CAR - Comunicações e Conferências
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing CAR - Comunicações e Conferências by Subject "Cardiologia"
Now showing 1 - 4 of 4
Results Per Page
Sort Options
- Consulta de Enfermagem ao doente portador de PMD e CDIPublication . Fernandes, POs cuidados de saúde sempre se pautaram por uma indissociável ligação ao constante desenvolvimento do conhecimento científico médico e de enfermagem, com a particularidade de, nos últimos anos, ter sido acompanhado por um desenvolvimento biotecnológico que tem permitido melhorar a qualidade de vida dos portadores de doença crónica, nomeadamente os indivíduos com patologia cardíaca. Através da evolução dos dispositivos implantáveis como pacemakers, cardioversores desfibrilhadores e geradores de ressincronização cardíaca, foi possível prolongar a vida e melhorar a sua qualidade em doenças que no início do século XX matavam muitas pessoas. Apesar da implantação destes dispositivos não implicar uma alteração importante no estilo de vida, está inerente a algumas preocupações e sentimentos de ansiedade, relacionadas sobretudo com as actividades de vida diária. Estas preocupações e focos de ansiedade podem resultar de mitos, falta de informação e desenvolvimento de ideias erradas acerca da vida enquanto portador de um dispositivo (BEERY et al., 2002; WOOD & ELLENBOGEN, 2002; WOODRUFF & PRUDENTE, 2005; MALM et al., 2007). O principal foco do desenvolvimento de mitos relacionados com a vida enquanto portadores de dispositivos de pacing e desfibrilhação, está relacionado com a (des)informação fornecida por não profissionais de saúde que integram o circulo social do doente, nomeadamente familiares, vizinhos e outros (BEERY et al., 2002; MALM & HALLBERG, 2006). A equipa de enfermagem do Serviço de Cardiologia do Hospital Fernando Fonseca mantém em funcionamento a consulta de enfermagem ao doente portador de pacemaker e/ou CDI desde há cerca de 18 anos. Nos últimos anos foram sendo realizadas algumas alterações no sentido de melhorar a consulta e os cuidados prestados a estes doentes.
- O contributo de enfermagem na segurança e conforto da pessoa submetida a procedimentos em electrofisiologia e pacingPublication . Pereira, E; Silva, HR; Fernandes, PA segurança do doente revela-se como uma das questões mais importantes ao nível da política de saúde e do debate público (OCDE, 2014). A Comissão Europeia refere que, não existindo qualquer alteração de política de saúde, o número de eventos adversos associados à hospitalização, na União Europeia, rondaria os dez milhões por ano, dos quais cerca de 4,4 milhões seriam evitáveis. Tendo em conta os dados acima apresentados de que forma nós, na nossa prática de cuidados podemos contribuir para a segurança do doente, nomeadamente, em doentes submetidos a estudos electrofisiológicos e implantação de dispositivos cardíaco (PMD / CDI). Nesta prelecção iremos abordar o percurso do doente, desde que este é informado da necessidade de implantação de um dispositivo cardíaco, em consulta médica, até ao seu seguimento no pós-alta, em consulta de enfermagem. Deste modo, podemos constatar que a nossa prática diária de cuidados vai de encontro às recomendações do Conselho Europeu (2009) para a segurança do doente. Os serviços de saúde devem ser orientados para o doente, ou seja, comunicar e interagir com os doentes num ambiente humanizado, de forma a minimizar o desconforto associado à situação que os leva a recorrer aos serviços de saúde.
