Browsing by Author "Brito, MJ"
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- Abcessos faríngeosPublication . Ferreira, M; Brito, MJ; Machado, MC
- Acute Appendicitis - An Unexpected EtiologyPublication . Pacheco, S; Brito, MJ
- Acute mastoiditis in children: Middle ear cultures may help in reducing use of broad spectrum antibioticsPublication . Garcia ., C; Salgueiro, AB; Luís, C; Correia, P; Brito, MJAcute mastoiditis (AM) is a suppurative infection of the mastoid air cells, representing the most frequent complication of acute otitis media. AM remains an important entity in children due to its potential complications and sequelae. We aim to describe the cases of AM admitted at our department, identify risk factors potentially associated with complications and analyse the changes in clinical approach of AM over time. METHODS: Case review of clinical files of children admitted with acute mastoiditis from June 1996 to May 2013 at a Lisbon metropolitan area hospital. Data was divided into two groups (prior and after May 2005) in order to evaluate changes in AM approach over the years. RESULTS: 135 AM episodes were included. The median age was 3.8 years and 42% children were less than 24 months of age. Symptoms at presentation included fever (69%), ear pain (56%) and otorrhea (40%). Complications occurred in 22% patients and were more common in children under 24 months (33% vs 15%, p ≤ 0.01). Leukocyte count was significantly higher in children with complications (16.7 vs 14.5 × 109/μL, p ≤ 0.05) as was C-Reactive Protein value (13 vs 6.3 mg/dL, p ≤ 0.001). There was a significant association between the development of complications and C-Reactive Protein value at admission (OR 1.892; IC95%: 1.018-2.493, p ≤ 0.01). The optimal cut-off value was 7.21 mg/dL. Over time there was a significant increase in middle ear cultures obtained by tympanocentesis during surgery (2% vs 16%, p ≤ 0,01) and also a decrease in the use of broad spectrum antibiotherapy as initial treatment (52% vs 25%,p ≤ 0,001). CONCLUSIONS: Children under 24 months, with high leukocyte count or with high C-Reactive Protein value should be monitored closely since complications tend to be more frequent. A CRP value of 7.21 mg/dL at admission seems to be a good cut-off to monitor children for potential complications. Throughout the period analysed more cultures were performed allowing identification of the pathogens and implementation of appropriate antibiotic therapy.
- Adenite do bacilo Calmette-Guérin: protocolo diagnóstico e terapêuticoPublication . Constant, F; Figueiredo, A; Brito, MJA linfadenite regional da BCG, designada por BCGite, é uma complicação esporádica da vacinação, sem gravidade na maior parte dos casos e que apenas em situações excepcionais pode orientar para uma imunodeficiência. Descrevemos seis casos de BCGite internados no nosso serviço (2005-7) para tratamento cirúrgico, com BCG administrada no período neonatal, cinco do sexo masculino e com mediana de idade na apresentação clínica de 5,5 meses. Três crianças apresentaram supuração espontânea, uma com envolvimento axilar e supraclavicular. Cinco necessitaram de drenagem por supuração ou persistência da adenopatia. A criança com envolvimento ganglionar múltiplo realizou antibacilares por suspeita de imunodeficiência primária. O estudo imunológico não revelou alterações em nenhum dos casos. O tempo médio de seguimento foi 15 meses. A abordagem terapêutica da linfadenite supurativa e a decisão de investigar uma imunodeficiência subjacente não é consensual. Na ausência de doença disseminada os autores defendem uma atitude expectante.
- Celulite Orbitária Pré e Pós-Septal em Idade Pediátrica: 17 Anos de ExperiênciaPublication . Domingues, M; Luís, C; Brito, MJ; Correia, PIntrodução: A celulite orbitária, pré e pós-septal, é a principal infeção dos tecidos e anexos do olho, tendo diferentes abordagens e implicações clínicas. Métodos: Análise retrospectiva de crianças internadas num hospital de nível II da região metropolitana de Lisboa por celulite orbitária ao longo de 17 anos. Comparação entre celulite pré-septal e infeção pós-septal no que respeita à sua apresentação clínica, achados imagiológicos e tratamento. Os dados clínicos e abordagens diagnóstica e terapêutica foram ainda analisados antes e após a implementação de um protocolo de atuação, 1996-2002 e 2003-2013, respetivamente. Resultados: Foram incluídas 305 crianças, 241 com celulite pré-septal e 64 pós-septal, homogeneamente distribuídas pelas fases anterior e posterior à implementação do protocolo de atuação (150 vs 155, respetivamente). Na celulite pós-septal, o fator predisponente mais comum foi a sinusite (82,8 vs 46,9%, p < 0,001) e a existência de portas de entrada foi menos frequente (17,2 vs 40,6%, p < 0,001). Laboratorialmente, constatou-se um maior aumento da proteína C reativa (9,6 vs 4,4 mg/ dL, p < 0,001). Após a implementação do protocolo, constatou-se um maior número de internamentos com atingimento pós- -septal (29 vs 12,7%, p = 0,001), com quadros clínicos mais exuberantes: mais fotofobia (p = 0,001), dor ocular (p < 0,001) e proptose (p < 0,05); a sinusite foi mais frequentemente diagnosticada (p < 0,05). Nesse período, registou-se ainda alteração na escolha e duração da antibioterapia, tendo sido o ceftriaxone a primeira opção na maioria dos casos. Apesar da maior taxa de complicações (1,3% vs 12,9%, p < 0,001), não se verifi cou aumento do número de sequelas a longo prazo. A implementação do protocolo de atuação com critérios de internamento mais restritos levou à admissão preferencial de casos mais graves e maior racionalização da terapêutica
