Browsing by Author "Mota, S"
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- Colesteatoma em idade pediátrica: análise retrospectiva de 12 anos de experiência do Hospital Fernando FonsecaPublication . Durão, C; Costa, E; Soares, M; Mota, S; Guimarães, A; Leandro, JP; Veiga, GObjectivo: revisão de casos de colesteatoma em idade pediátrica do HFF durante um período de 12 anos. Desenho do estudo: retrospectivo. Material e métodos: análise de 30 casos de cirurgia para colesteatoma em doentes dos 0 - 18 anos de Janeiro de 2000 a Dezembro de 2011. Resultados: o colesteatoma inicial foi extenso na maioria dos casos. Realizou-se mastoidectomia com técnica aberta (66,7%), mastoidectomia com técnica fechada (26,7%), aticomia transmeática (3,3%) e remoção de colesteatoma da membrana timpânica (3,3%). O GAP pós-operatório médio foi de 22,5 dB, com GAP 0-10dB em 16,7%, GAP 11-20dB em 10%, GAP 21-30 dB em 30%, mais de 30dB em 16,7% e desconhecido em 26,7%. A taxa de recorrência de colesteatoma foi de 23,3% Conclusões: Na nossa amostra o colesteatoma foi extenso e agressivo. Realizámos mastoidectomia com técnica aberta na maioria dos casos. Para obter bons resultados a abordagem deverá ser individualizada, atendendo a factores clínicos, anatómicos e capacidade de adesão à terapêutica.
- Metástases temporais: a propósito de um caso clínicoPublication . Mota, S; Durão, C; Boavida, M; Rêgo, J; Adónis, C; Freire, FA metastização óssea para a cabeça e pescoço é rara. Em 20-35% dos casos, pode ser a primeira manifestação de uma neoplasia oculta. No caso específico do osso temporal, as metástases são originárias, mais frequentemente, da mama, pulmão, rim, próstata e estômago. Apresenta-se o caso clínico de uma doente, do sexo feminino, 71 anos, com Diagnóstico de Carcinoma Ductal tipo Cribiforme na mama esquerda, tendo sido submetida a mastectomia total, quimioterapia e radioterapia. À observação apresentava um quadro clínico de otalgia esquerda, associada a paralisia facial da hemiface ipsilateral, sem outros sintomas otológicos. Foi-lhe diagnosticada Otite Média Crónica agudizada, tendo sido medicada e pedida Tomografia Computorizada ao Ouvido Esquerdo, que demonstrou exuberante espessamento dos tecidos moles epicranianos temporo-parieto-occipitais à esquerda com extensão ao canal auditivo externo do mesmo lado. Por agravamento da sintomatologia, foi internada no Serviço de Otorrinolaringologia deste hospital para administração de terapêutica endovenosa, tendo-se admitido a hipótese diagnóstica de Otite Externa Maligna. Por manutenção do quadro, apesar de terapêutica optimizada, foi submetida a intervenção cirúrgica onde foi efectuada biopsia temporal, tendo sido diagnosticado lesão metastática por carcinoma invasivo da mama.
- Mucopiocelo fronto-etmoidal, a propósito de um caso clínicoPublication . Soares, M; Mota, S; Gabriel, T; Guimarães, A; Freire, F; Henriques, P; Pina, S; Pires, G; Veiga, GO mucocelo é uma lesão quística, benigna, expansiva dos seios perinasais. A sobreinfecção deste, designada de mucopiocelo, pode levar a um período de crescimento rápido, com maior risco de complicações. Relata-se o caso clínico de uma doente do sexo feminino, 59 anos, que recorreu ao Serviço de Urgência após crise inaugural de convulsão tónico-clónica generalizada, com queixas de aumento de volume periorbitário direito e febre desde há 1 semana. Apresentava à direita celulite orbitária e proptose ínfero-externa, com área de flutuação na parte medial da pálpebra superior, oftalmoplegia e quemose do olho direito acompanhada de rinorreia mucopurulenta. Realizou TC que demonstrou volumoso abcesso subperiosteal direito, ao nível da parede medial da órbita, tendo como ponto de partida aparente as células etmoidais anteriores homolaterais e seio frontal direito. Colocou-se a hipótese de mucopiocelo fronto-etmoidal. Foi submetida a drenagem de urgência do abcesso e a cirurgia endoscópica nasal com marsupialização da lesão fronto-etmoidal. Verificou-se resolução completa do quadro clínico. Apesar de consideradas lesões benignas, os mucocelos, apresentam potencial destrutivo, principalmente se infectados, necessitando, por vezes, de intervenção cirúrgica de urgência. A abordagem endoscópica destas lesões reafirma-se como tratamento de eleição.
