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Authors
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Abstract(s)
Introdução: Embora a paternidade do
conceito de delírio partilhado não seja consensual,
a designação de folie à deux foi
introduzida em 1877 por dois investigadores
franceses – Lasègue e Falret. Segundo o
conceito original, um indivíduo (indutor),
cognitivamente dominante, desenvolve uma
ideia delirante que progressivamente impõe
a um segundo elemento (induzido), com
quem mantém uma relação próxima. Os
quatro subtipos psicopatológicos conhecidos
– folie imposée, folie simultanée, folie
communiquée e folie induite foram sendo
descritos ao longo do final do séc. XIX, mas
a sua classificação e respetiva conceptualização
foi atribuída ao investigador americano
Gralnick (1942).
Objetivos, material e métodos: Pretende‑se com a apresentação de um caso clínico
e respetiva revisão não sistemática da literatura,
salientar algumas particularidades da
entidade, perturbação delirante partilhada,
relativamente à sua clínica, aspetos epidemiológicos
e psicopatogénicos e abordagem terapêutica.Resultados: Reportou‑se
um caso de delírio
partilhado do tipo folie imposée numa
díade mãe/filho. O elemento indutor (filho),
afeto de perturbação bipolar e síndrome de
Asperger, partilha com a mãe, sua cuidadora
e elemento induzido, um delírio de conteúdo
persecutório.
Conclusões: Realça‑se
a importância do isolamento
social e do contacto próximo entre os
dois elementos na génese da doença; discute‑se
a questão da dominância cognitiva entre
indutor e induzido e as implicações da separação
da díade mãe/filho enquanto principal
ação terapêutica preconizada.
Description
Keywords
Folie à deux Perturbação psicótica partilhada Perturbação bipolar Síndrome de Asperger
Citation
Psilogos. 2012; 10(2): 24-36
Publisher
Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca, E.P.E.