- Criança imigrante num serviço de pediatria: que problemas sociais?Publication . Anacleto, V; Santos, C; Luis, C; Nunes, P; Brito, MJIntrodução: A zona suburbana de influência do hospital serve uma população que abrange imigrantes oriundos de países em vias de desenvolvimento. Objectivos: Caracterizar a população pediátrica imigrante internada e referenciada ao serviço social e compará-la com a restante população portuguesa. Material e Métodos: Estudo prospectivo realizado entre Novembro de 2004 a Março de 2005. Analisaram-se dados demográficos, sócio-económicos, motivo de internamento e de referenciação ao serviço social e encaminhamento da situação. Resultados: De um total de 35 crianças observadas, 22 (62,8%) eram filhas de imigrantes, 45% com menos de 12 meses, a maioria do sexo feminino (54,5%), raça negra (81,8%) e com más condições sócio-económicas (72,3%). A maioria dos pais (72,7%) era oriunda de um País Africano de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e 58,3% não estavam legalizados no nosso país. A maioria (81,3%) tinha médico de família atribuído. Dezanove (85,7%) foram internados por doença orgânica tendo o problema social sido detectado durante o internamento. Os problemas sociais identificados foram pobreza (9), negligência (7), agressão física (3), abandono (2), maus-tratos psicológicos (1), abuso sexual (1) e outras situações (3). Cinco crianças foram orientadas para a Comissão de Protecção de Menores e uma para o Tribunal. Foram ainda prestados apoios económicos (6) e sociais (4) pelo hospital e pelo Centro de Saúde (1). Comparativamente à população portuguesa avaliada, os problemas sociais são mais frequentes na população imigrante (20% vs 7,5%; p =0,001), com predomínio nas crianças de origem africana (81,8% versus 15,4%; p =0,00). Embora não seja estatisticamente significativo a pobreza (37,5% vs 26,6%% p =0,313) e agressão física (13% vs 8,3% p =0,313) são mais frequentes nos imigrantes, contrariamente à população nacional, que o problema social mais frequente foi a negligência (33,3% vs 29% p =0,313). Discussão: O número crescente de filhos de imigrantes e as deficiências socio económicas desta população, levantam importantes questões relacionadas com a prestação de cuidados sociais a cidadãos estrangeiros, gerando a necessidade de criação de estruturas de apoio social de forma a permitir a sua melhor integração na sociedade.
- Doença de Kawasaki: casuística do Hospital Fernando da FonsecaPublication . Gouveia, C; Brito, MJ; Ferreira, GC; Ferreira, M; Nunes, MA; Machado, MCIntrodução: A doença de Kawasaki (DK) é a doença cardíaca adquirida mais importante da infância, em países desenvolvidos. Vinte por cento das crianças não tratadas desenvolvem doença das coronárias, sendo as complicações a nível cardiovascular que determinam a morbilidade e mortalidade da doença. Objectivo: Avaliar a epidemiologia, clínica e alterações laboratoriais e ecocardiográficas dos casos de DK diagnosticados no H. Fernando Fonseca e identificar os eventuais factores que possam influenciar o prognóstico da doença. População e Métodos: Estudo retrospectivo, Junho 1996 a Dezembro de 2003, das crianças internadas no Hospital Fernando Fonseca com Doença Kawasaki. O diagnóstico baseou-se na presença de febre associada a 4 dos 5 critérios clássicos ou 3 deles em associação com aneurismas coronários. Analisaram-se parâmetros demográficos, clínica, exames complementares, terapêutica e evolução. A análise estatística foi realizada em SPSS, utilizando os testes de Mann-whitney e Teste Exacto de Fisher. Resultados: Registaram-se 23 crianças com DK. A incidência foi de 8,2 por 100 000 crianças < 5 anos. A idade variou entre os 6 meses e os 5 anos (mediana - 20 meses) Vinte e uma (91 %) tinham < 5 anos, dos quais 13 tinham < 2 anos. Houve um predomínio do sexo masculino (74 %) e da raça caucasiana (83 %). Nove casos residiam na mesma área geográfica. Foi documentada patologia infecciosa concomitante em 10 (43%)crianças (Parvovirus, Chlamydia pneumoniae, Vírus sincicial respiratório, Enterovirus e Herpes vírus 6). Vinte crianças preenchiam os critérios de DK clássica. Em 22 crianças foi administrada terapêutica combinada com aspirina e imunoglobulina endovenosa, em média foi administrada ao 7.º dia de doença. Sete (30 %) crianças apresentaram envolvimento das artérias coronárias. A idade inferior a 2 anos foi significativa para a lesão coronária. O tempo médio de seguimento foi de 16 meses. Não se registou mortalidade e actualmente apenas uma criança mantém aneurisma. Conclusões: O risco de lesões cardíacas associou-se à idade inferior a 2 anos, como descrito em outras séries. A origem geográfica em comum e a presença de diversos agentes infecciosos, pode indiciar, a importância da causa infecciosa como desencadeadora do processo.
