OFT - Comunicações e Conferências
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- Histiocitose de células de LangerhansPublication . Aparício, S; Oliveira, S; Gonçalves, L; Vaz, F; Cabral, J; Bernardo, M; Silva, S
- Oclusão da veia central da retina em doente jovem: caso clínicoPublication . Pina, S; Azevedo, A; Silva, F; Gonçalves, A; Santos, MJ; Pires, G; Teixeira, SIntrodução: A Oclusão da Veia Central da Retina (OVCR) é uma patologia relativamente frequente na população idosa. Está geralmente associada a factores de risco vasculares, como Diabetes e Hipertensão arterial, ou oculares, como glaucoma crónico de ângulo aberto. No jovem, é uma entidade rara e pode estar associada a estados de hipercoagulabilidade ou hiperviscosidade sanguíneas. Material e métodos: Apresenta-se o caso clínico de um jovem de 30 anos, sexo masculino, sem factores de risco conhecidos, que se apresenta no serviço de urgência com diminuição súbita e indolor da acuidade visual do olho esquerdo (AV - 5/10), tendo sido feito o diagnóstico clínico de OVCR. Realizou angiografia fluoresceínica (AF), OCT macular, análises clínicas, electrocardiograma, ecocardiograma e ecodoppler dos vasos do pescoço. Resultados: Das análises realizadas destaca-se apenas um valor de homocisteína aumentado. A AF e OCT confirmaram o diagnóstico de OVCR associada a edema macular, permitindo subclassificá-lo de tipo não isquémico. Foi instituída terapêutica com bevacizumab intravítreo pelo edema macular, tendo realizado 5 injecções num período de 8 meses, apresentando resposta favorável do ponto de vista funcional e anatómico. Mantém seguimento regular em consulta de Retina e Medicina Interna. Conclusões: A OVCR no jovem exige uma pesquisa rigorosa dos eventuais factores de risco envolvidos, sendo importante a exclusão de factores pró-trombóticos associados. A terapêutica instituída deve ter em conta os factores de risco associados, a forma de apresentação da doença e respectiva evolução clínico-imagiológica. Bibliografia: Borth RLM, Rogers SL, et al; Natural History of Central Retinal Vein Occlusion: An Evidence-Based Systematic Review; Ophthalmology 2010, 117(6):1113-1123. Cabezas-Léon MM, Garcia-Montero MR, Morente-Matas P; Hiperhomocistinemia como un factor de riesgo para la thrombosis de la vena central de la retina en un paciente joven; revista de Neurologia, 2003; 37(5):441-443. Costa et al; Intravitreal Bevacizumab (Avastin) for Central and Hemicentral Retinal Vein Occlusions, IBeVO Study; Retina 2007; 27:141-149.
- Gonioscopia e outras técnicas de acesso ao ACAPublication . Pina, S; Azevedo, A; Silva, F; Gonçalves, A; Alves, S; Cavalheiro, D; Vaz, F; Kaku, P; Esperancinha, F
- Glaucoma: superfície ocularPublication . Pina, S; Santos, C; Azevedo, A; Alves, S; Silva, F; Gonçalves, A; Vaz, F; Kaku, P; Esperancinha, F
- Retinosquisis Juvenil: relato de um caso clínico com resposta à terapêutica tópica com inibidor da anidrase carbónicaPublication . Pina, S; Santos, C; Azevedo, A; Alves, S; Gonçalves, A; Cavalheiro, D; Teixeira, SIntrodução: A Retinosquisis Juvenil Ligada ao X (RJLX) é uma patologia relativamente rara que afecta crianças e jovens do sexo masculino, consistindo numa distrofia vítreo-retiniana bilateral mas assimétrica. Resulta de uma mutação no gene RS1 codificador da retinosquisina, proteína responsável pela adesão celular entre as várias camadas retinianas. Quando ausente ou alterada formam-se quistos entre estas camadas que podem ser radiários (maculopatia em “roda de bicicleta”) ou periféricos (conducentes a descolamento de retina. Nos últimos anos tem sido atribuído um papel terapêutico aos Inibidores da Anidrase Carbónica (IAC), tópicos ou orais, que parecem contribuir para a reabsorção do edema macular quístico associado a esta patologia Objectivo: Avaliar a resposta clínica de um doente com retinosquisis juvenil submetido a terapêutica tópica com um inibidor da anidrase carbónica. Material e métodos: Análise de um caso clínico “Follow-up” de cerca de 3 anos de terapêutica tópica com um IAC (brinzolamida) numa criança com diagnóstico de RJLX, presentemente com 14 anos. Ao longo deste período o doente foi avaliado do ponto de vista funcional, com avaliação da Melhor Acuidade Visual Corrigida (MAVC), e anatómico, com realização de Tomogarfias de Coerência Óptica (OCT´s) maculares seriados. Resultados: São apresentados os resultados da avaliação oftalmológica funcional e anatómica/ estrutural ao longo de 3 anos de follow-up. A realização de OCT’s maculares seriados permitiram demonstrar uma melhoria gradual e progressiva do edema macular quístico, associados a uma discreta melhoria da MAVC. Conclusão: A RJLX é uma patologia pouco frequente e extremamente deletéria para a função visual dos jovens afectados, até há pouco tempo com ofertas terapêuticas escassas ou ausentes. Os inibidores da anidrase carbónica têm sido sugeridos, em diversos estudos, como uma opção terapêutica válida para esta patologia. O caso clínico apresentado demonstrou eficácia terapêutica da brinzolamida tópica na atenuação do edema macular quístico presente neste doente acompanhada por discreta melhoria da acuidade visual.
