Browsing by Author "Bargiela, I"
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- Um caso clínico de paniculite mesentérica associada a gastrite crónica e litíase biliar – diagnóstico, terapêutica e morbilidadePublication . Ribeiro, R; Bargiela, I; Duarte, CA paniculite mesentérica é uma doença inflamatória crónica fibrosante, rara, que afecta o tecido adiposo do mesentério. A sua etiologia é desconhecida e a apresentação clínica variável, o que torna o diagnóstico particularmente difícil, sendo habitual- mente sugerido por tomografia computorizada e confirmado por biópsia. O tratamento é essencialmente empírico, médico (in- cluindo corticóides) ou cirúrgico. Apesar de ter, geralmente, um curso benigno, pode estar associada a morbilidade significativa. Apresentamos o caso de uma doente de 84 anos, internada por estado confusional agudo, dor abdominal difusa, recusa alimentar e vómitos pós-prandiais. Ao exame objectivo, sem alterações valorizáveis, além da dor à palpação abdominal. A investigação subsequente revelou a existência de anemia perniciosa, gastrite crónica, angiodisplasia duodenal e também paniculite mesentérica, Após 2 meses medicada com prednisolona 40 mg/dia, verificou-se resolução sintomática e imagiológica. Infelizmente, a doente veio a falecer na sequência de pneumonia associada aos cuidados de saúde.
- Interacção entre ácido valpróico e meropenem: um estudo retrospectivoPublication . Bargiela, I; Ribeiro, R; Araújo, C; Alves, S; Ferreira, M; Duarte, CIntrodução: existem múltiplos estudos acerca da interacção entre o ácido valpróico (AVP) e o meropenem, mas não estão bem definidas as recomendações para o seu uso concomitante, visto haver uns que indicam que os dois fármacos não devem ser administrados juntos e outros que apenas recomendam que os níveis de valproatémia sejam monitorizados. Também não existe informação consistente sobre possíveis repercussões clínicas desta interacção. O objectivo deste estudo foi analisar a interacção entre o AVP e o meropenem e as suas repercussões clínicas, em doentes hospitalizados e cronicamente medicados com o primeiro. Material e Métodos: trata-se de um estudo retrospectivo de uma amostra de doentes internados num hospital distrital no período de um ano. Os critérios de inclusão foram a existência de pelo menos uma determinação do nível sérico de AVP na semana anterior à prescrição de meropenem e outra durante o tratamento concomitante com os dois fármacos. Foi efectuada a análise estatística de 18 episódios. Resultados: Verificou-se um declínio médio estatisticamente significativo (p<0,001) de cerca de 83,4% dos níveis séricos de AVP após o início da terapêutica com meropenem e foram objectivadas crises convulsivas em 50% dos doentes. Discussão: a interacção entre os dois fármacos em questão é potencialmente grave, sendo que o número de doentes com manifestações clínicas desta interacção é maior que em estudos semelhantes. Conclusão: concluiu-se que a utilização concomitante dos dois fármacos deve ser evitada.
- Interacções medicamentosasPublication . Bargiela, I; Alves, S
- Uma oportunidade de diagnóstico, uma doença tratadaPublication . Ferreira, M; Ribeiro, R; Bargiela, I; Moraes, RA neurocisticercose é a infecção parasitária mais comum do sistema nervoso central e a principal causa de epilepsia nos países em desenvolvimento. As manifestações clínicas mais comuns são convulsões, cefaleia, hipertensão intracraniana, demência, meningite, síndrome medular e alterações psíquicas. Apresenta-se o caso de um homem de 39 anos com hábitos etanólicos, admitido no Serviço de Urgência (SU) por agitação psicomotora e tremor dos membros superiores. Ao exame objectivo encontrava-se orientado, sem sinais focais ou outras alterações a destacar. Na avaliação neuroimagiológica objectivadas múltiplas formações quísticas nodulares com imagem punctiforme central, favorecendo a presença de neurocisticercose em fase quístico nodulares. O quadro foi interpretado como manifestações de privação etanólica, sem relação com os achados imagiológicos. Iniciou terapêutica com albendazol e foi encaminhado à consulta de Neurologia. Este caso demonstra que a admissão no SU, por motivos alheios à neurocistiscercose, constituiu um vector para o seu diagnóstico, investigação e tratamento.
- O papel da vitamina d na resistência à insulina em idososPublication . Ferreira, M; Ribeiro, R; Moraes, R; Bargiela, IIntrodução: A hipovitaminose D tem grande impacto a nível mundial estimando-se a sua prevalência em 52 a 77%. Vários estudos têm demonstrado haver correlação entre baixos níveis séricos de 25-hidroxivitamina D e o risco aumentado de diabetes mellitus tipo 2. Este estudo teve como objectivo investigar o efeito da correcção da hipovitaminose D na insulinorresistência. Métodos: Foi utilizada uma amostra de conveniência com 10 doentes (6 mulheres e 4 homens) suplementados com vitamina D durante 4 meses. Como critérios de inclusão foram consideradas: idade superior a 65 anos, insulinorresistência – homeostasis model assesment 1 (HOMA-1) superior a 2 e hipovitaminose D (25-hidroxivitamina D sérica inferior a 30 ng/ml). Como critérios de exclusão foram considerados: diagnóstico prévio de diabetes mellitus tipo 2, glicémia em jejum superior ou igual a 126 mg/dl, terapêutica com antidiabéticos ou corticoterapia, suplementação com vitamina D nos últimos 6 meses e hipercalcémia (cálcio corrigido para a albumina ≥10,5 mg/dl). Resultados: Verificou-se um aumento estatisticamente significativo nos níveis séricos de 25-hidroxivitamina D após suplementação, mas não no HOMA-1. Discussão: Dada a pequena dimensão da amostra e a restrição dos critérios de inclusão, serão necessários mais estudos para perceber a relação da hipovitaminose D com a insulinorresistência e assim com o aumento do risco para diabetes mellitus tipo 2.
- Quando o habitual se torna mortalPublication . Ferreira, M; Ribeiro, R; Bargiela, I; Duarte, C
- A Rare Presentation of Ogilvie's SyndromePublication . Bargiela, I; Gomes, MJ; Ferreira, F; Real, A; Ventura, ASOgilvie's syndrome or acute colonic pseudo-obstruction is characterized by massive colon dilation in the absence of mechanical obstruction or toxic megacolon. The phenotype associated with secretory diarrhoea is rare and is related to increased potassium channel activity in the colon, inducing excessive potassium loss, with increased sensitivity to normal serum aldosterone levels. The recommended therapy is potassium-sparing agents. We present the case of an 85-year-old patient who was admitted at the emergency department with prostration, abdominal distension and diarrhoea, corresponding to functional colonic dilation precipitated by severe hypokalaemia. Resolution of the condition only occurred after spironolactone was administered for suspected primary hyperaldosteronism, which was not proved as the patient showed normal aldosterone serum levels. The pathophysiological mechanism of abnormal potassium secretion in this scenario corresponds to 'relative hyperaldosteronism' caused by increased sensitivity of colonocytes to aldosterone. LEARNING POINTS: Colonic pseudo-obstruction is not usually associated with secretory diarrhoea and severe hypokalaemia.Although serum aldosterone levels are normal, the treatment of choice is spironolactone due to its effect on the potassium channels in colonocytes.It is essential to recognize this specific phenotype so that the correct clinical approach, diagnosis and management can be established.