- Doença de KikuchiPublication . Luis, C; Pita, A; Brito, MJ; Cuesta, L; Dias, A; Machado, MCA doença de Kikuchi-Fugimoto é uma doença rara, autolimitada e de origem desconhecida. O quadro clínico manifesta-se mais frequentemente por adenomegálias cervicais, febre e astenia mas a apresentação pode ser variável. Descrevem-se dois casos desta entidade em adolescentes de 14 e 12 anos, do sexo feminino, cujas apresentações clínicas foram distintas. Ambas apresentavam anemia normocítica, leucopenia e elevação da velocidade de sedimentação. O estudo da autoimunidade revelou anticorpos positivos e os achados histológicos da biópsia ganglionar conduziram ao diagnóstico de doença de Kikuchi-Fugimoto. A doença de Kikuchi-Fugimoto deve ser considerada no diagnóstico diferencial de febre e adenomegálias de etiologia desconhecida. A possível associação com lupus eritematoso sistémico torna necessário o seguimento acompanhamento e vigilância destas doentes a longo prazo.
- Doença meningocócica ocultaPublication . Coelho, R; Brito, MJIntrodução: A doença meningocócica inclui entidades com diferentes graus de gravidade. A bacteriemia oculta, muitas vezes subdiagnosticada, pode cursar com bom prognóstico. Caso clínico: Criança de três anos, de origem africana, com febre (38,7ºC), gonalgia e claudicação da marcha com 24 horas de evolução sem sensação de doença grave. Os exames imagiológicos osteoarticulares eram normais. Apresentava leucocitose (27300/mL) com neutrofilia (21000/mL) e proteína C reactiva (PCR) 10,8 mg/dl. Realizou hemocultura e teve alta com diagnóstico de sinovite da anca. No dia seguinte encontrava-se apirético, assintomático, mantendo leucocitose (19300/mL), neutrofilia (10400/mL) e PCR 18,2 mg/dl. Optou-se por uma atitude expectante. Isolou-se Neisseria meningitidis na hemocultura inicial, pelo fez ceftriaxona e apesar de assintomático e com exames laboratoriais normais. Não se verificaram complicações. Discussão: A bacteriemia meningocócica oculta pode manifestar-se por sintomas sugestivos de infecção viral. A resolução espontânea, na ausência de antibioticoterapia é rara mas, atendendo ao caso descrito, discutem-se atitudes a seguir em casos semelhantes.
- Factores de risco para complicações e sequelas de meningites bacterianasPublication . Ferreira, M; Mendes, C; Janeiro, P; Conde, M; Aguiar, T; Brito, MJIntrodução: A meningite bacteriana é uma infecção potencialmente grave, associada a complicações e sequelas a longo prazo. Objectivo: Caracterizar a meningite bacteriana em doentes internados num Hospital Geral, na Zona Metropolitana de Lisboa, e avaliar eventuais factores de risco para o prognóstico. Métodos: Revisão casuística, entre Junho de 1996 e Dezembro de 2005. Realizou-se análise descritiva dos dados demográficos, clínicos, laboratoriais e evolução e regressão logística. Significância estatística para p<0,05. Resultados: Verificou-se um total de 107 casos com um predomínio (49.5%) em crianças com menos de dois anos de idade. Em 40% dos casos havia antecedentes de doença crónica. Noventa e oito por cento estavam vacinados para o Haemophilus influenzae b, 2,8% para o pneumococo e 3,8% para o meningococo C. O diagnóstico etiológico foi realizado em 66 (61,7%) dos casos: Neisseria meningitidis (32), Streptococcus pneumoniae (22), Streptococcus agalactiae (4), Haemophilus influenzae (3) e outros (5). Ocorreram complicações em 27 (25%) doentes (com mais de uma complicação em 13) e sequelas em 30 (14%). Faleceu uma criança. As complicações associaram-se de forma independente ao Streptococcus pneumoniae (p=0,006), glicorráquia <30mg/dL (p=0,011) e sépsis concomitante (p=0,014) e as sequelas também com o Streptococcus pneumoniae (p=0,026) e glicorráquia <30mg/dL (p=0,029). Conclusão: Dos factores de risco o único potencialmente modificável é a infecção pelo pneumococo. A introdução de imunizações específicas, alterando os agentes etiológicos em causa, podem vir a diminuir complicações e sequelas nesta patologia.