- Olho vermelhoPublication . Santos, C; Alves, S; Azevedo, A; Pina, SObjectivo: descrever as principais causas de olho vermelho e seu diagnóstico diferencial. Neste trabalho é descrita a fisiopatologia e diagnóstico diferencial do olho vermelho. As patologias abordadas são: blefarite, chalázio/hordéolo, dacriocistite aguda, celulite orbitária, conjuntivite aguda, endoftalmite, pinguécula/pterígio, episclerite, corpo estranho, úlcera de córnea, hiposfagma, uveíte e glaucoma agudo.
- Sarcoidose multissistémica: quando somos nós os primeiros a suspeitar!Publication . Pina, S; Santos, C; Alves, S; Amaral, N; Pires, G; Santos, MJ; Bernardo, MA Sarcoidose é uma doença inflamatória crónica, granulomatosa, de envolvimento multissistémico e de etiologia desconhecida, que apresenta um espectro alargado de manifestações clínicas. Entre as mais frequentes, destaca-se o envolvimento pulmonar, cutâneo e oftalmológico. Através de um relato de um caso clínico pretende-se discutir as principais manifestações oftalmológicas, o pleomorfismo desta doença e a importância de um diagnóstico precoce. MATERIAL E MÉTODOS: Descrição e discussão de um caso clínico. Doente do sexo feminino, 58 anos, observada no S.U. de Oftalmologia por diminuição de acuidade visual (AV) no olho direito (OD) com cerca de uma semana de evolução. A AV era de 5/10 no OD e de 6/10 no olho esquerdo, apresentando bilateralmente reacção de câmara anterior com precipitados queráticos endoteliais, vitrite e, na fundoscopia, tortuosidade e engurgitamento venosos com periflebite e lesões em “pingos de cera”. Apresentava ainda edema da papila no OD. Concomitantemente referia no último mês aparecimento de nódulos cutâneos nos membros inferiores (MI), queixas álgicas articulares, tosse seca e episódios de febre intermitente acompanhados por suores nocturnos. Encaminhou-se a doente para observação pela Medicina Interna. Foi pedida avaliação laboratorial e imagiológica, bem como biopsia de lesão nodular dos MI. Foram ainda realizados Retinografia, Angiografia Fluouresceínica e Tomografia de Coerência Óptica. RESULTADOS: A avaliação clínica, laboratorial e imagiológica desta doente revelou aspectos sugestivos de Sarcoidose com afecção multissistémica, incluíndo uma panuveíte bilateral com compromisso visual. CONCLUSÃO: A Sarcoidose é uma patologia multiorgânica com frequente envolvimento ocular, sendo que as manifestações oftalmológicas podem constituir a forma de apresentação da doença ou fornecer pistas úteis para o diagnóstico. O diagnóstico precoce é essencial para a correcta orientação do doente e para um tratamento adequado e atempado, minimizando potenciais complicações graves, oculares e sistémicas, que podem advir desta patologia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Carl P. Herbort et al, “International Criteria for the Diagnosis of Ocular Sarcoidosis: Results of the First International Workshop on Ocular sarcoidosis”, Ocular Immunology and Inflammation, 17, 160-169, 2009 Hilario Nunes et al, Sarcoidosis- Review , Orphanet Journal of Rare diseases 2007, 2:46 Costa F., Arrobas A., Sarcoidose Extratorácica, Artigo de Revisão, Revista Portuguesa de Pneumologia, Vol XIV nº1, Jan/Fev 2008
