Browsing by Author "Nizarali, Z"
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- Factores de risco cardiovascular e obesidade infantilPublication . Moniz, M; Marques, T; Cabral, M; Nizarali, Z; Coelho, R; Monteiro, A; Bragança, G; Carreiro, HIntrodução: a obesidade associa-se, mesmo em idade pediátrica, a factores de risco de doença cardiovascular, como a dislipidemia, a tensão arterial (TA) elevada e o síndrome metabólico (SM), que contribuem para o aumento da morbilidade e mortalidade na idade adulta. Objectivos: caracterizar a prevalência dos factores de risco cardiovascular nas crianças e adolescentes obesos seguidos na consulta de Endocrinologia Pediátrica. Material e Métodos: estudo descritivo dos casos seguidos entre Janeiro de 1997 e Junho de 2008, com idades compreendidas entre os 2 e 18 anos. Foram analisados dados sócio-demográficos, epidemiológicos, clínicos, IMC e respectivo z-score, tensão arterial, perfil lipídico e índice de insulinoresistência (IR). Resultados: foram avaliadas 886 crianças com idade média de 9,4 anos (DP±3,5), 53,6% do sexo feminino e 60% com obesidade tipo andróide. O perfil lipídico encontrou-se alterado em 42,1% das crianças. Estas apresentaram uma idade média inferior às crianças sem alteração do perfil lipídico (9,4±3,33 vs 9,56±3,33; p-0,62) e eram predominantemente do sexo masculino (55,2% vs 41,1%; p<0,001). Não se verificou uma diferença estatisticamente significativa do z-score entre os dois grupos. A TA alterada esteve presente em 32% dos casos. Não se verificou uma diferença estatisticamente significativa na distribuição quanto à idade e sexo entre o grupo com e sem TA alterada. O z-score médio do IMC foi significativamente maior no grupo com TA ≥ p95 (2,4±0,54 vs 2,27±0,49; p-0,001). Foram encontrados critérios de SM em 5,6% das crianças e registaram-se dois casos de Diabetes Mellitus tipo 2. Conclusão: na população estudada encontrámos um número preocupante de crianças obesas com factores de risco de doença cardiovascular. Para além das complicações a curto prazo, o risco de doença coronária e aterosclerótica na idade adulta é elevado pelo que é necessário um rastreio e vigilância precoces destas patologias.
- Obesidade infantil: caraterização de uma população com seguimento hospitalarPublication . Marques, T; Moniz, M; Cabral, M; Nizarali, Z; Coelho, R; Monteiro, AC; Bragança, G; Carreiro, HIntrodução: A obesidade infantil está associada a grave mor- bilidade, a motivação para o tratamento geralmente é baixa e os resultados são habitualmente desanimadores. Objetivos: Caraterizar uma população com excesso de peso e obesidade inscrita na consulta de endocrinologia pediátrica e avaliar a existência de comorbilidades associadas. Material e Métodos: Estudo descritivo dos casos de peso excessivo (pré-obesidade e obesidade) seguidos na consulta entre 1997 e 2008. Analisaram-se dados sociodemográficos, antecedentes familiares, antecedentes pessoais/hábitos, dados clínicos incluindo índice de massa corporal (IMC) e respec- tivo z-score, parâmetros laboratoriais e imagiológicos, comor- bilidades, intervenção clínica e evolução temporal. Resultados: Foram estudadas 886 crianças entre os dois e os 18 anos com idade média 9,4 anos (DP±3,5), sendo 53,6% do sexo feminino. Dos resultados destacam-se: 73,5% com antecedentes familiares de obesidade; 75% com aleita- mento materno; 52% com peso excessivo aos dois anos. Registaram-se complicações: 48,7% genu valgum, 32,5% estrias cutâneas, 32% com tensão arterial igual ou superior ao percentil 95, 42,1% dislipidemia, 25% insulinorresistência, 18% esteatose hepática, 0,2% diabetes mellitus tipo 2 e 5,6% com critérios da síndrome metabólica. A média do z-score do IMC inicial foi 2,3±0,61, verificando-se diminuição deste valor em todas as consultas. Cerca de 40% dos casos aban- donaram a consulta antes do primeiro ano de seguimento. Conclusão: Verificou-se uma prevalência elevada de comor- bilidades associada a obesidade numa população muito jovem, sendo razoável sugerir uma intervenção precoce desti- nada a prevenir doenças crónicas que se iniciam na infância e se perpetuam na idade adulta. Houve diminuição do z-score do IMC em todas as consultas mas a grande maioria das crianças manteve peso excessivo. A taxa de abandono elevada poderá refletir a fraca motivação individual e parental para o tratamento.
