Browsing by Author "Aguiar, T"
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- Factores de risco para complicações e sequelas de meningites bacterianasPublication . Ferreira, M; Mendes, C; Janeiro, P; Conde, M; Aguiar, T; Brito, MJIntrodução: A meningite bacteriana é uma infecção potencialmente grave, associada a complicações e sequelas a longo prazo. Objectivo: Caracterizar a meningite bacteriana em doentes internados num Hospital Geral, na Zona Metropolitana de Lisboa, e avaliar eventuais factores de risco para o prognóstico. Métodos: Revisão casuística, entre Junho de 1996 e Dezembro de 2005. Realizou-se análise descritiva dos dados demográficos, clínicos, laboratoriais e evolução e regressão logística. Significância estatística para p<0,05. Resultados: Verificou-se um total de 107 casos com um predomínio (49.5%) em crianças com menos de dois anos de idade. Em 40% dos casos havia antecedentes de doença crónica. Noventa e oito por cento estavam vacinados para o Haemophilus influenzae b, 2,8% para o pneumococo e 3,8% para o meningococo C. O diagnóstico etiológico foi realizado em 66 (61,7%) dos casos: Neisseria meningitidis (32), Streptococcus pneumoniae (22), Streptococcus agalactiae (4), Haemophilus influenzae (3) e outros (5). Ocorreram complicações em 27 (25%) doentes (com mais de uma complicação em 13) e sequelas em 30 (14%). Faleceu uma criança. As complicações associaram-se de forma independente ao Streptococcus pneumoniae (p=0,006), glicorráquia <30mg/dL (p=0,011) e sépsis concomitante (p=0,014) e as sequelas também com o Streptococcus pneumoniae (p=0,026) e glicorráquia <30mg/dL (p=0,029). Conclusão: Dos factores de risco o único potencialmente modificável é a infecção pelo pneumococo. A introdução de imunizações específicas, alterando os agentes etiológicos em causa, podem vir a diminuir complicações e sequelas nesta patologia.
- Infección por chlamydia trachomatis en el primer año de vidaPublication . Martins, J; Luis, C; Aguiar, T; Marcos, J; Brito, MJIntroducción: En la embarazada el rastreo de Chlamydia trachomatis (C. trachomatis) es controvertido. La colonización asintomática ocurre en el 2—20%. El 40—70% de los recién-nacidos son infectados. Objetivo: Caracterizar la infección por C. trachomatis en los ni˜nos con menos de 1 a˜no de edad. Material y métodos: Estudio retrospectivo de 13 a˜nos (enero de 1997 a diciembre de 2009) de las infecciones diagnosticadas en lactantes por immunofluorescencia del raspado ocular o inmunoglobulina M sérica. Se analizaron datos demográficos, clínicos, radiológicos y la evolución clínica. Resultados: Fueron incluidos 46 ni˜nos, con una incidencia de 0,7/1.000 recién nacidos vivos. La edad media fue de 2 meses (rango: 7 días-11 meses). Siete madres presentaban otras coinfecciones: virus de la inmunodeficiencia 1 (1), antígeno HBs (AgHBs) (1) y Streptococcus del grupo B (5). El parto fue vaginal en el 81,4% y en el 13,0% hubo rotura de bolsa amniótica superior a 12 h. Cinco ni˜nos fueron prematuros. Ocurrió infección respiratoria en 41 pacientes (89,1%) y conjuntivitis en 17 (36,9%). La conjuntivitis se manifestó a los primeros 30 días de vida (rango: 7—52 días) y la infección respiratoria a los 45 días de vida (rango:8 días-11 meses). Diez (29,4%) niños presentaron complicaciones: hipoxemia (9), otitis media aguda (2), apnea (3) y atelectasia (1). La radiografía de tórax mostró infiltrado intersticial en 25 casos (65,8%) y fue normal en 4 ni˜nos. La mayoría (80,5%) tuvo una evolución favorable, pero 5 ni˜nos fueron reingresados y 8 (17,4%) desarrollaron broncospasmo recurrente. Conclusiones: En el primer a˜no de vida la C. trachomatis debe considerarse entre los agentes etiológicos de conjuntivitis e infecciones respiratorias. En Portugal, la prevalencia es desconocida, pero probablemente es subdiagnosticada.
- Parotidite bacteriana neonatalPublication . Aguiar, T; Dias, A; Ferreira, GCA parotidite bacteriana neonatal é uma patologia pouco frequente no recém-nascido e também pouco referida na literatura. Inicialmente descrita em 1878, foram relatados até ao momento cerca de 100 casos. Objectivo: Análise casuística de parotidite bacteriana neonatal no Departamento de Pediatria do Hospital Fernando Fonseca. Material e métodos: Estudo retrospectivo dos 4 casos de parotidite bacteriana neonatal internados de 1 de Março de 1997 a 28 de Fevereiro de 1999. Resultados: Verificou-se uma incidência de 1/2365 nados vivos no Hospital Fernando Fonseca no período acima referido. A doença manifestou-se entre o 10º e o 20º dia de vida, aparecendo uma tumefacção na região parotídea (acompanhada de febre em 3 casos); verificou-se boa resposta clínica e laboratorial à antibioterapia endovenosa, sem necessidade de drenagem cirúrgica e sem ocorrência de recidivas. Os exames culturais revelaram Escherichia coli em 2 casos (isolamento no pús recolhido do orifício do canal de Sténon) e Streptococcus do grupo B num caso (isolamento em hemocultura). Três dos recém-nascidos eram do sexo feminino e apenas um era prematuro. Conclusões: A incidência da parotidite bacteriana no Hospital Fernando Fonseca está de acordo com a referida na literatura. O diagnóstico desta situação é claramente clínico, podendo ser confirmado através de estudo ecográfico. Os agentes envolvidos na nossa casuística não são no entanto os descritos na literatura, pelo que se discute a escolha de terapêutica empírica inicial, bem como a duração total da antibioterapia.
- A prematuridade em PortugalPublication . Trindade, C; Aguiar, T
- Sífilis congénitaPublication . Ferreira, M; Janeiro, P; Aguiar, T; Barroso, R; Brito, MJIntrodução: Programas de rastreio e a existência de terapêutica eficaz não têm alterado a morbilidade da sífilis que permanece um importante problema de saúde pública. Objectivo: Identificar factores de risco para a sífilis materna e calcular o risco de sífilis congénita à nascença num hospital da zona metropolitana de Lisboa. Métodos: estudo retrospectivo, durante seis anos, dos recém-nascidos filhos de mães com VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) e/ou TPHA (Treponema pallidum particle hemaglutination) positivos na gravidez. Analisaram-se parâmetros sociodemográficos, história da gravidez, comorbilidades maternas, diagnóstico, terapêutica e evolução dos recém-nascidos. Resultados: Total de 187 mães e 103 recém-nascidos VDRL positivos. Quarenta e nove por cento das mães tinham entre 26 e 35 anos, 46% eram de origem africana e 65% apresentavam escolaridade incompleta. Vinte e sete (14,4%) apresentavam factores de risco: co-infecção VIH (18), hepatite B (11), hepatite C (3), toxicodependência (4) e alcoolismo (1). A gravidez foi vigiada em 88% dos casos e 44,4% realizaram terapêutica correcta. Registaram-se 66 (64%) casos de sífilis congénita provável e nenhum caso de sífilis congénita definitiva. Conclusão: a ocorrência de sífilis congénita e o importante número de grávidas com serologia positiva para VDRL indicam que os programas de cuidados pré-natais e as medidas de prevenção de doenças sexualmente transmitidas são insuficientemente cumpridas.