- Avaliação do segmento anterior no glaucoma: gonioscopia vs pentacam hrPublication . Santos, C; Vaz, F; Azevedo, A; Alves, S; Pina, S; Kaku, P; Esperancinha, FObjectivo: Comparar a informação obtida clinicamente – Gonioscopia – com a obtida por Pentacam HR. Material e métodos: Recrutaram-se 20 doentes da Consulta de Glaucoma do Hospital Fernando Fonseca. Realizou-se, na mesma consulta, gonioscopia e avaliação do segmento anterior com Pentacam HR (fotografia por câmara de Scheimpflug) a um dos olhos escolhido aleatoriamente. A gonioscopia e as imagens de câmara de Scheimpflug foram obtidas no mesmo ambiente escotópico, registando-se o valor do ângulo câmara anterior (ACA) temporal e nasal (na secção mais próxima do eixo horizontal), profundidade de câmara anterior (PCA), e volume de câmara anterior (VCA). A gonioscopia foi realizada com lente de 3 espelhos de Goldmann por um único oftalmologista que classificou o ACA temporal e nasal pela classificação de Schaffer. Analisou-se, com o teste de Pearson, a correlação entre a média do intervalo da classificação de Schaffer atribuída a cada olho, e o valor do ACA bem como PCA e VCA obtidos por Pentacam. Resultados: Verificou-se que a correlação entre as medições do ângulo CA obtidos clinicamente são fracas quando comparadas com Pentacam. A correlação entre os ângulos medidos por Pentacam e PCA ou VCA são mais importantes (0,656 e 0,728 respectivamente) Conclusões: A avaliação do ângulo da câmara anterior deve fazer parte da avaliação de qualquer doente com glaucoma ou suspeita de glaucoma. O método de referência continua a ser a gonioscopia que apresenta várias limitações: é um método de contacto, dependente da colaboração do doente, exige um avaliador experiente, estando associada a um grande grau de subjectividade interobservadores. A fotografia por câmara de Scheimpflug é um método não observador dependente, que poderia ser útil para ultrapassar essas limitações. Contudo não permite a visualização directa do ACA, sendo o seu valor calculado a partir da morfologia da câmara anterior, logo poderá apresentar falsos resultados nas Íris Plateau. Esta pequena série demonstra alguma relação entre os parâmetros obtidos clinicamente por gonioscopia e por Pentacam embora não sejam perfeitos para a determinação do ângulo iridocorneano. Alguns autores têm vindo a utilizar outros parâmetros mais fiáveis e igualmente úteis (PCA e VCA) para estimar esses ângulos e rastrear ângulos mais passíveis de ocluir. Bibliografia 1.Quek DT, Nongpiur ME, Perera SA, Aung T: Angle imaging: Advances and chalenges. Indian J Ophthalmol 2011, 59:69-75. 2.Kurita N, Mayama C, Tomidoroko A, Aihara M: Potential of the Pentacam in Screening for Primary Angle Closure and Primary Angle Closure suspect. J Glaucoma 2009, 18(7) 506-12. 3.Rabsilber TM, Khoramnia R, Auffarth GU: Anterior chamber measurements using Pentacam rotating Scheimpflug camera. J Cataract Refract Surg 2006, 32(3) 456-9. 4.Fu J, Li SN, Wang XZ et al: Measurement of anterior chamber volume with rotating scheimpflug camera and anterior segment optical coherence tomography. Chin Med J 2010, 123(2): 203-7. 5.Labiris G, Gkika M, Katsanos A et al: Anterior chamber volume measurements with Visante optical coherence tomography and Pentacam: repeatability and level of agreement. Clin Experiment Ophthalmol 2009, 37:772-774.
