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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Introdução: O consumo não-médico de psicoestimulantes
tem aumentado de forma significativa
nos últimos anos, verificando-se tal
fenómeno também no meio académico.
Objetivos: Neste artigo pretende-se analisar
o padrão de consumo de psicoestimulantes
na população universitária, bem como discutir
questões clínicas e éticas associadas a esta
problemática.
Métodos: Para tal foi feito recurso ao que tem
sido descrito na literatura sobre o tema.
Resultados: Verificou-se que existe uma prevalência
significativa de consumo não-médico
de psicoestimulantes pelos universitários,
sendo a principal fonte de obtenção os colegas,
e que este é justificado, na maioria dos
casos, pelo desejo de potenciar capacidades
cognitivas. Este consumo associa-se a outros
consumos recreativos, bem como a maiores
níveis de stresse. Apesar da globalização deste
fenómeno, não existe evidência conclusiva
relativamente aos efeitos cognitivos dos psicoestimulantes,
sendo que a maioria dos autores
defende que existirá apenas um efeito
cognitivo moderado e limitado a capacidades
específicas, como a melhoria da memória de
trabalho. O efeito motivacional associado ao
consumo parece contribuir significativamente
para a experiência do utilizador.
Conclusões: Este consumo, intimamente
relacionado com o fenómeno do neuroenhancement,
levanta importantes problemas
clínicos e éticos, destacando-se o risco de efeitos
adversos, a necessidade de pensar o papel
do médico neste fenómeno, e as questões relacionadas
com a autonomia individual, o risco
de coerção e de injustiça.
O consumo não-médico de psicoestimulantes
no meio académico é já uma realidade, pelo
que se torna essencial estudá-la e compreendê-la,
de forma a determinar os pontos mais
fraturantes e propor soluções, numa tentativa
de uniformizar normas de atuação.
Description
Keywords
Comportamento aditivo Abuso de substâncias Estudantes
Citation
Psilogos. 2016; 14(1): 24-37
Publisher
Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca, E.P.E