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Abstract(s)
Introdução: A tosse convulsa é uma causa importante de morbilidade e mortalidade na idade pediátrica. Pretendeu-se determinar fatores de risco de gravidade e de necessidade de ventilação em crianças com tosse convulsa.
Métodos: Estudo retrospetivo analítico de crianças com tosse convulsa internadas em enfermaria e unidade de cuidados
intensivos de pediatria entre 2007 e 2012. Avaliaram-se parâmetros epidemiológicos, sociodemográficos, clínicos, laboratoriais, imagiológicos e ventilatórios. Compararam-se doentes internados na enfermaria e na unidade de cuidados intensivos pesquisando fatores de gravidade e de necessidade de ventilação.
Resultados: Foram identificados 26 casos, 73% do sexo masculino, 50% com idade inferior a 2 meses e 58% sem imunização para
Bordetella pertussis. A hipoxemia foi o sinal mais frequente (83%) na admissão. Doze (46%) doentes tiveram necessidade de cuidados intensivos e oito (31%) foram ventilados. Foram fatores de gravidade a ausência de imunização e leucocitose máxima > 50000/mL, estando este último parâmetro também associado à necessidade de ventilação. Foi realizada leucoaférese em três doentes, com diminuição da leucocitose e melhoria da ventilação. Ocorreram três óbitos (12%) em pequenos lactentes
não vacinados com hiperleucocitose.
Discussao: A tosse consulva pode ser grave e potencialmente fatal, podendo obrigar a ventilação mecânica agressiva, principalmente nos pequenos lactentes não imunizados, com uma elevada leucocitose. As opções terapêuticas com sucesso são escassas, sendo a leucoaférese uma modalidade terapêutica que pode ajudar no tratamento do doente grave.
Description
Keywords
Criança Recém-nascido Tosse convulssa Bordetella pertussis Ventilação mecânica Cuidados intensivos Leucoaférese
Citation
Acta Pediatr Port. 2015; 46(4):350-356
Publisher
Sociedade Portuguesa de Pediatria