Browsing by Author "Morujo, N"
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- Cabine de radioprotecção versus protecção radiológica convencional na implantação de pacemakerPublication . Timóteo, C; Favas, A; Morujo, N; Raposo, NSão bem conhecidos os efeitos nefastos que a exposição prolongada a radiação X tem no ser humano. Os programas de protecção surgiram como uma ferramenta de auxílio na exposição radiológica, no âmbito da implantação de dispositivos reguladores do ritmo cardíaco. Estes programas baseiam-se na utilização de métodos de protecção convencional e cabines de radioprotecção. Este estudo pretende avaliar a eficácia, em termos de diminuição da exposição à radiação X, de dois métodos de protecção radiológica, a convencional e a utilização de uma cabine de radioprotecção. Foram seleccionados dois grupos (protecção convencional e cabine de radioprotecção CATHPAX ® ), para análise da dose de radiação recebida pelo operador com cada um destes métodos de protecção. A amostra foi composta por 77 procedimentos de implantação de pacemaker no Hospital Fernando da Fonseca. O tempo médio por procedimento foi de 53,59 minutos para utilização da cabine e 62,2 minutos para a utilização da protecção convencional, não sendo estes estatisticamente diferentes. Pode constatar-se que existe uma forte correlação entre o tempo total de procedimento e o tempo total de fluoroscopia, salientando-se que essa correlação é mais forte com a utilização de cabine. Com a cabine de radioprotecção, a dose de radiação recebida foi sempre zero, o que não sucedeu com a utilização de métodos de protecção convencional. Em conclusão, a cabine de radioprotecção é uma mais-valia na protecção de todos os profissionais de saúde envolvidos em procedimentos com recurso à utilização de técnicas com radiação X.
- Comparação entre pacing apical e septal no ventrículo direitoPublication . Candamba, E; Matumona, G; Morujo, NEm termos anatómicos o miocárdio é constituído por quatro câmaras: aurícula direita (AD), aurícula esquerda (AE), ventrículo direito (VD) e ventrículo esquerdo (VE). O ápex do VD, apesar de ser o local de eleição para estimulação cardíaca, a longo prazo apresenta efeitos adversos na função ventricular esquerda, uma vez que a ativação do miocárdio é feita de forma retrógrada e não fisiológica. A ativação retrógrada crónica repercute-se na redução progressiva da capacidade funcional do doente e no consequente aumento da classe funcional da New York Heart Association (NYHA). Portanto, a necessidade de uma estimulação cardíaca mais fisiológica é indiscutível. Vários locais alternativos têm sido estudados – o sistema His-Purkinje, a câmara de saída do VD e o septo interventricular alto. Este artigo de revisão tem como principal objetivo comparar as diferenças existentes entre a estimulação apical e septal no VD, com ênfase nas alterações hemodinâmicas, alguns parâmetros da função ventricular esquerda e a classe funcional da NYHA. Atualmente verifica-se que o septo interventricular representa uma alternativa simples, prática e sem custos adicionais e com potenciais benefícios na redução dos efeitos deletérios observados na estimulação apical. Entretanto, as conclusões das diversas investigações realizadas confirmam que os benefícios da estimulação septal são superiores aos do pacing apical sobretudo em doentes com função sistólica do VE reduzida.
- Identificação electrocardiográfica da artéria relacionada com o enfarte em doentes com enfarte agudo do miocárdio inferiorPublication . Baptista, SB; Abreu, PF; Loureiro, J; Thomas, B; Nédio, M; Gago, S; Leal, P; Morujo, N; Ferreira, RIntrodução: A mortalidade e morbilidade do enfarte agudo do miocárdio (EAM) de localização inferior são determinados, entre outros factores, pela artéria responsável pelo enfarte (ARE). Têm sido propostos diversos critérios electrocardiográficos para identificar a coronária direita (CD) e a circunflexa como ARE. Recentemente, foi proposto um novo critério para identificação da circunflexa (infradesnivelamento do segmento ST em aVR). Foi objectivo deste trabalho avaliar os critérios electrocardiográficos clássicos e o novo critério (aVR) na discriminação da ARE em doentes com EAM inferior. Métodos: Foram incluídos os doentes com EAM inferior submetidos a angioplastia primária, sendo avaliado o ECG na admissão na sala de hemodinâmica. Foram excluídos os doentes com antecedentes de enfarte e com perturbações da condução intraventricular. A artéria com a lesão mais grave foi considerada a ARE. Foram avaliados os seguintes critérios electrocardiográficos: Infradesnivelamento do segmento ST (Infra ST) em DI, supradesnivelamento do ST (Supra ST) em V1 e V2, Supra ST em DIII > DII, relação Infra ST V3/Supra ST DIII > 1,2 (critérios «clássicos») e Infra ST em aVR. Os desnivelamentos do segmento ST foram medidos 0,06 s após o ponto J. Resultados: Foram incluídos 53 doentes (idade média 59.1 ± 13.9 anos, 38 homens). A CD foi a ARE em 38 doentes e a Circunflexa em 15. Os dois grupos não apresentavam diferenças em termos de idade, sexo, número de vasos doentes, fluxo TIMI inicial e tempo dor-balão. Os critérios «Infra ST em D1», «Supra ST DIII > DII», «relação Infra ST V3/Supra ST DIII > 1,2» e «Infra ST V1 e V2» discriminaram a artéria relacionada com o enfarte. O novo critério «Infra ST aVR» identificou a ARE num número reduzido de casos (sensibilidade 33%, especificidade 71 %), sem significado estatístico. Conclusões: Os quatro critérios «clássicos» ajudaram a descriminar a ARE em doentes com EAM inferior, mas o mesmo não se verificou para o novo critério recentemente proposto (infra ST em aVR).
