Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
345.53 KB | Adobe PDF |
Advisor(s)
Abstract(s)
Introdução: Apesar da evolução das características epidemio-
lógicas, a endocardite infecciosa mantém uma mortalidade e
morbilidade significativas. Tem havido um aumento da incidên-
cia em idades avançadas e sem os factores de risco clássicos.
Este trabalho procura caracterizar os doentes internados por
endocardite infecciosa nos serviços de Medicina Interna de um
hospital da região de Lisboa, num período de seis anos.
Material e Métodos: Foram identificados os doentes com
diagnóstico de endocardite infecciosa aguda internados nos
serviços de Medicina Interna, no período de 01/01/2009 a
31/12/2014, pela codificação de grupos de diagnósticos ho-
mogéneos. A recolha dos dados foi feita pelo processo clínico
electrónico.
Resultados: Foram identificados 40 casos com o diagnóstico
de endocardite infecciosa pelos critérios de Duke modificados
em 39 doentes, (32 homens, sete mulheres; idade média 62,3
anos). Em 28 doentes (70,0%) houve atingimento de válvula na-
tiva, em cinco de válvula protésica (12,5%) e dois (5,0%) com
atingimento de outros locais. Houve isolamento microbiológico
em 31 doentes (77,5%). Vinte e oito (70,0%) doentes apresenta-
ram complicações, sendo a mais frequente a insuficiência val-
vular (53,5%). Houve necessidade de cirurgia em 16 doentes
(40,0%). O tempo médio até ao diagnóstico foi de 8,1 dias. A
duração média de internamento foi de 24,37 (± 31,68) dias, com
uma mortalidade intra-hospitalar de 17,5% (sete doentes).
Conclusão: A população em análise reflecte a evolução epide-
miológica da endocardite infecciosa. Verifica-se maior incidên-
cia numa população mais idosa, com mais co-morbilidades, e
com um quadro clínico mais grave.
Description
Keywords
Endocardite Endocardite bacteriana Comorbilidade Casuística Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca, E.P.E.
Citation
Med Interna. 2017; 24(1): 19-23
Publisher
Sociedade Portuguesa de Medicina Interna