Psilogos Vol.12 Nº2 (Dez 2014)
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Browsing Psilogos Vol.12 Nº2 (Dez 2014) by Subject "Delírio"
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- Comorbilidade entre Esquizofrenia e Perturbação Obsessivo-Compulsiva: Uma RevisãoPublication . Passos, R; Ferreira, MC; Morgado, PIntrodução: A prevalência de sintomas obsessivo-compulsivos e de perturbação obsessivo- -compulsiva em pacientes com esquizofrenia primariamente diagnosticada tem aumentado significativamente nos últimos anos, sendo cada vez maior o número de publicações centradas no tema. Objectivos: A presente revisão visa analisar os conceitos de esquizofrenia, perturbação obsessivo-compulsiva e a comorbilidade entre ambas as patologias, bem como algumas das características clínicas que permitem distingui-las. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográ- fica no PubMed entre 2009-2014, utilizando as expressões: “Comorbidity between Obsessive-Compulsive Disorder and Schizophrenia” e “Schizo-Obsessive Disorder”. Resultados e Conclusões: A literatura disponível incide essencialmente na proposta de teorias explicativas para as elevadas comorbilidades entre a esquizofrenia e a perturbação obsessivo-compulsiva – possibilidade de uma doença ser fator de risco para a outra; existência de fatores de risco comuns; possibilidade de um fármaco administrado para o tratamento de uma doença potenciar a outra – e na distinção entre obsessões e delírios e entre compulsões e ações impelidas pelo delírio, essencial ao estabelecimento de um diagnóstico diferencial entre ambas as doenças. A controvérsia associada ao avanço de um novo subtipo de esquizofrenia – perturbação esquizo-obsessiva – bem como à relação de causalidade entre ambas as doenças permite constatar que estudos futuros deverão focar- -se com uma precisão ainda maior na relação temporal entre o aparecimento das duas doen- ças bem como na exploração dos sintomas de uma patologia no curso da outra.
- A Evolução Conceptual do Delírio desde a sua Origem até à ModernidadePublication . Correia, DIntrodução: Etimologicamente o termo delí- rio tem base no latim delirare. Referindo-se aos indivíduos que se afastam da normalidade. Ao longo da história o “delírio” englobou vários significados além das alterações do pensamento. Objectivos: Neste artigo pretendemos explorar a história conceptual do delirio em psicopatologia desde o primórdio dos tempos até à modernidade. Métodos: Foi feita uma pesquisa bibliográfica consultando artigos e livros de texto em língua francesa, inglesa, espanhola e portuguesa. Resultados e Conclusões: Antes do século XVIII, vários autores chamam a atenção para a importância das alterações do conteúdo do pensamento e da razão (como hoje entendemos o delírio), na definição da loucura. Porém, desde cedo o delírio foi confundido com a loucura em geral, não sendo discriminado como um sintoma como mais tarde veio a ser. No século XIX a confusão manteve-se sobretudo nos autores franceses, corrente psiquiátrica mais influente nesta época, para os quais o délire era uma síndrome que englobava várias alterações psicopatológicas além das alterações do pensamento, sendo a proximidade entre as alterações do pensamento e da percepção (alucinações) a que mais persistiu. Origens e percursos diferentes têm os termos utilizados no inglês – Delusion e no alemão-Wahn que vieram a substituir o termo delirio e delirium para uma mais restrita designação das alterações do conteúdo do pensamento, manifestando um desagrado dos ingleses e alemães, já no século XVIII, em relação à indefinição do conceito delírio.