- Monitorização da síndrome de apneia obstrutiva do sono por pacemaker cardíaco implantávelPublication . Matumona, G; Candamba, E; Morujo, NA síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS) tem sido um problema clínico subestimado e que está amplamente associado a morbimortalidade cardiovascular elevada. Durante o período noturno ocorrem bloqueios auriculoventriculares em pacientes com SAOS por consequência dos efeitos autonómicos de apneias recorrentes com a subsequente dessaturação de oxigénio, dando origem a alterações hemodinâmicas cardíacas. A SAOS é identificada como um fator de risco para quase todos os tipos de arritmias, que vão desde bradicardia sinusal assintomática à morte súbita. Entretanto, novos algoritmos têm sido testados para comprovar a sua eficácia na quantificação dos distúrbios respiratórios durante o sono em doentes portadores de pacemaker (PM). Contudo, é necessário um diagnóstico prévio da SAOS e respetivo tratamento que, em muitos dos casos, rapidamente reverte as arritmias cardíacas. Hoje, os meios de tratamento da apneia do sono são bastante limitados, especialmente desconfortáveis. O método mais eficaz é a utilização de um dispositivo de pressão positiva contínua (Continuous Positive Airway Pressure [CPAP]), que requer uso de uma máscara de ventilação durante a noite para emitir continuamente o ar sob pressão positiva para o paciente. Por outro lado, reconhece-se que muitos dos doentes com SAOS tratados com CPAP não são aderentes pelo facto de a máscara não facilitar o sono tranquilo do doente. Nesse sentido, vários investigadores observaram que o pacing cardíaco pode desempenhar um papel importante no diagnóstico e terapêutica da SAOS, essencialmente na minimização dos sintomas de bradicardia.
- Satisfação dos doentes portadores de CDI e CRT‐D com seguimento remotoPublication . Pereira, R; Morujo, N; Raposo, NIntrodução: A monitorização remota (MR) apresenta diversas vantagens sendo uma delas o aumento do nível de satisfação dos doentes, utilizada como medida par avaliar os programas de seguimento remoto. Objetivo: Avaliar a satisfação dos doentes portadores de CDI ou CRT-D que realizem consulta de monitorização/seguimento remoto. Metodologia: Estudo observacional, descritivo e analítico com componente transversal. A recolha dos dados foi realizada telefonicamente, através da implementação de um questionário validado e adaptado aos objectivos do presente estudo durante o período compreendido entre 11 de março e 4 de abril de 2014. As questões foram essencialmente de resposta fechada, recaindo sobre a perceção e satisfação dos doente com MR, como nova metodologia de consulta. Resultados: A amostra contou com 54 inquiridos com um tempo médio de MR de 2.57 + 1.63 anos. 50% dos doentes referiram estar satisfeitos e 38.9% muito satisfeitos com a consulta de MR, sendo que 34 (63%) prefere esta consulta. Para além disso, 31.5% classificam a qualidade como sendo melhor do que a consulta presencial, enquanto 51.9% a classifica como de igual qualidade. Quanto ao sentimento de segurança e confiança, estes estão presentes em 94.4% e 88.9% das respostas dos inquiridos, respetivamente. Por fim, 88.9% dos doente continuaria a longo prazo, com a consulta à distância. Conclusão: A maioria dos doentes inquiridos responde estar satisfeita ou muito satisfeita com a consulta de MR. Quando comparada com a consulta presencial, a consulta à distância foi classificada como tendo uma qualidade igual ou superior/melhor. Existe uma enorme aceitação e preferência pelo novo sistema de MR, aliado à consulta presencial.