- Bilateral acute angle closure glaucoma caused by fluoxetine: a case reportPublication . Pina, S; Silva, F; Alves, S; Azevedo, A; Santos, MJ; Vaz, F; Kaku, P; Esperancinha, FBackground: Acute angle closure glaucoma (ACG) occurs in patients with narrow iridocorneal angle, being more prevalent in elderly, hyperopic and asian. Mydriasis, induced by factors such as darkness, stress or drugs, may be a triggering factor of this disease. Methods: Case report of a 55 years old patient, female, black, with history of depressive mood that one month after initiation of oral fluoxetine therapy, appears in the emergency department with bilateral condition of intense eye pain, tearing, photophobia, decreased vision, nausea and vomiting. Ophthalmological exam showed corneal edema, conjunctival injection, mid mydriasis, narrow anterior chamber (AC) and IOP of 58 mmHg OD and 47 mmHg in OS. After systemic therapy with intravenous mannitol, oral acetazolamide and topical pilocarpine, the transparency of the cornea improved, allowing us to perform bilateral iridotomy. Later, the patient underwent Pentacam exam, OCT RNFL and Computerized Perimetry Results: After therapy, there was complete recovery of the symptoms, with stabilization of IOP at 10-12 mmHg OU. Gonioscopy revealed a narrow iridocorneal angle, grade II in Shaffer’s classification, corroborated by the Pentacam exam. The OCT showed a pathological decrease of the nerve fiber layer in the upper OD and suspicion in the upper OS. Perimetry also revealed changes in threshold sensitivity, especially in the right eye. Conclusions: We concluded this to be a case of bilateral AACG, probably induced by fluoxetine, a selective serotonin reuptake inhibitor (SSRI). Some studies refer that there are serotonergic receptors in the iris-ciliary body complex which, once stimulated, could lead to pupil sphincter muscle relaxation. Thus, the increased serotonin levels associated with the anticholinergic effects inherent to these agents, appears to be an important factor in inducing mydriasis, triggering AACG in patients with predisposing ocular anatomy. The growing number of AACG cases associated with fluoxetine, paroxetine and venlafaxine reported in the literature in recent years, shows that may be important an ophthalmologycal exam before initiating treatment with SSRIs, to exclude a narrow angle AC in these patients.
- Oclusão da artéria central da retina e oxigenoterapia hiperbárica: a propósito de um caso clínicoPublication . Pina, S; Cavalheiro, D; Silva, F; Pereira, C; Santos, MJ; Pires, G; Teixeira, SIntrodução: A Oclusão da Artéria Central da Retina (OACR) constituí uma causa de diminuição súbita, indolor e profunda da acuidade visual. É uma emergência oftalmológica, no entanto, as opções terapêuticas são limitadas. A oxigenoterapia hiperbárica (OH) surge como uma opção terapêutica quando iniciada precocemente. Objectivo: Avaliar o resultado do tratamento de um doente com OACR submetido a oxigenoterapia hiperbárica (OH) instituída nas primeiras 24 horas. Metodos: Descrição de um caso clínico Doente, sexo feminino, 75 anos, com antecedentes pessoais de HTA e hipercolesterolémia, surge no serviço de urgência com quadro de OACR do OE com cerca de 4h de evolução, apresentando à entrada AV OD-0,5 (catarata nuclear) e OE-MM. Foi instituído de imediato tratamento com massagem ocular com lente de 3 espelhos e acetazolamida oral, tendo sido referenciada ao centro de Medicina Hiperbárica do Hospital da Marinha em Lisboa para início de OH. A primeira de 36 sessões teve início às 24h de evolução. Como exames complementares realizou Retinografia, Angiografia Fluoresceínica (AF) e OCT macular (à entrada e após término das 36 sessões), bem como estudo analítico e imagiológico para avaliação de patologia cardiovascular associada. A doente foi referenciada para consulta de Medicina Interna. Resultados: Apresentam-se os resultados funcionais e estruturais oftalmológicos na altura da apresentação, bem como durante e no final do tratamento de OH. Ocorreu uma melhoria da A.V do OE, desde MM na altura da apresentação para 3/10 após 20 sessões, resultado que se manteve no final das 36 sessões. Conclusão: Concluímos que, no caso clínico de OACR apresentado, a implementação precoce de OH contribuíu de forma importante para uma melhoria funcional significativa. A oxigenoterapia a altas pressões parece ser benéfica em situações de doença oclusiva arterial retiniana, possibilitando a oxigenação da retina através do leito coroideu, até que a recanalização espontânea ocorra. Assim, esta opção terapêutica deverá ser considerada, principalmente nos casos de apresentação precoce.