram transfusão permuta parcial manual. Resultados: Foram realizados dez procedimentos a sete doentes . A mediana da idade era de nove e todos eram homozigóticos para hemoglobina S. A indicação foi acidente vascular cerebral num e síndrome torácica aguda em nove. A mediana da redução de hemoglobina S foi de 27% com incremento de hemoglobina de 0,1g/dL. A mediana do volume trocado foi de cerca de 24mL/kg e a técnica demorou 60-120 minutos. As complicações foram obstrução do lúmen do cateter, hipotensão e hipotermia. Todos os doentes apresentaram melhoria clínica, exceto no acidente vascular cerebral. Discussão: A transfusão permuta parcial manual é uma técnica simples e segura, associada a bons resultados clínicos, e que pode ser realizada em unidades de pediatria sem equipamento de eritrocitaferese nem diferenciação específica, permitindo assim uma expansão das opções terapêuticas das complicações agudas da drepanocitose.