Browsing by Author "Fernandes, P"
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- 20 anos cuidados de enfermagemPublication . Fernandes, PNo âmbito da Partilha de Boas Práticas, promovida pela Direção de Enfermagem do HFF, o Serviço de Cardiologia foi desafiado a partilhar as suas boas práticas de cuidados. Tendo em conta que o hospital se encontra a comemorar os seus 20 anos decidimos que o tema desta prelecção fosse também os 20 anos de cuidados de enfermagem no Serviço de Cardiologia. Ao longo desta prelecção será feita uma breve caraterização do serviço, desde o internamento, aos meios complementares de diagnóstico e ao ambulatório, tendo sempre como foco a evolução dos cuidados de enfermagem ao doente do serviço de cardiologia. Mais do que apresentar o trabalho desenvolvido por uma equipa e de que forma é que o desenvolvimento tecnológico levou à mudança dos cuidados, importa acima de tudo reflectir para onde queremos ir.
- Construindo uma cultura de segurançaPublication . Fernandes, POs avanços da medicina são indiscutíveis. No entanto, tornam-se cada vez mais discutíveis os danos que a prestação de cuidados de saúde pode trazer ao doente. Cada vez mais a segurança do doente é uma questão central nos sistemas de saúde (Comissão das Comunidades Europeias, 2008). A publicação do Relatório To Err is Human em 1999, pela Academia Nacional das Ciências dos Estados Unidos incendiou toda a comunidade americana e internacional. Admitir que, pelo menos 44000 americanos morriam, por ano, devido a erros médicos, foi motivo de grande incómodo (Fragata e Martins, 2006). Os eventos adversos resultantes dos cuidados de saúde são, provavelmente, a maior causa de mortalidade e morbilidade em todo o mundo. Na base da evidência revista verifica-se que é necessária uma combinação de esforços para melhorar a segurança do doente. O foco deve estar, não só em factores individuais tal como a infecção, mas também nos mecanismos da estrutura e dos processos que contribuem para cuidados sub-óptimos. A construção de uma cultura de segurança é um dos aspectos de extrema importância para a segurança, na medida em que existe uma associação entre a cultura e a ocorrência de erros de medicação e infecções. Apesar dos estudos elaborados mostrarem esta associação, não se conseguiu ainda estabelecer uma relação exacta entre estes factores. Torna-se assim importante medir a cultura de segurança de uma organização de forma a compreender e melhorar a Segurança do Doente (Ashid, 2008). Segundo a OMS a cultura de segurança do doente engloba um conjunto de atitudes, valores e normas relacionadas com a segurança do doente. Uma comunicação aberta sobre os problemas relacionados com a segurança, um trabalho de equipa eficaz/eficiente e o apoio dos líderes organizacionais no estabelecimento da segurança como uma prioridade são algumas das características da cultura de segurança do doente. Ou seja, toda esta natureza multidimensional sobre a cultura de segurança mostra que é necessário intervir em diversas dimensões. Uma abordagem apenas em alguns aspectos poderá resultar num impacto limitativo na cultura de segurança (Ashid, 2008).
- Consulta de Enfermagem ao doente portador de PMD e CDIPublication . Fernandes, POs cuidados de saúde sempre se pautaram por uma indissociável ligação ao constante desenvolvimento do conhecimento científico médico e de enfermagem, com a particularidade de, nos últimos anos, ter sido acompanhado por um desenvolvimento biotecnológico que tem permitido melhorar a qualidade de vida dos portadores de doença crónica, nomeadamente os indivíduos com patologia cardíaca. Através da evolução dos dispositivos implantáveis como pacemakers, cardioversores desfibrilhadores e geradores de ressincronização cardíaca, foi possível prolongar a vida e melhorar a sua qualidade em doenças que no início do século XX matavam muitas pessoas. Apesar da implantação destes dispositivos não implicar uma alteração importante no estilo de vida, está inerente a algumas preocupações e sentimentos de ansiedade, relacionadas sobretudo com as actividades de vida diária. Estas preocupações e focos de ansiedade podem resultar de mitos, falta de informação e desenvolvimento de ideias erradas acerca da vida enquanto portador de um dispositivo (BEERY et al., 2002; WOOD & ELLENBOGEN, 2002; WOODRUFF & PRUDENTE, 2005; MALM et al., 2007). O principal foco do desenvolvimento de mitos relacionados com a vida enquanto portadores de dispositivos de pacing e desfibrilhação, está relacionado com a (des)informação fornecida por não profissionais de saúde que integram o circulo social do doente, nomeadamente familiares, vizinhos e outros (BEERY et al., 2002; MALM & HALLBERG, 2006). A equipa de enfermagem do Serviço de Cardiologia do Hospital Fernando Fonseca mantém em funcionamento a consulta de enfermagem ao doente portador de pacemaker e/ou CDI desde há cerca de 18 anos. Nos últimos anos foram sendo realizadas algumas alterações no sentido de melhorar a consulta e os cuidados prestados a estes doentes.
