Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
176.44 KB | Adobe PDF |
Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Introdução: A Doença de Lyme (D. Lyme) resulta da infecção pela espiroqueta Borrelia Burgdorferi,
cujo vector é o artópode Ixodes que pode parasitar o ser humano. Esta doença multissistémica
evolui em 3 estadios sendo que diferentes manifestações oculares podem ser encontradas
em cada um deles.
Material e Métodos: Descrição de um caso clínico. Criança do sexo feminino, 9 anos, com
queixas de diminuição da acuidade visual (A.V. 6/10) e fotofobia com 2 meses de evolução.
Ao exame oftalmológico apresentava queratite filamentosa bilateral, sem outros achados. Concomitantemente
referia queixas álgicas nos joelhos e anca esquerda com 6 meses de evolução.
Analiticamente apresentava Ac Anti Borrelia Burgdorferi (Ig G / M – ELISA) positivo, TPHA
negativo e posteriormente PCR para DNA de Borrelia negativo.
Resultados: Perante o diagnóstico de D. Lyme sistémica crónica e devido à má adesão terapêutica
decidiu-se internar a criança para realizar antibioterapia sistémica (ceftriaxone e.v.) e terapêutica
tópica ocular. Após uma semana, observou-se melhoria significativa das queixas oftálmicas
e articulares. Completou 4 semanas de tratamento observando-se remissão do quadro clínico.
Discussão: Apesar do quadro atípico de queratite isolada, esta é a manisfestação ocular mais
frequente no estadio 3. A não existência de uveíte é um factor de bom prognóstico. A opção terapêutica
de monoterapia com ceftriaxone é reservada para casos graves da doença, justificando-
-se neste caso pela cronicidade do caso e má adesão terapêutica. A utilização de corticoterapia
sistémica é controversa pelo que não foi preconizada.
Description
Keywords
Doenças dos olhos Doença de Lyme Queratite Uveíte Criança
Citation
Oftalmologia. 2011 Out-Dez; 35(4): 375-378
Publisher
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia