Browsing by Author "Sousa, M"
Now showing 1 - 10 of 44
Results Per Page
Sort Options
- Abcessos hepáticos piogénicos: a perspectiva do radiologista de intervençãoPublication . Pinto, E; Sousa, M; Costa, AO abcesso hepático piogénico é uma entidade pouco frequente embora fatal quando não tratada. Historicamente estes abcessos estavam relacionados com infecções intra-abdominais mas a evolução da antibioterapia tornou a patologia hepatobiliar, nomeadamente as neoplasias malignas, no grupo mais prevalente. As neoplasias hepáticas são simultaneamente um factor de risco e de mau prognóstico nestes casos e, ao contrário da população em geral, são mais frequentemente primárias que secundárias. A sua exclusão clínica é obrigatória. Cerca de metade dos casos são criptogénicos, apesar de associados a infecção monomicrobiana a K.pneumoniae, a diabetes mellitus ou a patologia subclínica do cólon, incluindo carcinoma. Alguns autores recomendam, por este facto, a colonoscopia, por rotina, a doentes com abcessos hepáticos piogénicos de repetição. Os agentes patogénicos mais frequentes em todo o mundo são a E. coli, Enterococcus e Streptococcus, sendo frequentemente polimicrobiana em doentes oncológicos. A infecção por K pneumoniae é a mais prevalente na Ásia e tem vindo a aumentar nas populações ocidentais. Isto é importante porque apesar de abcessos hepáticos associados a K.pneumoniae terem, em geral, um curso mais indolente, apresentam risco de infecção metastática, com elevada taxa de mortalidade, e resistência intrínseca à ampicilina. Não existem características patognomónicas que permitam a distinção entre agentes, mas o aspecto imagiologicamente imaturo da coleção é característico de K.pneumoniae. No âmbito da abordagem multidisciplinar, o radiologista de intervenção tem um papel central no diagnóstico, confirmação microbiológica e tratamento destes casos, evitando intervenções cirúrgicas com maior morbilidade. A avaliação imagiológica permite ainda identificar casos com baixa probabilidade de sucesso por abordagem percutânea e que deverão ser operados precocemente. Propomos uma revisão sistemática da literatura científica demonstrando o atual estado da arte e melhores práticas nestes doentes.
- Abdominal tuberculosis: an old disease surprising young doctors.Publication . Sousa, M; Batista, J; Pacheco, P; Nunes, VTuberculosis remains a worldwide public health concern. Atypical extrapulmonary presentations may delay the diagnosis and treatment. We present the case of an adult woman admitted to the emergency department with bowel obstruction. The putative intraoperative diagnostic hypothesis was ovarian cancer with peritoneal dissemination. Histopathological analysis showed a chronic granulomatous inflammatory disease with acid-fast bacilli. The patient was started on an alternative parenteral antituberculosis drug combination until oral feeding was available. Currently, 5 months after surgery, she is asymptomatic. Abdominal tuberculosis is the most frequent extrapulmonary site with a wide range of clinical presentations. Emergency laparotomy may be necessary in patients who present with acute abdomen. Bowel obstruction due to adhesions and strictures is not infrequent. However, tuberculous abdominal cocoon presentation as in our patient is rare. Treatment with parenteral alternative drug regimens for tuberculosis is mandatory until the oral route is available.
- Acessos vasculares para HD: a nossa experiênciaPublication . Gomes, A; Sousa, M; Rocha, R; Marinho, R; Fragoso, M; Pignatelli, N
- Adult intussusception: a single-center 10-year experiencePublication . Gomes, A; Sousa, M; Pignatelli, N; Nunes, VBackground Adult intussusception (AI) is a rare condition, usually with a lead point, and for which surgery is the treatment of choice. Given the risks and possible complications of untreated AI, an accurate preoperative diagnosis is of the utmost importance. Although AI remains difficult to diagnose, computerized tomography (CT) is presently considered the best diagnostic tool. Methods Sixteen patients of 20 years and older with intraoperative diagnosis of intussusception, who underwent surgery between January 2000 and December 2009, were reviewed retrospectively. Patients were assessed concerning clinical presentation, imagiological findings, surgical treatment, and postoperative histological evaluation. Results Most patients (93.8 %) were admitted via emergency room (ER) due to abdominal pain. Fourteen (87.5 %) AI cases showed an underlying organic cause, e.g., masses or tumors. The most frequent comorbidities were Peutz–Jeghers syndrome (PJS; 18.8 %) and HIV (12.5 %). Eight (50.0 %) intussusceptions were ileocolic and six (37.5 %) were in the small bowel. Total 43.8 % of lesions were malignant. Preoperative diagnosis of intussusception was possible in 50.0 % of cases by ultrasonography (US) and in 81.8 % by CT. US showed no predictive value concerning intussusception location. Total 27.3 % of CTs correctly identified the location, but only 9 % accurately identified the lead point. Conclusions We propose that all AI cases should be treated with surgical resection without attempting reduction, even when no lead point is detected by imaging studies, and this approach should be based on the oncological criteria. CT can be regarded as the most accurate diagnostic tool for intussusception, although its predictive value concerning location and lead point is still far from ideal.
