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Authors
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Abstract(s)
A lesão renal aguda é a 3ª causa de admissão dos doentes com cirrose
hepática numa Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), e 49% dos doentes
críticos cirróticos desenvolvem algum grau de lesão renal aguda durante a sua
estadia na UCI, independentemente do diagnóstico de admissão. Além disso,
25% dos doentes admitidos para receber um transplante hepático vêm a sofrer
lesão renal, e no período pós-operatório a taxa de lesão renal aguda varia entre
12 e 70%, sendo que 71% destes doentes vêm a necessitar de técnicas de
substituição renal [4] . Os doentes com lesão renal aguda têm um elevado risco
de morte enquanto aguardam o transplante hepático e têm uma maior taxa de
complicações e uma sobrevida menor após o transplante quando comparados
com os doentes sem lesão renal.
Por se tratar de um evento comum e um importante marcador de
morbilidade e mortalidade nos doentes com cirrose hepática, a lesão renal
aguda requer uma abordagem diagnóstica e terapêutica específica que deve
ser conhecida por médicos gastroenterologistas e intensivistas, pelo impacto no
prognóstico destes doentes.
Vários conceitos tem vindo a emergir nesta área, e incluem uma melhor
compreensão dos mecanismos fisiopatológicos envolvidos, a identificação da
infecção bacteriana [especialmente a peritonite bacteriana espontânea (PBE)]
como o factor precipitante mais importante, o reconhecimento que o débito
cardíaco insuficiente desempenha um papel na ocorrência da lesão renal
aguda, e a evidência que o síndrome hepatorenal (SHR) pode reverter com
terapêutica farmacológica e pode ser prevenido.
Description
Trabalho realizado no contexto do estágio de Cuidados Intensivos do Internato Médico Complementar
Keywords
Lesão aguda do rim Cirrose hepática Cuidados intensivos