Browsing by Author "Dantas, F"
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- Articular, humanizar e reabilitar: o papel do enfermeiro do hospital de dia de oncologia num hospital geralPublication . Dantas, F; Flores, RIntrodução: a filosofia de cuidar em oncologia distingue-se pelo acompanhamento dos doentes em todas as fases da doença. O doente que chega ao HDO do HFF é seguido no âmbito de um hospital geral em que os episódios de agudização são tratados em internamento médico-cirúrgico, nem sempre no mesmo serviço, com possíveis efeitos na personalização dos cuidados prestados, centrando a sua resolução como momento único. Segundo … doente e família descrevem que o hospital geral nem sempre está preparado para responder as necessidades específicas da doença oncológica. Partindo da questão de investigação – Quando e porquê o enfermeiro do HDO no internamento? Pretende-se com a realização deste estudo identificar a tipologia de intervenções do enfermeiro do HDO junto da equipa multidisciplinar (doentes/família e profissionais de saúde.Estudo de nível I, retrospectivo, de tipo exploratório descritivo, com abordagem quantitativa. Elaborou-se para efeitos de colheita de dados um instrumento de registo de intervenção. Material e métodos: estudo de nível I, retrospectivo, de tipo exploratório descritivo, com abordagem quantitativa. Elaborou-se para efeitos de colheita de dados um instrumento de registo de intervenção. Resultados: no ano de 2009 realizaram-se 397 visitas ao internamento, em 1486 episódios de internamento, dos quais, 15,8% intervenções no contexto de doença; 9,8% no contexto do tratamento de quimioterapia; 2,8% no apoio psico-emocional ao doente e família. Conclusões: com a realização deste trabalho verificaram-se vantagens na manutenção da continuidade de cuidados através da articulação com as equipas de internamento, no esclarecimento de dúvidas sobre administração de citotóxicos, acompanhamento na fase terminal e apoio ao doente e família na adaptação ao processo de doença actual.
- Avaliação da dor aguda em mulheres sujeitas a histeroscopia diagnóstica em regime de ambulatórioPublication . Oliveira, AM; Ferreira, F; Dantas, FObjetivos Avaliar a dor aguda em utentes sujeitas a histeroscopia diagnóstica em regime de ambulatório no Hospital Fernando Fonseca. Contribuir para a definição de estratégias de redução da intensidade da dor aguda na realização de histeroscopias diagnósticas em regime de ambulatório. Introdução: A dor é uma experiência única, pessoal e subjectiva. Segundo a circular normativa n.º 11/DSCS/DPCD de 18 de Junho de 2008 da Direcção Geral da Saúde (DGS)o controlo da dor deve ser encarado como prioridade na prestação dos cuidados de saúde a todos os níveis, contribuindo para a humanização desses mesmos cuidados bem como para a prevenção do aparecimento de patologias secundárias à perpetuação do fenómeno doloroso, com consequente aumento da morbilidade e diminuição da qualidade de vida de cada indivíduo. Sendo a histeroscopia um procedimento que, segundo dados empíricos inerentes à prática diária dos cuidados, acarreta dor na sua realização, cabe à equipa multidisciplinar a responsabilidade de fazer cumprir os princípios e directrizes do Plano Nacional de Luta Contra a Dor daDGS, procedendo à avaliação sistematizada da dor nas utentes sujeitas a histeroscopia diagnostica em regime de ambulatório. Métodos - Foi estruturada uma tabela de recolha de dados de avaliação da dor nos vários momentos decorrentes do procedimento de histeroscopia diagnóstica. Definiu-se como universo do estudo todas as mulheres que realizassem histeroscopia diagnóstica em regime de ambulatório ao longo de um periodo de 6 meses. Excluidas as histeroscopias cirúrgicas e complicações da técnica, chegou-se a uma amostra de 414 mulheres. A avaliação da dor teve por base a escala numérica. O tratamento de dados foi realizado em programa estatístico SPSS Resultados e discussão - Das 414 mulheres que participaram no estudo, 73,9% (n=306) encontravam-se entre os 41 e os 70 anos, sendo a faixa etária mais prevalente entre os 51 e os 60 anos (29,7%, n=123). Verificou-se que: - antes da realização da histeroscopia 93,4% (n=387) não apresentava dor, classificando-a como zero na escala numérica. - durante o exame verifica-se que o nível de dor médio é de 3,85, ou seja, o valor 4 - a moda para a dor durante a realização da histeroscopia é de 5 em 19,1% das mulheres (n=75) - cinco minutos após o procedimento, o valor médio da dor foi de 1,37 Das mulheres (n=139) que realizaram anestesia local com lidocaína 2%, verificou-se - 81,3 % (n=113) classificaram a sua dor entre zero e cinco na escala numérica - 18,7% se situaram entre o valor seis e dez da escala numérica. Por outro lado, as mulheres não sujeitas a anestesia local (n=275), classificaram o seu nível de dor ligeiramente acima das que efectuaram, isto é, 72% consideraram o nível de dor até cinco na escala numérica; 28% classificaram a dor como igual ou superior a 6 na escala numérica. No que diz respeito à dor percepcionada pelas mulheres sujeitas a biopsia (dirigida e com cureta), obteve-se como valor médio 3,65. Conclusão Segundo os objectivos inicialmente traçados, as hipóteses de estudo avançadas e após a análise de dados relativamente à avaliação da dor durante o exame, verifica-se que o nível de dor médio (na escala numérica) em que as mulheres desta amostra se coloca é de 3,85, ou seja, o valor 4, o que significa que as mulheres sujeitas a histeroscopia diagnóstica em regime de ambulatório no Hospital Fernando Fonseca sentem dor moderada durante este exame. A análise dos dados permite inferir que a realização de anestésico local antes da realização da histeroscopia diagnóstica – independentemente da técnica utilizada – diminui a dor percepcionada pelas mulheres sujeitas a este exame. Apesar de não se encontrarem diferenças significativas nos valores médios de dor nos dois tipos de biopsia realizada, verifica-se que, a biopsia dirigida é causadora de menor intensidade de dor uma vez que 26,4% das mulheres sujeitas a biopsia dirigida classificam como zero na escala numérica, comparativamente aos 13,9% das sujeitas a curetagem. A avaliação da dor vai permitir à equipa multidisciplinar delinear estratégias no sentido de um controlo eficaz da dor para o procedimento de histeroscopia diagnóstica realizada em regime de ambulatório. Referências bibliograficas Circular normativa n.º 11/DSCS/DPCD, 18 de Junho de 2008, Direcção Geral da Saúde http://www.paincommunitycentre.org/article/definition-pain McCaffery M, Beebe A, Latham J. Pain : clinical manual for nursing practice. London: Mosby; 1994 Diniz, Daniela, et all “Avaliação da dor em histeroscopia ambulatorial: comparação entre duas técnicas”; Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetricia, vol.32 no.1 Rio de Janeiro; Janeiro 2010 Cooper, N.A., et all, “Local anesthesia for pain control during outpatient hysteroscopy: systematic review and meta-analysis. Março 2010, in http://www.bmj.com/content/340/bmj.c1130
- Avaliação da dor: 5º sinal vital: um projecto de in tervenção-acçãoPublication . Dantas, F; Flores, RDor associa-se, ou é descrita como associada, a uma lesão tecidular concreta ou potencial, embora se possa definir como uma experiência multidimensional desagradável, que envolve não só a componente sensorial como uma componente emocional da pessoa que a sofre. A Dor e os efeitos da sua terapêutica têm de ser valorizados e sistematicamente diagnosticados, avaliados e registados pelos profissionais de saúde, como uma boa prática altamente humanizante, na abordagem das pessoas, de todas as idades, que sofram de Dor Aguda ou Dor Crónica, qualquer que seja a sua origem. O estudo de investigação-acção “Avaliação e registo do 5º Sinal Vital, no Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca”, surgiu para dar resposta à Circular Normativa Nº 09/DGCG de 14/06/2003 da Direcção Geral de Saúde e decorreu em 2009 e 2010. A finalidade deste estudo foi identificar como estava a ser efectuada a avaliação e registo do 5º sinal vital nos serviços de internamento de adultos com excepção das unidades de cuidados intensivos, de forma a: Sensibilizar para a melhoria dos cuidados ao doente com dor. Identificar os factores que caracterizam a dor. Identificar as competências do enfermeiro na aplicação de técnicas não farmacológicas de controlo da dor. Registar a avaliação e a caracterização da dor de forma sistemática. Identificar necessidades de formação dos profissionais de saúde na avaliação e controlo da dor. Propor plano de formação, para os profissionais de saúde, sobre avaliação, controlo e registo da dor. Monitorizar os registos da dor. Assim, elaboramos uma folha de monitorização e aplicamos em 4 processos por serviço: a primeira monitorização permitiu fazer um diagnóstico de situação e delinear as intervenções, com a segunda monitorização fizemos a avaliação das intervenções aplicadas. Os resultados encontrados demonstram uma melhoria do registo da dor em folha de gráfico de sinais vitais e uma melhoria da caracterização da dor em diário de enfermagem, nomeadamente no que respeita à localização e impacto da dor nas actividades de vida diária. Verificou-se ainda uma melhoria de registos das intervenções autónomas aplicadas no controlo da dor e dos registos da terapêutica administrada. A dor física é uma sensação que pode ser alterada por crenças, mitos, estado emocional ou psicológico, sendo importante estabelecer uma comunicação clara e saber o que a pessoa pensa sobre a sua situação de saúde. Cuidar de uma pessoa em sofrimento envolve a compreensão das experiências, dos valores, das crenças, das significações e expectativas da mesma. O enfermeiro tem de desenvolver competências de forma a avaliar o sofrimento e construir o plano terapêutico que evidencie uma atitude de ajuda, direccionada às necessidades, com respeito pela individualidade da pessoa.
- Citologia cervical: o exame que lhe pode salvar a vidaPublication . Oliveira, A; Rabaça, F; Dantas, FIntrodução: A citologia cervical faz parte de um conjunto de exames que visam a promoção e vigilância da saúde da mulher, ao longo de todo o seu ciclo de vida. É de suma importância que, cada mulher tenha conhecimento da utilidade da citologia na prevenção do cancro do colo do útero. Objectivos: Explicar em que consiste a citologia ao colo do útero Expor a importância da realização regular da citologia na saúde da mulher Informar acerca da atitude a tomar no caso de apresentar uma citologia alterada. Alertar para o papel da citologia cervical na prevenção do cancro do colo do útero e lesões pré-cancerígenas. Explicar o agente etiológico percursor do cancro do colo do útero Desenvolvimento: O aparelho reprodutor feminino é composto por diversas estruturas anatómicas, das quais o útero toma parte, dividindo-se este em corpo e colo. A citologia cervical consiste na colheita de células diretamente do colo do útero, da junção dos epitélios dos quais o exocolo e endocolo são compostos. É uma colheita que é habitualmente realizada no decorrer de um exame ginecológico normal, sendo indolor e demorando apenas alguns segundos. A colheita de citologia está preconizada, segundo as mais recentes diretrizes internacionais, entre os 20 e os 30 anos de idade ou 2 a 3 anos após o início da vida sexual, devendo ser realizada mesmo em mulheres que tenham realizado vacina do Papiloma Virus Humano. É um exame seguro e eficaz, desde que realizado com a regularidade recomendada, ou seja, anualmente ou, após 2 citologias negativas consecutivas, de 3 em 3 anos. A análise das células permite identificar as lesões do colo do útero que podem ser: pré malignas ou malignas Sabe-se, hoje em dia, que as lesões do colo do útero têm anos de evolução e que podem ser detetadas a qualquer altura com o recurso à citologia, podendo assim travar-se o processo de degeneração e a caminhada até ao cancro. O agente etiológico responsável pelas lesões do colo é o papiloma vírus humano (HPV). Sabe-se que este vírus é responsável pela alteração e transformação das células do colo. Quando essa alteração se identifica na citologia, a mulher deve ser encaminhada para a realização de uma colposcopia. A colposcopia é um exame ginecológico comum, não é mais invasivo e realiza-se com colposcópio, que permite aumentar e visualizar alterações no colo do útero Neste exame, procede-se à caracterização da lesão e, consoante a mesma, assim será decidido o tratamento tendo em vista travar a evolução da lesão do colo. Conclusão: A citologia é um exame rápido, simples e indolor que apresenta uma enorme utilidade na prevenção de lesões percursoras do cancro do colo do útero. Uma comunidade informada acerca da importância deste exame promoverá a prevenção da doença através da realização da citologia bem com a promoção da saúde da mulher, de uma maneira geral. A citologia é um exame que deteta precocemente as lesões provocadas pelo HPV, podendo salvar vidas.
- O cuidar do enfermeiro no método ESSURE: técnica de laqueação tubária definitiva via histeroscópicaPublication . Oliveira, A; Ferreira, F; Dantas, F; Leão, MMIntrodução: O enfermeiro apresenta responsabilidades técnicas, de acompanhamento e aconselhamento das mulheres em todos os programas de planeamento familiar. A laqueação de trompas poderá ser um dos métodos adoptados pela utente. A nível hospitalar, o avanço de novas técnicas de esterilização com vista à contracepção através da colocação de implantes tubários (ESSURE) lança ao enfermeiro que exerce funções na área da de ginecologia, inserido numa equipa multiprofissional, um novo desafio no acompanhamento das utentes sujeitas a esta metodologia, assumindo um papel de efectiva importância no sucesso global do procedimento. Objectivo: Descrever o papel do enfermeiro no acompanhamento das utentes em todo o processo de esterilização por método ESSURE Desenvolvimento: O acolhimento é essencial para o estabelecimento de uma relação empática e de confiança entre o enfermeiro e a utente, que será de suma importância em todo o desenrolar do procedimento de colocação dos implantes. A disponibilidade do enfermeiro e o cuidado individualizado a cada pessoa, desde o primeiro contacto, permite uma apresentação eficaz do procedimento e de todas as etapas do mesmo; proporciona igualmente espaço para o diálogo, colocação e esclarecimento de dúvidas. Tudo isto será conseguido através de uma entrevista que proporcione um ambiente securizante à utente onde o enfermeiro apresenta e discute o método, faculta o folheto explicativo especifico e programa a melhor fase para a colocação dos implantes (de acordo não só com a fase do ciclo menstrual mas atendendendo também, sempre que possível, à disponibilidade da utente). O papel do enfermeiro estende-se igualmente à gestão e organização do espaço, equipamento e material necessário à técnica, competindo-lhe a verificação do funcionamento de todo o equipamento antes do procedimento, organização do processo clínico, preparação de todo o material esterilizado e não esterilizado para todas as utentes programadas, zelando pelo cumprimento dos princípios de assépsia. No decorrer da técnica, cabe a instrumentação do ginecologista; o acompanhamento integral da utente, não só a nível físico (posicionamento, monitorização de reacções vagais, sinais vitais) como igualmente facultando o esclarecimento e a documentação das etapas do procedimento; o apoio psicológico que se afigura como essencial. Numa fase posterior o enfermeiro deve assegurar as marcações de consulta para futuras revisões bem como as convocatórias em caso de eventuais faltas, com o objectivo de garantir o acompanhamento das utentes e a continuidade dos cuidados prestados. Conclusão: Em suma, torna-se importante divulgar o papel essencial do enfermeiro na prestação de cuidados holísticos no período peri-procedimento deste método inovador de esterilização definitiva. Bibliografia http://www.obgyn.net/Frontiers_In_Reproductive_Medicine/hysteroscopic-sterilization-p2.asp O processo ESSURE –a esterilização com vista à contracepção. Brochura informativa Colliére, Marie Francoise (2003). Cuidar…a primeira arte da vida. Loures; Lusociência.
- Doença crónica: o enfermeiro na promoção de self managementPublication . Amorim, S; Sousa, R; Dantas, FA Organização Mundial de Saúde revela que as doenças crónicas representam cerca de 59% do total de 57 milhões de mortes por ano e 46% do total das doenças. As suas principais causas devem-se a alterações dos hábitos de vida como a alteração da dieta, o aumento do sedentarismo e o aumento de consumo de tabaco. A intervenção do enfermeiro é crucial para a motivação da pessoa com doença crónica no desenvolvimento de competências que promovam autonomia, capacidade no processo de tomada de decisão e auto-controlo, através da adesão à terapêutica e a hábitos de vida adaptados à condição de saúde. Neste sentido, foi reestruturada a área de consultas de especialidades médicas, com o objectivo de criar consultas de enfermagem baseadas no conceito de empowerment e self management na saúde. Por outro lado o conceito de empowerment é uma ferramenta de gestão. A equipa de enfermagem teve a oportunidade de elaborar projectos de intervenção para a melhoria dos cuidados, sendo este um factor de motivação e uma oportunidade de desenvolvimento de competências. O nosso objectivo é apresentar os projectos desenvolvidos e implementados na consulta de pneumologia, gastrenterologia, nefrologia e obesidade, assim como, os resultados obtidos com a intervenção adequada do enfermeiro, para os problemas identificados nas pessoas que a estas consultas recorrem. Durante o ano de 2010, foram implementadas as consultas de enfermagem de obesidade, de pré-diálise e reestruturada a consulta de enfermagem de hepatologia, onde se fazem ensinos programados e direccionados para as necessidades das pessoas. A intervenção dos enfermeiros permite obter resultados dos quais salientamos: Na consulta de obesidade - negociar objectivos com as pessoas para que iniciem o seu processo de gestão de comportamentos e hábitos alimentares que lhes permite reunir as condições para realizar a cirurgia bariátrica e manutenção de hábitos de vida saudáveis pós cirurgia; Na consulta de pré-dialise - iniciar precocemente ensinos que permitam o controlo da insuficiência renal crónica e a preparação da pessoa para a modalidade de diálise prevista, assim, como o ensino sobre os acessos para a hemodiálise e cuidados a ter com os mesmos. Na consulta de hepatologia - promover a autonomia da pessoa na administração de terapêutica subcutânea e controlo sintomático. Pensamos que é importante demonstrar o contributo das boas práticas de enfermagem na equipa multidisciplinar para o controlo e prevenção da doença crónica intervindo a nível comportamental onde a pessoa/grupo/comunidade é elemento central do seu processo de saúde e continuar a desenvolver projectos inovadores que permitam melhorar a qualidade do cuidados, a gestão dos recursos e a motivação das equipas.
- Higiene genital femininaPublication . Ferreira, F; Oliveira, A; Dantas, FIntrodução: A saúde genitourinária da mulher encontra-se diretamente relacionada com a sua higiene íntima diária. O conhecimento da anatomia da mulher, fases do ciclo menstrual e do ciclo de vida da mulher, melhoram a capacidade de cada mulher promover uma higiene íntima diária adequada à sua fase da vida. Objetivos: Informar sobre os cuidados diários de higiene genital feminina Transmitir conselhos práticos sobre hábitos de higiene, vestuário e comportamentos que promovem o conforto diário Aconselhar acerca da escolha dos produtos de higiene apropriados Desenvolvimento: A região genital feminina é anatomicamente composta pela vulva (grandes e pequenos lábios, introito vaginal, uretra, clitóris), região perianal e região nadegueira A pele região genital tem 2 funções: proteção (térmica, mecânica, química e contra agentes infeciosos) e de barreira biológica, através um pH ácido da barreira lipídica e do suor. O objetivo da realização da higiene íntima diária é a manutenção das funções da pele descritas removendo os resíduos e secreções, mantendo a barreira protetora da pele. Assim, a higienização da região anogenital deve ser efetuada com água corrente, até 2 minutos de duração, com movimentos circulares, utilizando um produto adequado ao pH e sempre da região vulvar para a região perianal. Está aconselhada a sua realização duas vezes por dia, podendo no entanto ser necessário adequar a frequência tendo em conta a temperatura ambiente, idade ou fase do ciclo menstrual. A secagem da zona higienizada deve ser sempre realizada com toalha de algodão e poder-se-á efetuar a hidratação da pele após a higiene Os banhos de assento – a não ser que indicado pelo médico – e os duches ou irrigações vaginais estão amplamente desaconselhados. A escolha do produto de higiene adequado prende-se com múltiplos fatores, nomeadamente: deve respeitar o pH da vagina ( ácido ), evitar fórmulas perfumadas – uma vez que são mais propicias a causar alergias - pode conter lactobacilos e deve-se preferir fórmulas líquidas. Os sabontes sólidos são mais abrasivos, eliminam a barreira lipídica da pele, apresentam um ph mais básico e são um veículo de contaminação bacteriana. Além da higienização adequada da pele da região anogenital e da escolha do produto de lavagem adequado, para manter a integridade e função da pele região genital é igualmente aconselhável a utilização diária roupa interior de algodão que favoreça a ventilação local, evitar roupa apertada e sintética, dormir com roupa larga, trocar a roupa interior diariamente e não utilizar pensos diários. No caso de necessidade de utilização de penso higiénico (menstruação, corrimento, incontinência) trocar sempre que necessário ou, pelo menos, a cada 4 horas, dando preferência a pensos sem película plástica. A depilação genital deverá igualmente ser sempre adequada à sensibilidade pessoal. Conclusão: A higiene genital adequada promove a saúde e o conforto da mulher em qualquer altura da sua vida. Esta meta atinge-se através do conhecimento das funções da pele bem como da sua manutenção, através da escolha dos produtos de higiene apropriados e das boas práticas ao nível do vestuário, utilização assertiva de protetores de roupa interior e da frequência e qualidade da higiene íntima.
- Imunoglobulina subcutânea: uma inovação de qualidadePublication . Rodrigues, P; Figueiredo, C; Dantas, FAs doenças crónicas atingem hoje milhares de pessoas, de todas as faixas etárias, em todo o mundo. O início na infância pode representar um forte impacto em questões como o percurso escolar, a dinâmica familiar e a interacção social da criança. Muitas destas crianças resultarão em futuros cidadãos dependentes, incapazes de contribuir para a sociedade, representando assim uma fonte de despesa pública. A imunodeficiência primária é uma doença crónica que se manifesta durante a infância e, como a maioria das imunodeficiências, tem origem genética, manifestando-se clinicamente através de infecções repetidas, persistentes e provocadas na sua generalidade por agentes de baixa patogenicidade. O diagnóstico precoce permite o tratamento adequado, reduzindo significativamente a mortalidade e a morbilidade por infecções recorrentes. O tratamento consiste em sessões de terapia de reposição de anticorpos através da administração de gamaglobulina, cuja acção possibilita a diminuição da frequência e da severidade das infecções, prevenindo complicações e sequelas, assim como a necessidade de antibioterapia contínua e hospitalizações frequentes. O tratamento através da via endovenosa é realizado em Hospital de Dia de Pediatria, uma vez que exige uma vigilância contínua durante toda a perfusão, obrigando à deslocação da criança e dos seus cuidadores pelo menos uma vez por mês ao hospital, com um período médio de permanência de 4 a 6 horas. Apesar da realização do tratamento reduzir a taxa de internamentos, a frequente deslocação ao hospital resulta por vezes em elevados níveis de absentismo dos cuidadores e na diminuição do rendimento escolar, afectando assim a autonomia e a dinâmica familiar. Considerando o reflexo negativo descrito, em 2010 iniciou-se a administração da gamaglobulina por via subcutânea, processo que permite o ensino aos cuidadores para que estes possam realizar o tratamento no domicílio, com os consequentes ganhos em autonomia e qualidade de vida. Desta forma, permite-se a execução do tratamento de modo adaptado aos horários e às rotinas da família. O presente trabalho pretende descrever o processo inerente a esta nova modalidade de administração, bem como fornecer uma avaliação sobre o seu impacto.
- Intervenção breve em tabagismoPublication . Amorim, S; Beirão, S; Dantas, F
- Linha de apoio ao doente oncológico: optimizar a qualidade dos cuidados de enfermagem em oncologiaPublication . Roxo, A; Dantas, F; Flores, R; Correia, R; Lourenço, SAs doenças oncológicas, pela sua elevada morbimortalidade, têm um profundo impacto na vida dos doentes, família e sociedade. As intervenções nas áreas da prevenção/ tratamento, devem ter por base o princípio da equidade e qualidade dos cuidados, dirigida aos doentes e familia. O HDO do HFF é um serviço ambulatório que tem um horário de funcionamento de 12 horas em dias úteis. A linha de apoio é um serviço disponível desde 1998, que surgiu para dar resposta às necessidades constantes dos doentes oncológicos da unidade, permitindo o seu acompanhamento permanente (24 horas / dia). Tem como objectivo: esclarecer dúvidas, apoiar e orientar as famílias de doentes em fase paliativa e terminal, orientar nas complicações decorrentes do tratamentos de quimioterapia, instruir e esclarecer dúvidas na gestão do regime terapêutico, assistir para resolução de eventuais problemas nas infusões contínuas de citotóxicos no domicílio, e ainda um meio de contacto com os diferentes serviços do hospital. Realizou-se um estudo retrospectivo, descritivo e de abordagem quantitativa, referente ao ano de 2008, tendo como principal objectivo, Identificar motivos dos contactos telefónicos, e a caracterização do tipo de encaminhamento. Recorreu-se a uma base dados de Excell. Verificou-se que dos 475 contactos, 50,5% dos casos foram resolvidos no domicílio, em 18,2% houve necessidade de avaliação pela equipa de saúde do HDO, 11,3% encaminhamento para o SU e em 0,6% houve necessidade de apoio da emergência médica (INEM). Com o apoio telefónico durante as 24h, evitou-se um acréscimo do número de casos que recorreram ao S.U., dos custos e de morbimortalidade, promovendo assim a optimização de recursos humanos e organizacionais, o aumento da qualidade de vida destes doentes e família, bem como, a sua satisfação.