- Desenvolvimento de competências ao longo da vida profissionalPublication . Fernandes, PA enfermagem encontra-se enquadrada numa sociedade em constante mudança e desenvolvimento obrigando a uma permanente actualização de conhecimentos e saberes pelos profissionais, como forma de dar resposta às novas exigências da profissão, produzindo as suas próprias competências. Após revisão bibliográfica, surgiu a questão que introduziu o seguinte trabalho: como será que os enfermeiros percepcionam o desenvolvimento de competências ao longo da vida profissional? Numa área altamente especializada como a Cardiologia, deveria esta passar por uma formação académica específica? Definiu-se assim como objecto de estudo: a percepção dos enfermeiros sobre o desenvolvimento de competências profissionais - através dos contextos da prática ou da necessidade de uma formação académica específica. Optou-se pelo método qualitativo e definiram-se dois grupos específicos: por um lado enfermeiros no nível iniciado-avaçado, ou seja, que já passaram pela fase inicial do processo de integração e que aos poucos já foram adquirindo determinadas experiências específicas (Benner, 2005); por outro, um grupo considerado por Benner de perito, neste caso, com vasta experiência em Cardiologia. Definiu-se como instrumento de recolha de dados a entrevista semi-directiva tendo sido efectuadas 12 entrevistas (6 enfermeiros de cada grupo em algumas Unidades de Cuidados Intensivos Cardíacos de Lisboa e arredores). Responsabilidade, autonomia, articulação entre as componentes científica e humana do cuidar, saber fazer, saber estar, foram alguns dos significados atribuídos ao enfermeiro competente. Quando questionados sobre a aquisição de factores intervenientes no desenvolvimento de competências, a resposta é unânime: os conhecimentos adquiridos na escola são muito importantes, mas a prática, a experiência do dia-a-dia e a reflexão que daí advêm são factores cruciais no seu desenvolvimento. A partilha com os pares, a transmissão de saberes, a vontade do profissional, a sua formação contínua e os próprios contextos de trabalho são alguns dos factores preponderantes. No que respeita à necessidade de formação académica específica em Cardiologia, alguns consideram que esta seria uma mais-valia para a prática e desenvolvimento de competências profissionais. No entanto, quando questionados se esta seria um factor determinante, a grande maioria dos enfermeiros responde que não. A experiência diária, a formação contínua e acima de tudo a vontade e o desejo do próprio enfermeiro encontram-se entre os factores determinantes para o desenvolvimento de competências profissionais, na Cardiologia.
- Follow-up telefónico ao doente portador de dispositivo cardíacoPublication . Fernandes, J; Santos, L; Pereira, M; Almeida, N; Fernandes, P; Gonçalves, TA implantação de um pacemaker (PMD) ou de um cardioversor desfibrilhador (CDI) tornou-se num procedimento comum e relativamente simples, como tratamento para disritmias cardíacas. Apesar da implantação não implicar uma alteração importante no estilo de vida, está inerente a algumas preocupações e sentimentos de ansiedade, relacionadas sobretudo com as atividades de vida diária. A equipa de enfermagem do Serviço de Cardiologia do Hospital Fernando Fonseca mantém em funcionamento uma consulta de enfermagem ao portador de PMD e/ou CDI desde 2000. Nos últimos anos foram sendo realizadas algumas alterações no sentido de melhorar a consulta e os cuidados prestados a estes doentes. A consulta é realizada por enfermeiros com treino e experiência na área da aritmologia, ocorrendo 4-6 semanas após a implantação do referido dispositivo. Numa primeira consulta constatamos que muitos doentes, durante este período, limitaram ao máximo as suas atividades de vida aguardando pela consulta para esclarecer as suas dúvidas. De forma a encurtar o tempo entre a implantação do dispositivo e a 1ª consulta, a equipa de enfermagem implementou, em Janeiro de 2016 o follow-up telefónico, encontrando-se em fase de teste. Este follow-up é feito cerca de uma semana após a implantação do dispositivo e tem como objetivos fazer uma breve avaliação do estado do doente, despistar eventuais sinais inflamatórios da sutura operatória, fazer alguns ensinos, esclarecer dúvidas e, em caso de necessidade, encaminhar o doente aos cuidados de saúde, se a situação assim o justificar. A análise preliminar que fazemos foi bastante positivo tendo em conta o feed-back obtido pelos doentes /família. Neste contato telefónico foi possível resolver questões, algumas delas geradoras de ansiedade e, despistar eventuais situações de eventual infecção do local cirúrgico. Futuramente iremos reorganizar a consulta de enfermagem de forma a introduzir esta atividade contribuindo assim para a melhoria da qualidade dos cuidados.