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Psicopatologia e encefalopatia hepática
dc.contributor.author | Marques, J | |
dc.contributor.author | Telles-Correia, D | |
dc.contributor.author | Canhoto, M | |
dc.date.accessioned | 2012-03-27T13:27:17Z | |
dc.date.available | 2012-03-27T13:27:17Z | |
dc.date.issued | 2010 | |
dc.description.abstract | Desde Hipócrates que as alterações psiquiátricas causadas por doença hepática têm fascinado os médicos, mas só em finais do século XIX é que Marcel Nencki e Ivan Pavlov sugeriram a relação entre o aumento de concentração de amónia e a Encefalopatia Hepática (EH). O fruto da reacção entre a amónia e o glutamato (a glutamina, verdadeiro “Cavalo de Tróia da neurotoxidade da amónia”) continua sendo considerado o principal responsável pelas lesões neurológicas, confirmadas recentemente através de estudos de neuroquímica e de neuroimagiologia. A glutamina espoleta processos inflamatórios a nível do sistema nervoso central para os quais parecem também contribuir o manganésio, e os sistemas neurotransmissores gabaérgico e endocanabinóides. Actualmente consideram-se três grandes grupos etiológicos, qualitativos, de EH: tipo A associada a falência hepática aguda; tipo B associada a bypass porto-sistémico; e tipo C associada a insuficiência hepática crónica por cirrose. Quanto ao estadiamento clínico, este ainda se baseia no sistema West Haven, mas com a novidade da introdução de um Grau 0 pré-clínico (a chamada EH Mínima); à medida que agrava a EH pode ser quantificada entre o Grau 1 (com alterações subtis ao exame médico), e o Grau 4 (onde se instala o estado comatoso). Neste trabalho pretende-se fazer uma revisão bibliográfica de 30 artigos recentes, que focam os vários aspectos psicopatológicos, fisiopatológicos, etiológicos e de estadiamento nesta entidade clínica transversal à Psiquiatria e à Gastrenterologia. São descritas a nível da vigilidade e consciência: a desorientação no tempo, espaço e pessoa. Ao nível da atenção, concentração e memória há alteração dos testes neuropsicológicos logo na fase pré-clínica. O humor pode oscilar entre o eufórico e o depressivo. As alterações da personalidade podem instalar-se de forma óbvia e abrupta ou de forma subtil e insidiosa. Na percepção há alucinações visuais mas também acústico-verbais. O pensamento pode ser delirante paranóide, sistematizado ou não. O discurso poderá estar acelerado, lentificado ou imperceptível. O insight surge prejudicado na EH Mínima, nomeadamente para a capacidade de condução de veículos. Na vida instintiva, várias perturbações de sono atingem metade dos doentes com EH; o apetite surge diminuído mas foi descrito pelo menos um caso de pica; enquanto que a libido poderá parecer aumentada em contexto de uma desinibição semelhante à verificada nas lesões do lobo pré-frontal. | por |
dc.identifier.citation | Psilogos.2010 Jun-Dez; 8(1-2): 35-46 | por |
dc.identifier.issn | 2182-3146 | |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.10/503 | |
dc.language.iso | por | por |
dc.peerreviewed | yes | por |
dc.publisher | Serviço de Psiquiatria do Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca, E.P.E. | por |
dc.subject | Encefalopatia hepática | por |
dc.subject | Perturbações mentais | por |
dc.title | Psicopatologia e encefalopatia hepática | por |
dc.type | journal article | |
dspace.entity.type | Publication | |
oaire.citation.conferencePlace | Amadora | por |
oaire.citation.endPage | 46 | por |
oaire.citation.startPage | 35 | por |
oaire.citation.title | Psilogos : Revista do Serviço de Psiquiatria do Hospital Fernando Fonseca | por |
rcaap.rights | openAccess | por |
rcaap.type | article | por |