- Patent Ductus Arteriosus: Perinatal Risk FactorsPublication . Nizarali, Z; Marques, T; Costa, C; Barroso, R; Cunha, MBackground: Patent Ductus Arteriosus (PDA) is the most common heart disease among the newborn population. Besides prematurity, other factors are believed to play a significant role in this condition. Aims: Identification of perinatal risk factors associated with PDA in premature or Very Low Birth Weight Infants (VLBW). Material and methods: Transversal study including all infants admitted to a Level III Neonatal Intensive Care Unit, from January 2005 to December 2009 and included in the Very Low Birth Weight Portuguese National Database . Clinical and demographic data were analysed using a logistic regression analysis to identify risk factors for PDA. Results: A total of 318 VLBW or less than 32 weeks Gestational Age (GA) infants were enrolled, 53.6% males. Infants presenting PDA (100; 31.4%) had a lower mean BW ( 914,19 versus 1257,44 grams; p<0.001) and a lower mean GA (27.06 versus 29.77 weeks; p<0.0001). Using univariate logistic regression, both lower BW [OR: 0.99; CI (95%): 0.995-0.997] and lower GA [OR: 0.68; CI (95%): 0.61-0.75] were important risk factors for PDA. Other factors increasing the risk of PDA were: lower Apgar scores at one [OR: 0.77; CI (95%): 0.68-0.86] and five minutes [OR:0.73;CI (95%): 0.62-0.86]; need for resuscitation in the delivery room [OR: 13.1;CI(95%):3.11-55.1]; surfactant administration [OR:8.12;CI(95%):4.13-15.95]; higher CRIB score [OR:1.17;CI(95%): 1.11-1.24], and higher SNAPPEII score [OR: 1.03; CI (95%): 1.02-1.04]. The logistic multivariate regression model using all these variables identified BW [OR: 0.997; CI (95%): 0.996- 0.998] and surfactant treatment [OR: 3.99; CI (95%): 1.903-8.386] as the only risk factors contributing with statistical significance. The analysis of the ROC curve showed a predictive positive value of 82%. Discussion: The most important risk factors were the use of surfactant and BW, the latter increasing by 23%, the risk of PDA for fewer 100 grams. Although surfactant treatment leads to improved respiratory outcomes and survival in VLBW infants, it increased the risk of PDA by an almost fourfold.
- Ventilação não invasiva na insuficiência respiratória aguda na bronquiolite por vírus sincicial respiratórioPublication . Nizarali, Z; Cabral, M; Silvestre, C; Abadesso, C; Nunes, P; Loureiro, H; Almeida, HIObjetivos: Analisar se a ventilação não invasiva diminui a necessidade de intubação endotraqueal e se alterou a evolução clínica, relativamente a com- plicações infecciosas, da bronquiolite por vírus sincicial respiratório com insu- ficiência respiratória. Metodos: Estudo retrospectivo de coortes: cohorte A, de crianças interna- das na unidade de cuidados intensivos e especiais pediátrica antes da introdução da ventilação não invasiva (2003-2005); cohorte B, de crianças internadas após a introdução de ventilação não invasiva (2006-2008). Excluindo a ventilação não invasiva, a terapêutica de suporte foi igual nos dois grupos. Foram incluídas crianças com o diagnóstico de bronquiolite por vírus sincicial respiratório e insuficiência respiratória entre novembro 2003 e mar- ço 2008. Analisaram-se variáveis demo- gráficas, clínicas e gasimétricas. Resultados: Incluídas 162 crianças, 75% com idade <3 meses. Grupo A: 64 crianças; Grupo B: 98 (34 necessitaram de ventilação não invasiva). Ambos os grupos apresentaram distribuição seme- lhante relativamente à idade, anteceden- tes de prematuridade, cardiopatia congé- nita, paralisia cerebral e doença pulmo- nar crónica. Na admissão, os valores da gasimetria e o número de apneias não apresentaram diferenças estaticamente significativas nos dois grupos. No Grupo B, o número de crianças que necessitou de ventilação invasiva foi menor (Gru- po A: 12 versus Grupo B: 7; p=0,02), verificando-se uma diminuição do nú - mero de casos de pneumonia bacteriana (Grupo A:19/64 versus Grupo B:12/98; p=0,008). Não se registou mortalidade. Conclusão: Neste trabalho, compa- rando crianças com a mesma patologia, antes e depois da introdução de ventila- ção não invasiva como apoio ventilatório inicial, verificou-se diminuição das com - plicações infecciosas e da necessidade de entubação.