- Anatomic features in preoprative vascular mapping by color doppler ultrasounPublication . Germano, A; Sousa, M; Gomes, A; Rocha, R; Pignatelli, N; Nunes, VBackground: Nowadays preoperative vascular mapping with doppler ultrasound (DU) is a standard procedure. Classically arterial morphology and flow is evaluated in umeral, cubital and radial arteries; deep venous system is evaluated for morphology and patency, and superficial venous system is evaluated for cephalic and basilic veins in proximal and distal segments of the arm and forearm. Different anatomic variants are described. Our aim was to evaluate the anatomical features found by colored DU between January 2011 and December 2012. Materials and Methods: We analyzed retrospectively 58 patients referred by nephrology department for primary AV access with colored DU for vascular mapping. Results: 60 DU were performed, all by the same specialized in AV access radiologist. We registered 38 anatomically normal DU, and 22 (36.7%) with vascular anatomic variants. 3 arterial variants were found - 1 absence of radial artery, 1 absence of the cubital artery and 1 subcutaneous radial artery – 3 deep venous system variants were found - 2 cases of duplication of the axilary vein, and one case of anterior positioning regarding to umeral artery of the external umeral vein - 17 superficial venous system variants were found: 3 regarding to basilica vein (absent in two cases and atrophic in another) and 12 cases regarding to cephalic vein (absent or atrophic in 12 cases; 2 cases in which the cephalic vein was subcutaneous in the forearm and arm and one case in which cephalic vein communicates with the deep system above the elbow. Conclusions: The number of anatomic variants accounts for 36,7% in our study, mainly regarding to the cephalic vein (54.5% of all variants) frequently used in for native primary AV access. The knowledge of these anatomical features allows the creation of the best possible and successful AV access. Thus reinforcing the importance of preoperative vascular mapping by a specialized radiologist.
- Antibioterapia de largo espectro como factor de risco para o isolamento de acinetobacter baumanni multiresistentePublication . Gomes, A; Correia, I; Rocha, R; Sousa, M; Pignatelli, N; Aldomiro, F; Nunes, VAntibioterapia de largo espectro é reconhecida como um factor de risco para a infecções multiresistentes. O objectivo é avaliar a associaçao entre antibioterapia de largo espectro com Meropenem (MP) e Piperacilina/Tazobactam (PT) com o isolamento de Acinetobacter baumanni multiresistente (ABMR). Estudo caso-controlo retrospectivo. Incluidos os individuos com ABMR+ no nosso hospital em 2010. Calculamos a incidenca nos Serviços Cirúrgicos, Serviços Médicos e Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). Utilizamos para controlo uma amostra estratificada proporcional com 418 individuos calculada para um poder de 80%. Foi comparada a proporção de antibioterapia de largo espectro com MP e/ou PT nos ABMR+ e nos controlo. Foi comparada a distribuição da idade, sexo, score de Charlson, procedimetos invasivos e infecção previa entre os ABMR+ e os controlos. Foram incluidos 112 doentes: 14% cirurgicos, 61% médicos e 24% nas UCI. Idade média = 69 anos, 50% do sexo masculino. Incidencia global de ABMR+ foi de 0,28% (Cirurgia – 0,066%; Medicina – 0,63%; UCI-6,8%). A incidencia de ABMR foi superior entre os individuos sob MP ou PT: X2=273,5 p<0,001; OR=16,3 IC95%[10,53-25,33] para MP e X2=142,0 p<0,001; OR=9,10 IC95%[5,91-14,01] para PT. Os resultados são sobreponiveis para a analise de subpopulações. Nos doentes em UCI, o isolamento de ABMR foi indepedente do tratamento prévio com MP ou PT. A distribuição da idade, sexo, score de Charlson, procedimetos invasivos e infecção previa não foi estatisticamente diferente entre os casos e os controlos. Antiboterapia com MP e/ou PT foi um factor de risco independente no nosso hospital para a isolamento de ABMR nos Serviços de Cirurgia e Serviços de Medicina mas não em Unidades de Cuidados Intensivos
- Ascite biliar: a propósito de dois casos clínicosPublication . Gomes, A; Sousa, M; Pignatelli, N; Rocha, F; Freitas, PT; Nunes, VAscite biliar é um achado pouco frequente entre os doentes com ascite. Está muitas vezes associada a lesões do tubo digestivo e/ ou da árvore biliopancreática. São descritos dois casos clínicos de doentes de idade jovem internados na UCIP, com antecedentes de consumo regular de bebidas alcoólicas, admitidos com o diagnóstico de pancreatite aguda e de pancreatite crónica agudizada, respectivamente. Ambos evoluíram com ascite e derrame pleural. A paracentese revelou líquido de características biliares, com elevada contagem celular, com elevação de bilirrubina e LDH. Num dos casos atribuiu-se a ascite à inflamação pancreática e peripancreática, tendo evoluído favoravelmente sob terapêutica conservadora. No outro caso colocou-se a hipótese diagnóstica de perfuração da vesícula biliar que se confirmou intraoperatoriamente. A discussão clínica interdisciplinar foi determinante na procura de diagnósticos pouco frequentes e na adequada abordagem terapêutica, médica e cirúrgica, respectivamente.
- Avaliação do tratamento da neoplasia do recto médio e inferior: experiência de 4 anosPublication . Gomes, A; Sousa, M; Tomás, R; Moleiro, J; Pignatelli, N; Aleixo, I; Nunes, V
- Avaliação morfológica e funcional por ecografia e doppler como fator preditivo da permeabilidade aos 12 meses em acessos vasculares proximais.Publication . Gomes, A; Germano, A; Sousa, M; Rocha, R; Marinho, R; Campos, P; Fragoso, M; Pignatelli, N; Nunes, VIntrodução: O mapeamento vascular por ecografia e doppler é crucial no planeamento de um acesso vascular para hemodiálise. O objectivo deste estudo é avaliar quais das variáveis anatómicas e hemodinâmicas arteriais e venosas, medidas por ecografia e Doppler, se associam a permeabilidade global aos 12 meses nos acessos vasculares proximais. Material e Métodos: Estudo observacional, analítico, longitudinal, com colheita retrospetiva de dados. Foram incluídos os doentes admitidos no nosso hospital entre Janeiro de 2011 e Junho de 2013 para a criação de acesso vascular proximal para hemodiálise como primeiro acesso, com mapeamento vascular por ecografia e doppler. Foram comparados os doentes com permeabilidade de acesso aos 12 meses com os doentes com falência de acesso até aos 12 meses. Foi feita análise univariada e multivariada. Foi utilizada estatística não paramétrica com significância para α=0,05. Resultados: Foram incluídos 61 doentes com idade média de 66,5±13,5 anos, 26 do sexo feminino, 18 fístulas umerobasílicas, 65,6% de permeabilidade global aos 12 meses. O diâmetro da artéria umeral (AU), o diâmetro da veia, o índice de resistência e a distensibilidade venosa não foram diferentes entre os grupos. O fluxo da AU (0,19l/min±0,11 vs 0,16l/min±0,06; U=215,0; df=59; p<0,05), a velocidade picosistólica da AU (78,77m/s±23,20 vs 65,47m/s±18,47; U=210,2; df=59; p<0,05) e a distância entre a artéria e a veia (31,73±11,9mm vs 17,75±8,61mm U=101,0; df=59; p<0,05) associaram-se a permeabilidade global aos 12 meses. A Diabetes Mellitus tipo II (DMII) foi mais prevalente entre os doentes com falência aos 12 meses (p<0,05). O diâmetro da AU correlacionou-se positivamente com o débito e a velocidade picosistólica da AU. A distensibilidade da veia correlacionou-se negativamente com o seu diâmetro sem garrote. Na análise por regressão logística, apenas a DMII demonstrou significância estatística, associando-se negativamente com permeabilidade aos 12 meses. Conclusões: Nos doentes estudados, o fluxo arterial, a velocidade picosistólica e a distância entre artéria e veia são superiores entre os doentes com permeabilidade global aos 12 meses quando comparados com os doente com falência de acesso. A DMII mostrou ser um factor de risco independente para falência de acesso aos 12 meses.
- Avulsão traumática da veia supra-hepática esquerda: interdisciplinaridade funcionalPublication . Sousa, M; Gomes, A; Nunes, VAs lesões vasculares traumáticas associam-se a elevada letalidade. Lesões da veia cava suprahepática e veias suprahepáticas são descritas nalgumas séries com 100% de mortalidade. Apresentamos o caso clínico de um doente do sexo masculino, 31 anos de idade, vítima de acidente de viação. À admissão no serviço de urgência apresentava-se eupneico, hemodinamicamente estável com Glasgow Coma Score (GCS)=15, com abdómen doloroso com defesa generalizada. Tomografia Computorizada (TC) revelou pneumotórax simples à direita, provável laceração do baço e rim esquerdo com significativo hemoperitoneu. À exploração cirúrgica constatou-se avulsão da veia suprahepática esquerda. Procedeu-se a esternofrenolaparotomia emergente com reconstrução vascular sob suporte transfusional maciço. O pós-operatório decorreu sem intercorrências tendo sido extubado ao segundo dia e transferido da Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) ao décimo dia. O sucesso neste caso particular deve-se a uma interdisciplinaridade funcional em contexto de emergência, onde a comunicação rápida e eficaz entre os Serviços de Urgência, Imagiologia, Anestesiologia, Bloco Operatório (BO) e Medicina Intensiva foi decisiva.