- O contributo de enfermagem na segurança e conforto da pessoa submetida a procedimentos em electrofisiologia e pacingPublication . Pereira, E; Silva, HR; Fernandes, PA segurança do doente revela-se como uma das questões mais importantes ao nível da política de saúde e do debate público (OCDE, 2014). A Comissão Europeia refere que, não existindo qualquer alteração de política de saúde, o número de eventos adversos associados à hospitalização, na União Europeia, rondaria os dez milhões por ano, dos quais cerca de 4,4 milhões seriam evitáveis. Tendo em conta os dados acima apresentados de que forma nós, na nossa prática de cuidados podemos contribuir para a segurança do doente, nomeadamente, em doentes submetidos a estudos electrofisiológicos e implantação de dispositivos cardíaco (PMD / CDI). Nesta prelecção iremos abordar o percurso do doente, desde que este é informado da necessidade de implantação de um dispositivo cardíaco, em consulta médica, até ao seu seguimento no pós-alta, em consulta de enfermagem. Deste modo, podemos constatar que a nossa prática diária de cuidados vai de encontro às recomendações do Conselho Europeu (2009) para a segurança do doente. Os serviços de saúde devem ser orientados para o doente, ou seja, comunicar e interagir com os doentes num ambiente humanizado, de forma a minimizar o desconforto associado à situação que os leva a recorrer aos serviços de saúde.
- Desenvolvimento de competências ao longo da vida profissionalPublication . Fernandes, PA enfermagem encontra-se enquadrada numa sociedade em constante mudança e desenvolvimento obrigando a uma permanente actualização de conhecimentos e saberes pelos profissionais, como forma de dar resposta às novas exigências da profissão, produzindo as suas próprias competências. Após revisão bibliográfica, surgiu a questão que introduziu o seguinte trabalho: como será que os enfermeiros percepcionam o desenvolvimento de competências ao longo da vida profissional? Numa área altamente especializada como a Cardiologia, deveria esta passar por uma formação académica específica? Definiu-se assim como objecto de estudo: a percepção dos enfermeiros sobre o desenvolvimento de competências profissionais - através dos contextos da prática ou da necessidade de uma formação académica específica. Optou-se pelo método qualitativo e definiram-se dois grupos específicos: por um lado enfermeiros no nível iniciado-avaçado, ou seja, que já passaram pela fase inicial do processo de integração e que aos poucos já foram adquirindo determinadas experiências específicas (Benner, 2005); por outro, um grupo considerado por Benner de perito, neste caso, com vasta experiência em Cardiologia. Definiu-se como instrumento de recolha de dados a entrevista semi-directiva tendo sido efectuadas 12 entrevistas (6 enfermeiros de cada grupo em algumas Unidades de Cuidados Intensivos Cardíacos de Lisboa e arredores). Responsabilidade, autonomia, articulação entre as componentes científica e humana do cuidar, saber fazer, saber estar, foram alguns dos significados atribuídos ao enfermeiro competente. Quando questionados sobre a aquisição de factores intervenientes no desenvolvimento de competências, a resposta é unânime: os conhecimentos adquiridos na escola são muito importantes, mas a prática, a experiência do dia-a-dia e a reflexão que daí advêm são factores cruciais no seu desenvolvimento. A partilha com os pares, a transmissão de saberes, a vontade do profissional, a sua formação contínua e os próprios contextos de trabalho são alguns dos factores preponderantes. No que respeita à necessidade de formação académica específica em Cardiologia, alguns consideram que esta seria uma mais-valia para a prática e desenvolvimento de competências profissionais. No entanto, quando questionados se esta seria um factor determinante, a grande maioria dos enfermeiros responde que não. A experiência diária, a formação contínua e acima de tudo a vontade e o desejo do próprio enfermeiro encontram-se entre os factores determinantes para o desenvolvimento de competências profissionais, na Cardiologia.
- Erros de medicação: percepção dos enfermeiros sobre a ocorrência de erros de medicação numa UCIPublication . Pereira, E; Fernandes, P; Semião, SUm doente internado num hospital, pode receber até dezoito doses de medicação por dia e um enfermeiro pode administrar até cinquenta medicamentos num turno, estando assim no centro da possibilidade do erro (1). Embora o Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca EPE (HFF) disponha de um sistema de notificação de ocorrências que permite a notificação de qualquer tipo de ocorrências, de forma anónima ou não, a realidade é que este é pouco utilizado pelos profissionais do serviço. Ora isto levanta-nos várias questões. Se não conhecemos as falhas como poderemos preveni-las? Porque não são reportados os erros de medicação? Por este motivo, elaborou-se um questionário que foi aplicado aos enfermeiros da Unidade de Cuidados Intensivos Cardíacos (UCIC) com o objectivo de conhecer a percepção dos enfermeiros sobre erros relacionados com a medicação: causas de erros, tipo de erros de medicação e seu reporte. Os resultados revelaram que os enfermeiros identificaram como principais causas de erros: a prescrição e falhas na confirmação da medicação. Verificou-se também que uma grande parte dos inquiridos não valorizou atrasos na toma e/ou omissão de medicação como erro(s) de medicação. Quando questionados sobre o motivo do não reporte de erros a grande maioria refere algum receio por parte dos superiores hierárquicos e colegas. A divulgação destes resultados serviu como ponto de partida para a sensibilização dos profissionais do serviço sobre a temática do erros de medicação, no que respeita, por um lado, à implementação de medidas que minimizem a probabilidade da ocorrência de erros e por outro, a importância do reporte como importante ferramenta de aprendizagem e de melhoria da prática de cuidados.
- Follow-up telefónico ao doente portador de dispositivo cardíacoPublication . Fernandes, J; Santos, L; Pereira, M; Almeida, N; Fernandes, P; Gonçalves, TA implantação de um pacemaker (PMD) ou de um cardioversor desfibrilhador (CDI) tornou-se num procedimento comum e relativamente simples, como tratamento para disritmias cardíacas. Apesar da implantação não implicar uma alteração importante no estilo de vida, está inerente a algumas preocupações e sentimentos de ansiedade, relacionadas sobretudo com as atividades de vida diária. A equipa de enfermagem do Serviço de Cardiologia do Hospital Fernando Fonseca mantém em funcionamento uma consulta de enfermagem ao portador de PMD e/ou CDI desde 2000. Nos últimos anos foram sendo realizadas algumas alterações no sentido de melhorar a consulta e os cuidados prestados a estes doentes. A consulta é realizada por enfermeiros com treino e experiência na área da aritmologia, ocorrendo 4-6 semanas após a implantação do referido dispositivo. Numa primeira consulta constatamos que muitos doentes, durante este período, limitaram ao máximo as suas atividades de vida aguardando pela consulta para esclarecer as suas dúvidas. De forma a encurtar o tempo entre a implantação do dispositivo e a 1ª consulta, a equipa de enfermagem implementou, em Janeiro de 2016 o follow-up telefónico, encontrando-se em fase de teste. Este follow-up é feito cerca de uma semana após a implantação do dispositivo e tem como objetivos fazer uma breve avaliação do estado do doente, despistar eventuais sinais inflamatórios da sutura operatória, fazer alguns ensinos, esclarecer dúvidas e, em caso de necessidade, encaminhar o doente aos cuidados de saúde, se a situação assim o justificar. A análise preliminar que fazemos foi bastante positivo tendo em conta o feed-back obtido pelos doentes /família. Neste contato telefónico foi possível resolver questões, algumas delas geradoras de ansiedade e, despistar eventuais situações de eventual infecção do local cirúrgico. Futuramente iremos reorganizar a consulta de enfermagem de forma a introduzir esta atividade contribuindo assim para a melhoria da qualidade dos cuidados.
- Higiene da mãos: novas estratégias diferentes resultados?Publication . Fernandes, P; Pereira, E; Silva, HRA higiene das mãos é uma das medidas mais simples e efectiva na redução das infecções associadas aos cuidados de saúde. (Direcção Geral da Saúde, circular normativa nº 13/DQS/DSD – Orientação de Boa Prática para a Higiene das Mãos nas Unidades de Saúde). O Hospital Fernando Fonseca E.P.E. (HFF) aderiu à campanha de Nacional de Higiene das Mãos e passados cinco anos a avaliação do HFF, de acordo com a escala da Direcção Geral da Saúde é de muito satisfatório. Mas será que podemos melhorar de maneira a conseguirmos aumentar a taxa de adesão à higiene das mãos pelos profissionais de saúde? No Serviço de Cardiologia (Enfermaria e UCI) verifica-se que a taxa de adesão dos profissionais é menor antes do contacto com o doente. Apesar da existência de Solução Anti-séptica de Base Alcoólica no serviço, de cartazes alusivos e de formação periódica, que estratégias poderão mais ser implementadas para melhorar a adesão dos profissionais de saúde? No início de Março foi distribuído pelo serviço (unidades dos doentes e outros locais) pequenos cartazes (stoppers) a relembrar os profissionais de saúde para a higiene das mãos. A eficácia desta estratégia vai ser analisada através de alguns indicadores preconizados pela OMS. Daremos destaque ao consumo de SABA, comparando o seu consumo neste mês com os anteriores e, a taxa de adesão à higienização das mãos, através da observação- informação. A análise preliminar revela-nos um aumento do consumo de SABA o que nos poderá sugerir o sucesso da colocação de stoppers em locais estratégicos do serviço. Os resultados que daqui surgirem serão alvo de análise e discussão entre os profissionais de saúde de forma a envolver a equipa multidisciplinar na adopção de novas estratégias que visem uma melhor adesão à higiene das mãos. Reconhecemos que a eficácia desta medida é de curta duração pelo que de futuro visamos a implementação de outras medidas que melhorem igualmente a taxa de adesão dos profissionais à higiene das mãos. Bibliografia Direcção Geral da Saúde, circular normativa nº 13/DQS/DSD – Orientação de Boa Prática para a Higiene das Mãos nas Unidades de Saúde; Direcção Geral da Saúde – Departamento da Qualidade na Saúde - Orientação de Boa Prática para a Higiene das Mãos nas Unidades de Saúde, Lisboa, Junho de 2010;
- Relação entre o valor preditivo obtido através da avaliação da Escala de Morse com as quedas ocorridas no serviço de internamento de CardiologiaPublication . Pereira, E; Pereira, M; Fernandes, P; Semião, SO presente artigo discute e reflecte os resultados obtidos através da análise de situações de queda, em contexto de internamento hospitalar, especificamente no serviço de internamento de cardiologia, relacionando as mesmas com a avaliação obtida na aplicação da escala de Quedas de Morse (EQM). A partir deste estudo, identificou-se que as características do serviço, e concretamente dos doentes que aí são internados, influem no seu risco de quedas, o que não é totalmente reflectido na EQM, dada a sua abrangência e transversalidade. Assim, é premente a adaptação de instrumentos adequados a cada realidade, no sentido de melhorar a gestão do risco, a segurança dos doentes assegurando consequentes ganhos em saúde.