- Otosclerose: resultados audiométricos 5 anos após cirurgia estapédicaPublication . Costa, E; Durão, C; Soares, M; Mota, S; Guimarães, A; Freire, F; Veiga, GObjetivo: Avaliar os resultados audiométricos, 5 anos após estapedectomia, numa série de 85 ouvidos. Desenho do estudo: Retrospetivo Materiais e métodos: Análise dos resultados audiométricos obtidos aos 5 anos após estapedectomia e comparação com os valores do pré-operatório e pós-operatório precoce. Resultados: Cinco anos após estapedectomia observou-se encerramento do gap aero-ósseo para valores ≤ 10 dB em 74% dos ouvidos. Nove doentes foram submetidos a revisão cirúrgica. Seis apresentavam gap aero-ósseo > 20 dB, recusando revisão cirúrgica. O gap aero-ósseo médio aos 5 anos era de 7,17 dB, representando um ganho auditivo de 21,28 dB em relação ao pré-operatório e um aumento do gap de 2,85 dB em relação ao pós-operatório precoce. Conclusões: Os nossos resultados audiométricos 5 anos após estapedectomia são satisfatórios e coincidentes com a literatura. A estapedectomia representa uma solução eficaz na otosclerose apresentando, na grande maioria dos casos, resultados estáveis ao longo do tempo.
- Técnica de reparação de perfuração septal com retalhos bipediculados: A propósito de 3 casosPublication . Mota, S; Moura, I; Guimarães, A; Adónis, C; Freire, FIntrodução: A perfuração do septo nasal resulta da interrupção bilateral do mucopericôndrio septal, com subsequente necrose e destruição da cartilagem subjacente. Pode ter várias causas mas mais frequentemente é iatrogénica (por septoplastia). Apesar de ser muitas vezes desconhecida do próprio paciente, causa sintomas importantes como obstrução nasal, crostas, epistaxis e assobio. A sua reparação cirúrgica, como alternativa ao botão septal, requer experiência e muita técnica, estando vários métodos descritos na literatura. No serviço de ORL do Hospital Prof Dr Fernando Fonseca utilizou-se a confecção de retalhos bipediculados que, por deslizamento, encerram a perfuração, uni ou, preferencialmente, bilateralmente. Material e Métodos: Descrevem-se os 3 casos operados no serviço, recorrendo à mesma técnica. O primeiro, uma perfuração de 3 mm de diâmetro antero-posterior, causada por septoplastia; o segundo, uma perfuração de 5 mm de diâmetro, causada após CENS para controlo de epistáxis; o terceiro, de causa desconhecida, com uma perfuração de 11 mm de diâmetro. Resultados: Foi conseguido encerramento total nos 2 doentes com menores perfurações. O terceiro doente apresenta perfuração residual punctiforme aos 4 meses de pós-operatório. Houve resolução do quadro sintomático em todos os doentes. Conclusões: A perfuração septal é causa de sintomas importantes e o seu encerramento constitui uma opção desejável face à colocação de botão septal. Existem diversas técnicas. Neste estudo descreve-se a técnica do retalho bipediculado, com obtenção de bons resultados.