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Celulite Orbitária Pré e Pós-Septal em Idade Pediátrica: 17 Anos de Experiência

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Acta Pediatr Port 2017, 48, 37-45.pdf348.74 KBAdobe PDF Download

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Introdução: A celulite orbitária, pré e pós-septal, é a principal infeção dos tecidos e anexos do olho, tendo diferentes abordagens e implicações clínicas. Métodos: Análise retrospectiva de crianças internadas num hospital de nível II da região metropolitana de Lisboa por celulite orbitária ao longo de 17 anos. Comparação entre celulite pré-septal e infeção pós-septal no que respeita à sua apresentação clínica, achados imagiológicos e tratamento. Os dados clínicos e abordagens diagnóstica e terapêutica foram ainda analisados antes e após a implementação de um protocolo de atuação, 1996-2002 e 2003-2013, respetivamente. Resultados: Foram incluídas 305 crianças, 241 com celulite pré-septal e 64 pós-septal, homogeneamente distribuídas pelas fases anterior e posterior à implementação do protocolo de atuação (150 vs 155, respetivamente). Na celulite pós-septal, o fator predisponente mais comum foi a sinusite (82,8 vs 46,9%, p < 0,001) e a existência de portas de entrada foi menos frequente (17,2 vs 40,6%, p < 0,001). Laboratorialmente, constatou-se um maior aumento da proteína C reativa (9,6 vs 4,4 mg/ dL, p < 0,001). Após a implementação do protocolo, constatou-se um maior número de internamentos com atingimento pós- -septal (29 vs 12,7%, p = 0,001), com quadros clínicos mais exuberantes: mais fotofobia (p = 0,001), dor ocular (p < 0,001) e proptose (p < 0,05); a sinusite foi mais frequentemente diagnosticada (p < 0,05). Nesse período, registou-se ainda alteração na escolha e duração da antibioterapia, tendo sido o ceftriaxone a primeira opção na maioria dos casos. Apesar da maior taxa de complicações (1,3% vs 12,9%, p < 0,001), não se verifi cou aumento do número de sequelas a longo prazo. A implementação do protocolo de atuação com critérios de internamento mais restritos levou à admissão preferencial de casos mais graves e maior racionalização da terapêutica

Description

Keywords

Criança Celulite orbitária Infecções bacterianas

Citation

Acta Pediatr Port 2017;48(1):37-45

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Sociedade Portuguesa de Pediatria

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